Novo livro relata como o Papa Pio XII salvou a vida a milhares de judeus
ROMA, 02 Out. 08 / 09:26 am (ACI).- O livro Pio XII. A verdade te fará livre da religiosa italo-americana e perita em literatura Margherita Marchione chegou às livrarias italianas com ocasião do 50 aniversário da morte do Papa Eugenio Pacelli, que se celebrará em 9 de outubro.
Através de testemunhos diretos, documentos e fotografias, a obra reabilita a figura de Pio XII e demonstra seu compromisso ativo a favor do povo judeu durante a Segunda guerra mundial.
Em declarações, Marchione ressaltou a necessidade de “dizer a verdade” aproxima o trabalho que levou a cabo a Igreja católica sob o papado de Pio XII para defender e salvar aos judeus da perseguição nazista.
“Só em Roma foram salvos 5.000 hebreus” que viveram escondidos em monastérios, Igrejas e inclusive dentro do Vaticano, explicou Marchione, que pertence à Congregação das Mestras Filipinas, em cujos conventos de Roma se esconderam 114 judeus.
Através deste livro, Marchione se propõe eliminar as sombras que revistam rodear a figura de Pio XII, que foi criticado por ter guardado silêncio ante os abusos e atrocidades perpetradas pelo Nazismo.
A obra demonstra que esta suspeita não se apóia em nenhum “método de investigação histórica objetiva e bem documentada” e é mas bem “filha do preconceito e de uma análise precipitada e superficial”, conforme assinalou em um comunicado a editorial do Vaticano, que se encarregou que publicar o livro.
“Em realidade, Pio XII salvou a vida a milhares e milhares de hebreus e perseguidos. Muitos edifícios eclesiásticos, incluída sua residência de Castel Gandolfo, foram transformados em lugares de acolhida e de refúgio. Tudo se desenvolveu não só graças a seu consenso mas também, sobre tudo, segundo as ordens” de Pio XII, detalha a nota.
O Vaticano sempre defendeu a posição mantida pelo Papa, quem preferiu “manter a máxima reserva e trabalhar em silencio para evitar assim sangrentas represálias e o recrudescimento” da violência.
De fato, a posição de neutralidade mantida pelo Papa Pacelli foi só “aparente”, já que seus discursos com respeito ao nazismo foram “claros, nunca ambíguos” tal e como demonstram “a encíclica ‘Summi Pontificatus’ que publicou em 1939 ou a mensagem radiofónica que pronunciou com ocasião do Natal de 1942”, acrescenta o comunicado.
O livro de Marchione conta com uma apresentação do Cardeal Secretário de estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, em que o número dois do Vaticano considera de “fundamental importância” lembrar o trabalho desempenhado por Pio XII para salvar aos judeus.
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