Porque os sacerdotes não se casam? Qual o sentido do celibato?

 



Fonte: El Teologo responde
Autor: Pe. Miguel Ángel Fuentes, I.V.E.
Tradução: Rogério Hirota


Pergunta:


Participo na equipe de liturgia de minha paróquia e estou consciente de que os sacerdotes são homens e tem as mesmas necessidades que nós leigos. Como posso explicar a algumas pessoas que fazem comentários sobre o porque de alguns sacerdotes de minha diocese tem mulher ou filhos? Como explicar isso tendo em conta a promessa feita do celibato em sua ordenação? Como defender verdadeiramente o celibato? É teológico ou mais pastoral esta doutrina?


Obrigado


Resposta:


Quando se pergunta pelas relas razões do celibato, temos de procurar passar respostas fáceis, mas no fundo não respondem adequadamente ao tema.


Historicamente sabemos que Jesus Cristo não nos impôs no Novo Testamento, mas o recomendou dando pelo seu próprio exemplo (foi virgem), e de modo explicito como um ideal de vida cristã pelo Reino dos Céus (cf. Mt 19,12 ; 19,29). O mesmo se diz a São Paulo (cf. I Cor 7,7 e seguintes). Na antiguidade cristã, os Padres e os escritores eclesiásticos dão testemunho da difusão tanto no Ocidente como no Oriente, da livre prática do celibato entre os sagrados ministros por sua grande conveniência com a dedicação total ao serviço de Deus e de Sua Igreja.


A Igreja do Ocidente, desde os primórdios do século IV , colaborou, estendeu e sancionou esta prática. Inclusive (isto é notório) em momentos de grande decadência moral entre o clero (viram no celibato uma graça e um dom que se devia conservar). A obrigação do celibato foi solenemente sancionada pelo Concílio de Trento [1] e incluída no Código de Direito Canônico 277 §1: "Os clérigos estão obrigados a observar a continência perfeita e perpétua por causa do Reino dos céus, por isso, são obrigados ao celibato, que é um dom especial de Deus, pelo qual os ministros sagrados podem mais facilmente unir-se a Cristo de coração indiviso e dedicar-se mais livremente ao serviço de Deus e dos homens.


O que diferencia somente até certo ponto à legislação das Igrejas Orientais. O Concílio de Trullos, no ano de 692, sancionou o costume de exigir a continência absoluta para os bispos, enquanto que concedia a permissão de contrair matrimônio para todos os clérigos inferiores antes da ordenação, mas não depois da mesma. Portanto, no Oriente também existe a tradição do celibato ( para os bispos que são quem tem a plenitude do sacerdócio e para os sacerdotes que se ordenaram antes de terem se casado). [3]


Razões da compatibilidade do celibato


Como foi assinalado no Concílio Vaticano II, o celibato "não é exigido pela mesma natureza do sacerdócio" ( de fato na Igreja Primitiva houve uma pratica comum do sacerdócio celibatário e do sacerdócio esposado, que também segue em uso na tradição das Igrejas orientais), mas sem duvida "o celibato esta em plena harmonia com o sacerdócio" [4]. Notemos esta distinção: não se exige pela natureza, mas existepela plena harmonia com esta natureza. Isto significa que entre o sacerdócio e o celibato existe razões de compatibilidade. Quais são?


1- Compatibilidade com a mesma natureza do sacerdócio


O sacerdócio ministerial é uma ligação com Jesus Cristo, Sacerdote Único. O celibato radicaliza esta ligação.


Efetivamente o sacerdote é outro Cristo sacramental, ontologicamente assimilado em virtude de seu " caráter " ao Verbo encarnado, a Cristo sacerdote imolado sobre a cruz e a Cristo ressuscitado.


Agora bem, a virgindade faz parte da criação renovada por Cristo, o novo Adão. Ele entrou no mundo e na historia para fundar uma nova ordem que não fosse tributário da carne e do sangue, a economia do Espirito Santo. Por isso, sendo sacerdote de uma nova humanidade  não devia nascer como os outros homens mas do Espirito Santo e da Virgem Maria. 


