Refutando os protestantes sobre a Transubstanciação e Missa


 

Refutando os protestantes sobre a Transubstanciação e Missa


Autor: Prof. Jaime Francisco

Fonte: Apologetica Catolica


TRANSUBSTANCIAÇÃO E MISSA


O estudo do Novo Testamento demonstra que Jesus instituiu a Eucaristia como perpetuação do seu sacrifício (Ver a propósito Curso de Diálogo Ecumênico, Módulos 13, 13 e 14. Escola "Mater Ecclesiae"). Nesse sacramento temos a real presença do Senhor Jesus sob as aparências do pão e do vinho. Eis, porém, o que se lê num panfleto protestante:


"Em 818. Aparece pela primeira vez nos escritos de Pascásio Radberto a doutrina da transubstanciação e a Missa".


A propósito observamos: o que houve no século IX, foi a controvérsia entre Ratramno e Pascásio Radberto. Contradizendo à Escritura e à Tradição. Ratramno negava a real conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Pascásio escreveu então o "Liber de Corpore et Sanguine Domini" (Livro do Corpo e do Sangue do Senhor), cuja segunda edição saiu em 844; opunha-se a Ratramno, defendendo a identidade do Corpo Eucaristico com o Corpo histórico de Jesus, ou seja, defendendo a real presença. Assim procedendo, Pascásio nada inovava.


O vocábulo "transubstanciação", que designa essa conversão. aparece pela primeira vez no século XI (quase três séculos após Pascásio Radberto) e foi assumido nos documentos oficiais da Igreja a partir do Concílio de LatrãoIV (1215). O primeiro a usá-lo parece ter sido o jurista Ronaldo Bandinelli (depois, Papa Alexandre III + 1181) na frase: "Verumtamen si, necessitate iminente, sub alterius panis specie consecratur, profecto fieret transubstantiatio" - o que quer dizer: "Mas, se em caso de necessidade iminente, se fizesse a consagração de outro pão, haveria transubstanciação". Por conseguinte, não foi Pascásio Radberto quem introduziu o vocábulo na linguagem teológica.


Em 818 (data indicada pelo panfleto) Pascásio Radberto, nascido em 790, tinha 28 anos - idade que não corresponde à de sua controvérsia teológica (que se deu a partir de 840).


O nome "Missa" não se deve a Pascásio Radberto. É uma palavra latina equivalente a missio (missão ou envio); significava a despedida ou o envio dos catecúmenos para fora da igreja, quando terminava a homilia ou a liturgia da Palavra. Aos catecúmenos não era permitido participar da Eucaristia propriamente dita, pois ainda não haviam sido batizados. O nome Missa, que designava tal momento da liturgia, foi no século IV aplicado a todo o rito eucarístico, de modo que este hoje se chama Missa. O primeiro a usar a palavra Missa no sentido atual foi provavelmente S. Ambrósio (+ 397) na epístola 20,4. S. Agostinho (+ 430) escrevia: "Eis que após o sermão se faz a missa (= despedida) dos catecúmenos; ficarão apenas os fiéis batizados" (serm. 49,8).

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