Celibato e Pedofilia, os fatos e a ficção, algumas verdades que não se dizem


 

Celibato e Pedofilia, os fatos e a ficção, algumas verdades que não se dizem


Fonte: Apologetica espanha
Autor: Raimond Arroyo-National Review on line 16/05/02 (Trad. Gozalo Alonso)
Tradução: Rogerio Hirota


Quando se reuniu com os cardeais para dar uma resposta aos escândalos sexuais, o Papa com sua sabedoria e contra todos ( este todos seriam os católicos dissidentes, o clero desafeto e ao menos um cardeal americano ), indicou que o celibato é parte da solução e não do problema.


E os fatos parecem dar-lhe a razão


Em 1992, a Arquidiocese de Chicago examinou aproximadamente 2252 arquivos de sacerdotes. Os resultados foram: 40 casos - 1,8 % desses eram culpados de desordem sexual contra alguma pessoa. Desses 40, somente um era pedófilo.


Outro estudo do Estado da Pensilvânia, a cargo do professor Phillip Jenkins, revelou que somente 3% dos casos são pedófilos. Em contrapartida, entre os homens casados, os abusos de meninos se dão entre 3 a 8 % segundo o levantamento.


Então, estatisticamente, os meninos estão muito mais seguros dentro do celibato. Como disseram os cardeais dos E.U.A. em entrevista de 24 de abril: "A relação entre pedofilia e celibato não pode ser cientificamente sustentada".


Colocando de lado a fixação que os meios de comunicação tem com a Igreja Católica é importante salientar, como recentemente foi dito na Christian Science Monitor, que a maioria dos casos de abusos sexuais por ano, aproximadamente 70 por semana, ocorre dentro de Igrejas Protestantes de acordo com o informe do ministério de Recursos Cristãos. É importante ressaltar que estas são igrejas aonde se predomina clérigos casados e voluntários.


Se o objetivo é parar o abuso perante nós, as estatísticas protestantes provam que o matrimonio não é uma uma apólice de seguro. Como as vitimas em 98% dos casos de abusos demandados no catolicismo eram adolescentes de sexo masculino, permitir o casamento aos sacerdotes ( com mulheres ) se torna uma solução sem sentido. Aqui  não existe correlação direta entre o problema e a solução.


A verdade deve ser mostrada: Estes escândalos não foram causados pelo celibato. Estes escândalos foram causados por uma ausência de celibato. Esta antiga doutrina tem sido muito atacada últimos meses. E  agora a acusam de ser um erro grave comparando com toda a bendita historia da Igreja.


E tem quem crê no folclore da TV  onde afirma que o celibato era algo "imposto na comunidade sacerdotal" da Idade Media para se evitar que os filhos dos clérigos herdassem a propriedade da Igreja.


Se me dessem uma moeda a cada vez que escutei isso, hoje estaria rico.


Para começar, Cristo foi uma pessoa celibatária, assim que, não é uma surpresa que já na Igreja dos primeiros séculos e as escrituras aconselhassem e exaltassem esta pratica. No Evangelho de São Mateus, Cristo elogia aqueles que "fazem de si mesmos eunucos por amor ao Reino dos Céus". Em sua primeira carta aos Coríntios São Paulo, outro celibatário, escreve: "O homem solteiro cuida das coisas do Senhor... mas o homem casado esta preocupado com as coisas mundanas, e como atender sua mulher, seus interesses ficam divididos".


Desde o início do Cristianismo o celibato foi uma norma para os sacerdotes, os religiosos casados eram meramente tolerados. O fato é que durante o século IV quando havia um pouco de duvida a respeito do celibato, a Igreja tomou uma posição solida. No ano de 385, o Papa Siríaco confeccionou o primeiro decreto papal sobre o celibato sacerdotal. Cinco anos depois, no Concilio de Cartago anunciou: "Nos concílios prévio foram decretados que os bispos, sacerdotes e diáconos devem ser total e perfeitamente castos, ao se converterem em ministros de Deus, Tal como ensinaram os apóstolos". Devido o Concilio de Toledo em 633, era necessário a permissão do bispo para que um sacerdote se casasse. Finalmente em 1139, o Papa Gregório VII declarou o celibato obrigatório a todos os sacerdotes, formalizando o que já era uma pratica geral na igreja por anos".


E a mentira de que a proteção dos direitos de posse da Igreja levou o Papado a disciplina do Celibato não é verdade. Mas há uma explicação espiritual para isso. Nos primórdios do Século III era requesitado aos sacerdotes casados se abster de terem relações sexuais na noite anterior que se ia Oferecer a Santa Missa. O sentido era: Separem-se vocês das coisas mundanas e concentrem-se nas transcendentes. Como a demanda pelos sacramentos cresceu, estes homens foram abstendo-se de sexo uma e outra vez. Desta maneira, como todas as coisas na Igreja, uma pratica que fixa suas raízes na tradição , se evoluiu com o passar do tempo e eventualmente foi codificada em norma de vida.


Nestes tempos quando o mundo esta tão atraído a se perder pelo desviado ou degenerado, onde todo mistério é deixado de lado, estes homens e mulheres celibatarios aparecem como uma contradição: gente que guarda a parte mais preciosa de si mesma para deus. O mundo necessita destes exemplos e desta pureza mais que nunca.


Como ultima analise temos toda a razão e direito de condenar e levar a justiça aqueles clérigos não-celibatários (que tenham ultrajado seu celibato) culpados de crimes hediondos, mais não pesemos contra aqueles que devotamente observam seus votos com Deus e se mantem firmes através do sagrado caminho do sacrifício.


Raymond Arroyo é diretor de noticias e condutor de The World Over en EWTN, a rede de noticias religiosas mais grande do mundo. Escreve de New Orleáns

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