A apologética após o Vaticano II? Veja alguns motivos da necessidade desta disciplina



Fonte: Apologetica.org
Autor: Martin Zavala
Tradução: Rogério Hirota


Um artigo do livro de Martín Zavala, Apóstolos da Palavra, USA.


Uma das razões na qual a Apologética não é aceita em alguns ambientes é porque acreditam que queremos praticá-la ou ressuscita-la tal como era antes do Concilio Vaticano II. Onde em alguns casos era muito racional, combativa, triunfalista e um monólogo onde se visava vencer um inimigo na fé. Além disso se via como algo contrario ao ecumenismo. A verdade é que hoje em dia em muitos países tem se praticado uma nova apologética em uma perspectiva onde se busca incorporar a visão teológica do Vaticano II.


A seguir veremos algumas das principais características e que certamente busca promover a importância desta nova apologética focada em todas as áreas pastorais:


* Que ela brote da vivência no sacramento da confirmação pela qual somos inspirados pelo Espirito Santo para ser testemunhas de Cristo e assim entender e defender a fé com obras e palavras. (Catecismo da Igreja No. 1285).


* Que seja um elemento integrante da evangelização. (Catechesi Tradendae No. 18).


* Que não seja um monólogo mas ao contrário, pois estabelece as bases para um reto diálogo. (Cfr. A Igreja e as seitas, pesadelo ou desafio? Pag. 269 P. Flaviano Amatulli).


* Ao mesmo tempo que fortalece a identidade do católico está aberta aos valores e elementos de santidade existentes fora do âmbito eclesial visível (Unitatis Redintegratio No. 3).


* Que não está nem contra as seitas e nem com elas. Mas busca instruir com serenidade sobre as características e diferenças das diversas seitas e sobre as respostas às injustas acusações contra a Igreja. (Cfr. Documento de Santo Domingo CELAM No. 146).


* Que se enxerta como uma disciplina mais profunda do conjunto teológico. (Pastores Dabo Vobis No. 51).


* Uma renovação da apologética que não busca combater ou condenar, mas fortalecer a fé do católico capacitando-o a dar razões de sua esperança. (Cf. O compromisso pastoral da Igreja frente as seitas. Comissão doutrinal da Conferência do episcopado mexicano No. 55; 1 Pe 3,15).


* Que não seja antagônica com o ecumenismo, mas que se complementa com o mesmo. (Cf. Apologética e Ecumenismo. Duas caras da mesma moeda. Pe. Flaviano Amatulli).


* Que não vê somente o erro no outro, mas que ao mesmo tempo se autocritica e descobre no outro os sinais dos tempos. (Ut Unum Sint No. 34).


* Que une o valor do testemunho com a necessidade do anúncio explícito do Evangelho. (Evangelii Nuntiandi No. 22).


* Que defende e promove a riqueza espiritual deixada pelo Senhor pois somente na Igreja Católica se encontra a plenitude dos meios de salvação estabelecidos por Jesus Cristo. (Cf. Sínodo de América No. 282).


* Que não seja triunfalista mas um anúncio profético de uma verdade que se propõe e penetra por esta mesma força com suavidade e firmeza na alma. (Ut Unum sint No. 3).


* Que desenvolve principalmente todo um trabalho pastoral preventiva. (cf. O compromisso pastoral da Igreja frente as seitas. Comissão doutrinal da Conferência do episcopado mexicano No. 61 e 70).


*Que se complementa com o ecumenismo, pois entre ambas linhas pastorais não existe oposição mas complementariedade. O ecumenismo busca reestabelecer a unidade com os que já se separaram (Unitatis Redintegratio) e a apologética busca preservar a unidade dos que estão na Igreja (Unitatis Praeservatio).


É esta a nova apologética que estamos propondo e promovendo, em consonância com o magistério da Igreja.


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