Cruzadas entre a realidade e a lenda negra


 


Cruzadas entre a realidade e a lenda negra


Fonte : Corazones
Autor: Padre Jordi Rivero
Traduçao: Rogerio Hirota


 

O escritor Vittorio Messori se une ao debate


ROMA, 27 jul 1999 (ZENIT).- O debate sobre o significado das Cruzadas não tem se enfraquecido. Também porque a distância do final de milênio entre o Ocidente e o Islã evoca cenários sugestivos.


Segundo o conhecido escritor católico Vittorio Messori sobre as Cruzadas foi se construída pelos iluministas uma «lenda negra» «como arma de guerra psicológica contra a Igreja romana». Messori escreveu no «Corriere della Sera», o principal diário italiano, que «é no século XVIII na Europa que quando completando-se a obra da Reforma Protestante, se estabelece o rosário das "infâmias romanas", que foram convertidos em canônico».


«No que se refere as Cruzadas, a propaganda anticatólica inventou inclusive o nome: o mesmo que aconteceu com o termo Idade Media, eleito pela historiografia "iluminada" para indicar o parênteses da obscuridade e fanatismo entre os esplendores da Antiguidade e do Renascimento. Pelos contos afirmam que  há novecentos anos atrás assaltaram Jerusalém hoje se surpreenderiam bastante se alguém lhes dissesse que estavam realizando o que se chamaria "Primeira Cruzada". Aquilo era para eles itinerário, "peregrinação", percurso, passagem. Aqueles mesmos «peregrinos armados» se surpreenderiam ainda mais se previssem que lhes seria atribuída a intenção de converter aos "infiéis" ou de assegurar vias comerciais ao Ocidente ou ainda de criar "colônias" europeias no Oriente Médio ...».


Messori revela que, lamentavelmente, «no Ocidente, a obscura invenção da "cruzada" tem apressado o sentimento de culpa à alguns homens da Igreja, que não conhecem o que realmente aconteceu de verdade». Além disso, explica Messori, «no Oriente, a lenda se volta contra o Ocidente inteiro: pagamos todas --e pagaremos mais-- pelas consequências, com o desejo de revanche das multidões muçulmanas que pedem vingança contra o «Grande Satanás». E que não é somente os Estados Unidos, mas o cristianismo inteiro; aquela que cabe uma reflexão sobre as "Cruzadas" : Não são eles, os ocidentais, quem insistem em dizer que foi uma terrível e imperdoável agressão contra os ímpios, os mansos devotos seguidores do Corão?».


«E contudo --revela o conhecido escritor-- existe uma pergunta que devemos nos fazer: no marco das relações entre o Cristianismo e o Islã, quem foi o agredido e quem o agressor?


Quando, no ano de 638, o califa Omar conquista Jerusalém, esta cidade já era cristã há mais de três séculos . Pouco depois, os seguidores do Profeta invadem e destroem as gloriosas igrejas, primeiro do Egito e logo depois do norte de África, levando à extinção do cristianismo lugares que haviam sido berços de bispos como Santo Agostinho. Logo chegam à Espanha, a Sicília, a Grécia, que logo se chamaria Turquia e onde as comunidades fundadas por São Paulo se transformariam  em ruinas. Em 1453, após sete séculos de assédio, Constantinopla a segunda Roma é islamizada. O rolo islâmico alcança os Balcãs, e como por milagre é detido e obrigado a retroceder diante os muros de Viena. Se justamente o massacre de Jerusalém em 1099 é odiado, não se deve esquecer a Mahoma II de 1480 em Otranto, um exemplo simples de um cortejo sangrento de sofrimentos».


Messori conclui sua reflexão fazendo algumas perguntas: «Hoje: que país muçulmano reconhece os direitos civis ou a liberdade de culto senão apenas o próprio Islâ? Quem fica indignado diante o genocídio dos armênios ontem e dos sudaneses cristãos hoje? O mundo, segundo os devotos do Corão, está dividido em "território do Islã" e o "território da guerra", isto é, todos os lugares não muçulmanos que devem ser, por eles boas ou más?».


«Um simples estudo da historia --escreve Messori-- inclusive em suas linhas gerais, confirma uma verdade evidente: um cristianismo em continua postura defensiva a respeito de uma agressão muçulmana, desde o princípio até hoje (na África, por exemplo, está em andamento uma ofensiva sangrenta para islamizar as etnias que os sacrifícios heroicos de gerações de missionários haviam levado ao batismo). Admitindo --e provavelmente não concedido-- que alguém, nessa história, deva pedir desculpas por acaso deveriam ser talvez os católicos quem devia pedir perdão por um ato de autodefesa, pela intenção de ter ao menos, aberto as vias de peregrinação aos lugares do tempo de Jesus que foi a missão no ciclo das Cruzadas?».

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