Fonte: Agência de Noticias Eclésia e Radio vaticano
Crescimento das seitas no continente americano preocupa o Papa
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João Paulo II mostrou-se hoje preocupada com o que considera ser a “acção nefasta das seitas” no continente americano, pedindo aos católicos que reforcem “a identidade cristã” da América.
“Muito permanece ainda por fazer até consolidar a identidade cristã do continente”, alertou João Paulo II.
O Papa falava aos participantes da IX reunião do Conselho pós-sinodal da secretaria-geral do Sínodo dos Bispos para a assembleia especial para a América.
No seu discurso, João Paulo II enunciou uma série de desafios para a vida de um continente marcado por diversas situações políticas e económicas. Entre esses desafios estão a globalização, a crescente urbanização, o fosso entre ricos e pobres, o probelma da dívida externa, os movimentos migratórios e as ideologias contrárias à família.
O Papa sublinhou, ainda, “a cultura da morte, que se exprime de múltiplas formas, como a corrida ao armamento e a violência das guerrilhas, bem como o terrorismo internacional”.
Segundo os dados estatísticos apresentados no Anuário Pontifício, metade dos católicos vive na América, percentagem que ultrapassa largamente a da Europa (26,1%).
Internacional | Octávio Carmo| 05/11/2004 | 16:23 | 1133 Caracteres
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JPII EXORTA A CONSOLIDAR A IDENTIDADE CRISTÃ NO CONTINENTE AMERICANO
Cidade do Vaticano, 05 nov (RV) - JPII recebeu hoje no Vaticano os participantes da IX Reunião do Conselho pós-sinodal da Assembléia Especial para a América. Entre os participantes encontram-se dois brasileiros: Dom Luciano Mendes de Almeida, Arcebispo de Mariana (MG), e Dom Luiz Demétrio Valentini, Bispo de Jales (SP).
“Para consolidar a identidade cristã são muitos os desafios que a Igreja deve enfrentar na América”, disse o Santo Padre. O Papa indicou, sobretudo, a ação nefasta das seitas, as conseqüências negativas da globalização “quando atribui valor absoluto à economia”.
O Pontífice deteve-se em seguida sobre o problema da crescente “urbanização com o inevitável desenraizar-se da cultura”. Nesse contexto, o Papa citou as ideologias que consideram superado o conceito de família fundamentado no matrimônio, o progressivo aumento do abismo social entre ricos e pobres, a droga, a violação dos direitos humanos e a violência desencadeada pela guerrilha e pelo terrorismo.
Todavia, ressaltou o Pontífice, são muitos também os recursos com os quais o povo cristão na América pode contar para “continuar a sua missão com renovada esperança”.
JPII enfatizou a fé, que “não somente formou a identidade cristã do Continente, mas, ao longo da história, se manifestou nos princípios e nos ideais morais que alimentaram a cultura de seus povos”.
Outro grande dom, que a graça divina suscitou na América, prosseguiu o Santo Padre, “é a piedade popular, profundamente enraizada em suas diversas nações”. Essa característica peculiar do povo americano, se “purificada e enriquecida com os elementos genuínos da doutrina católica”, poderá ser um “instrumento útil para ajudar os fiéis a enfrentar de modo adequado os desafios da secularização”.
Por fim, o Santo Padre recordou que a Igreja na América foi enriquecida com o “dom de uma peculiar sensibilidade social, especialmente para com os pobres, que se manifesta em profunda solidariedade entre as pessoas e entre os povos”.
O Sínodo foi realizado em 1997, do qual foi feita, dois anos depois, a Exortação Ecclesia in America. Com um bilhão e 70 milhões de católicos no mundo, a metade (ou seja 535 milhões) vive nas Américas. (RL)
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