Autor: Jorge Dantas
Peço desculpas e vênia ao Roberto Cavalcanti para editar o artigo que nos mandou hoje para algumas listas, para destacar um ponto que ele aborda muito bem.
Já tinha eu conversado com alguns poucos amigos sobre a desconfiança que eu passara a ter, de que a grande campanha contra a pedofilia ( não somente na Igreja, mas de modo generalizado ) era uma tática num processo de liberação da prática, rumo ao pansexualismo.
Lembro-me que citava dois exemplos. Um, em plena campanha anti-pedofilia, a Inglaterra baixou a idade da vítima de crime de pederastia. Algo completamente em sentido contrário a tal campanha.
E depois uma coisa pequena mas que me chamou atenção: vi numa revista sem importância ( nem me lembro qual foi ) uma matéria sobre a pedofilia um título interrogativo: "Por que ***tantas*** pessoas tem tal fantasia". O título não era bem este mas análogo.
Ora, na modernidade dizer que ***tantas*** pessoas tem um gosto é caminho para validá-lo. O grande critério da modernidade é estatístico. É numérico. Algo que tantas, e tão importantes e qualificadas pessoas ( como artigo de Roberto bem coloca ) praticam, começa a parecer não tão ruim assim para a mentalidade moderna.
Agora o Roberto nos traz notícias que confirmam esta tática e este processo.
Acima de tudo o grande golpe que foi deixar a Igreja em posição desconfortável ( para usar a palavra da moda ) de fazer uma severa campanha contra a pedofilia no período que está na defensiva de alguns de seus ministros serem pedófilos, com estardalhaço, confusão e exagero.
Só uma pergunta final para estes senhores: se é o celibato um grande fator de pedofilia, por que ela agora precisa ir sendo liberada para toda gente?
Mas a mentira é a tática do demônio e perguntas lógicas não são respondidas pelos agentes do mal na manipulação massificada dos povos na mundialização.
Jorge Dantas
Tenho percebido cá comigo que os incidentes de pedofilia noticiados pela mídia aumentam a medida em que a própria mídia se encarrega de promovê-la.
A estratégia da mídia é a mesma: a partir da exposição do pecado, quebrar a resistência moral dos indivíduos mais fracos de caráter, em doses homeopáticas, para a aceitação de práticas perversas.
O noticiário todo mês fala aqui ou ali sobre um caso de pedofilia.
No momento em que a Basílica da Natividade, o monumento mais sagrado do catolicismo, sofria o cerco israelense, casos de pedofilia soterrados, de décadas atrás, vinham à tona.
Nada melhor que iniciar o trabalho de propagação da pedofilia através de maus exemplos daqueles que deveriam ser os guardiães da moral, como é o caso dos sacerdotes.
A partir de então não se poderia cobrar rigor de nenhum outro mortal pela prática pedófila, como a mídia tratou de mostrar.
Leio muito o noticiário, e depois desses escândalos na Igreja, já pude ver casos com políticos, professores, treinadores, médicos, pastores e, ontem, um militar.
Quem vê, pensa, naturalmente, que o índice de casos está aumentando a medida em que as notícias são divulgadas e que foi a Igreja a culpada por detonar os escândalos.
Esta lógica dos casos aumentarem pela difusão nas mídias, embora seja possível, é, porém, incerta. Pode realmente estar aumentando, mas não se sabe precisamente disso, pois a pedofilia é uma covardia que sempre ocorreu ao longo da história e as crianças geralmente se envergonham em abrir a boca e falar dos abusos que sofreram.
O que a maioria provavelmente não viu, é óbvio, pois não foi divulgado em nosso noticiário, é que a American Psychiatric Association (APA) já começa a querer rediscutir a classificação da pedofilia como doença, o que impossibilitaria de vez, logicamente, qualquer idéia de abuso sexual com menores em um país como os EUA. [1]
Quanto à pedofilia, para quem não sabe, não é categorizada como crime no Brasil. As pessoas que abusam sexualmente de crianças podem ser enquadradas por "atentado violento ao pudor", crime passível de pena de no máximo 10 anos de reclusão, segundo nosso Código Penal. Contra adolescentes, o crime cometido é de "corrupção de menores", que hoje em dia nem mais é levado a sério pelas autoridades.
[1] http://www.cnsnews.com/ViewCulture.asp?Page=\Culture\archive\200306\CUL20030611c.html
[2] http://www.regent.edu/acad/schlaw/lawreview/articles/14_2Baldwin.doc
[3] Propostas de aulas de prevenção a aids na pré-escola, Quarta, 21 de maio de 2003, 08h 17, site terra - www.terra.com.br
[4] "Censurai-nos por querer abolir a exploração das crianças pelos próprios pais? Confessamos esse crime.", Marx & Engels, Manifesto Comunista, Ed. Martin Claret, p. 63
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