Falsos mestres e falsas doutrinas



Autor: Jornal Missão Jovem

No meio de nossas comunidades existem pessoas que seguem tendências de pensamentos e de práticas diversificadas e até opostas entre si. Através da Segunda Carta de Pedro nós queremos chamar a atenção a respeito de certos ensinamentos que consideramos contrários ai que os apóstolos nos transmitiram. São doutrinas que afetam a nossa fé e fazem com que várias pessoas se desviem da prática do amor fraterno, onde o respeito mútuo deve ser levado muito a sério.

Uma dessas atitudes desrespeitosas é praticada por falsos mestres que, em seus discursos, procuram atrair o povo, com a intenção de lucro e projeção pessoal. Eles manipulam as pessoas, usando-as como objeto de seus negócios e de seus interesses egoístas. Vários destes mestres não acreditam na intervenção de Deus na história humana e, portanto, negam a encarnação de Jesus Cristo; negam o sentido redentor da morte de Jesus e zombam da fé na ressurreição.

A difusão destas doutrinas causa divisões em nossas comunidades. Nós denunciamos quem provoca estas divisões usando palavras bem chocantes: "são arrogantes, malditos, animais irracionais, corruptos, fontes sem água, nuvens arrastadas pelo vento..."

GRUPOS DIVERSOS COM DIVERSAS FILOSOFIAS

É bom lembrar que nós estamos vivendo no início do segundo século, inseridos numa cultura greco-romana onde diversas filosofias são vividas e defendidas por grupos que disputam a hegemonia das populações.

Uma destas filosofias chama-se epicurismo: prega que o sentido da vida humana está na busca do prazer, satisfazendo os próprios desejos pelo caminho da razão. A felicidade reside na capacidade de não se perturbar. Prega que Deus não está preocupado com a humanidade, portanto, não existem providência divina, nem anjos, nem juízo divino...

Outra filosofia que existente no meio de nós, chama-se
estoicismo: ela prega valores bons como a igualdade entre todos os seres humanos, a harmonia com todo o universo, a liberdade interior mesmo diante do poderosos... Mas prega também que a morte é o fim de tudo e não há ressurreição.

Ainda outra filosofia, chamada gnosticismo, defende que o caminho da salvação se dá através de um conhecimentos especial que somente "pessoas superiores" conseguem alcançar. Portanto, negam s salvação gratuita de Deus e não aceitam Jesus como o nosso Salvador.

É PRECISO DISCERNIMENTO

A comunidades cristãs estão continuamente em contato com estes grupos e com suas filosofias. Até mesmo algumas pessoas, participantes da vida cristã, passam a difundir doutrinas que contradizem a traição apostólica. Sem uma consciência crítica frente à propagação destas diversas correntes facilmente se pode adotar comportamentos que prejudicam a vida, como entregar-se às paixões deste mundo. Inclusive, várias pessoas que haviam abraçado o caminho de Jesus, influenciadas pelos falsos mestres, voltam a viver de uma forma ainda pior do que antes de sua conversão. Entre nós há alguns provérbios que expressam bem este tipo de atitude:"O cão voltou ao seu próprio vômito" ou ainda: " A porca lavada voltou a revolver-se na lama".

Ser mestre é um dos mistérios assumidos por nossas comunidades cristãs. Seu papel é anunciar a verdade que liberta, não para agradar as multidões, mas para indicar o caminho da vida plena. Pedro e Paulo foram dois mestres muito importantes para nós. Eles procuravam formar consciências sadias e apontar o caminho da vida plena anunciando a Jesus Cristo. Nem sempre é fácil interpretar corretamente certas passagens dos seus escritos. Porém, o seu imenso amor pelas comunidades deixa claro qual o caminho que devemos seguir.

Num mundo onde se difundem muitas ideologias e são apresentadas propostas diversas de felicidade, é importante prestar atenção aos gritos dos exluídos; é importante optar pelo caminho que garante vida em abundância a todas as pessoas.

O amor de Deus nos preparou um futuro bom. Cabe a nós torná-lo presente. Nossa fé e nossa esperança militante nos faz capazes de construir um mundo novo onde habita a justiça. Nossa missão, como seguidores de Jesus, é tornar possível aqui na terra o que no céu viveremos em plenitude: uma vida de paz, de amor e justiça.

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