A Salvação dos Mulçumanos



.”Em qualquer tempo e nação, é aceito por Deus todo aquele que o teme e pratica a justiça (cf. At 10,35).” (Concílio, LG 9)


Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, ensina que esta Igreja, peregrina na terra, é necessária para a salvação. (...) Por conseguinte, não poderão salvar-se aqueles que se recusam a entrar ou, a perseverar na Igreja católica, sabendo que Deus a fundou por Jesus Cristo como necessária à salvação. (...) Não se salvam, porém, os que, embora incorporados na Igreja, não perseveram na caridade, e por isso pertencem ao seio da Igreja não pelo "coração" mas tão-só pelo "corpo". (14)


“...o desígnio de salvação abrange igualmente aqueles que reconhecem o Criador, em particular os muçulmanos, que, professando manter a fé de Abraão, adoram conosco um Deus único e misericordioso, que há de julgar os homens no último dia. Nem mesmo dos outros, que buscam ainda nas sombras e em imagens o Deus desconhecido, está longe esse mesmo Deus, pois ele é quem a todos dá a vida e a ressurreição e tudo o mais (cf. At 17,25-28), e quem, como Salvador, quer que todos os homens sejam salvos (cf. lTm 2,4). Aqueles que ignoram sem culpa o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, mas buscam a Deus na sinceridade do coração, e se esforçam. sob a ação da graça, por cumprir na vida a sua vontade, conhecida através dos ditames da consciência, também esses podem alcançar a salvação eterna. (19) Nem a divina providência nega os meios necessários para a salvação àqueles que, sem culpa, ainda não chegaram ao conhecimento explícito de Deus, mas procuram com a graça divina viver retamente. (16)


“Desde sempre o problema do INFERNO perturbou os grandes pensadores da Igreja... Pode Deus,que tanto ama o ser humano, permitir que este O rejeite a tal ponto de ser preciso que o condene a eternos tormentos? E, no entanto, as palavras de Cristo são unívocas. Em Mateus Ele fala claramente daqueles que irão ao suplício eterno (Mt 25,46). Quem serão estes? A Igreja jamais se pronunciou a esse respeito... mesmo quando Jesus diz a Judas, o traidor: ‘Melhor lhe seria não ter nascido’ (Mt 26,24), a declaração não pode ser entendida com segurança no sentido da eterna danação.” (João Paulo II, “Cruzando o limiar da Esperança” pg.174).


“Há que ter esperança, que BEM POUCOS queiram obstinar-se até o fim (até o último instante da vida, no qual ainda podem ser salvos), nessa atitude de rebelião ou até de desafio a Deus, o qual, aliás, no seu amor misericordioso é maior do que o nosso coração, como nos ensina ainda São João (1 Jo 3,20). Deus pode, de fato, vencer todas as nossas resistências psicológicas e espirituais, de tal modo que – como escreve Santo Tomás de Aquino – não há que desesperar da salvação de ninguém nesta vida, consideradas a onipotência e a misericórdia de Deus.” (João Paulo II, “Reconciliação e Penitência” 17)

Postar um comentário

Deixe seu Comentário: (0)

Postagem Anterior Próxima Postagem