Santo Ambrósio escreveu: " Adão nasceu da terra virgem, Cristo da Virgem "[6]. Sendo assim, não é conveniente que o sacerdote pela virtude de seu caráter irremovível e em pertença perpétua a Cristo, único mediador , traduza esta pertença por meio de seu celibato que o faz viver exclusivamente para seu Mestre? O fato de que Jesus ter nascido de uma Virgem, São Cirilo de Jerusalém deduz que " todo sacerdote que quer servir ao Filho de Deus como convém, há de abster-se de mulher" [7].


Igualmente, Cristo, sacerdote da humanidade, se fez solidário conosco ao assumir nossa carne de pecado (cf. Rom 8,3). Mas esta carne de pecado foi definitivamente imolada sobre a cruz (cf. Rom 8,3; Ef. 2,14-16). Cristo morreu para carne uma vez para sempre, os cristãos unidos a Ele, não estão já na carne (cf. Rom 7,5; 8,9); estão crucificado (cf. Gal 5,24) e desnudos pelo batismo (cf. Col 2,11). Andam na carne mas não estão sujeita a ela (cf. II Cor 10,3) mas que a dominam por sua união com Cristo na fé (cf. Gal 2,20). 


E entre todos os cristãos, os virgens dominam a carne até tal ponto que estão voluntariamente desenraizados da carne e tratam de viver por cima deste mundo que passa, como se as leis deste mundo não tivessem nada para eles. É logico que o sacerdote, associado com Cristo imolado e morto para a carne, também por seu celibato, desliga-se da esfera carnal a fim de assemelhar-se o melhor possível a Ele.


2- Compatibilidade psicológica do celibato: permite se dedicar a Cristo de modo exclusivo


No plano psicológico, o celibato não é a renuncia ao amor, mas  um imenso amor. Tertuliano já o proclamava como uma união de esponsais divinos: " Quantos vemos nas ordens sagradas que tem abraçado a continência, e preferido contrair núpcias com Deus, tem restabelecido a honra de sua carne e filhos do tempo, tem se consagrado a eternidade, mortificando em si mesmos a concupiscência do desejo e tudo o que esta excluído do paraíso " [8]


Evidentemente, sem a caridade, como diz São Gregório: " A castidade não é grande", somente vale pelo amor que a inspira e pelo mais alto amor que a conduz. [9]


Por isto, São Paulo, vê no cristão não ligados pelos vínculos do matrimonio, um homem que se preocupa com as coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor enquanto o homem casado se preocupa das coisas do mundo, de como agradar sua mulher e por esta razão, esta dividido (cf. I Cor 7,29-34).


A castidade dá ao amor o rosto austero da cruz, o sinal  que Deus escolheu para amarmos, porque seu amor para conosco se expressou no sacrifício de si mesmo para nos salvar.


3- Compatibilidade social do celibato: concede um amor universal


A castidade sacerdotal concede ao sacerdote amar com amor universal oferecido a todos, com amor transcendente da mesma maneira do amor paternal de Deus. O celibato do sacerdote une indivisivelmente o sacerdote  à comunidade e o põe a serviço dela por uma paternidade mais alta. Dizia Orígenes (seculo III): "Também na Igreja os sacerdotes podem ter filhos, mas sa maneira que se foi escrito, filhos espirituais: Filhinhos meus, por quem de novo sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós (Gal 4,19)" [10]


São Efraim felicitava a um bispo chamado Abraão dizendo-lhe: "Faz jus a teu nome, pois se tornou pai de muitos e contudo você não tem esposa, como Abraão tinha a Sara." [11]


4- Dimensão escatológica do celibato: é um sinal da vida futura [12]


O Senhor disse aos saduceus: "Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento, mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido. Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, porque são ressuscitados." (Lc 20,34-36)


Pelo sacrifício do amor humano e carnal, o sacerdote que por oficio, deve anunciar aos homens sobre o mundo que há de vir, já é uma antecipação viva desta nova humanidade. Sua castidade é uma imenso sacrifício pelo o que há de vir, tem valor escatológico e o tira do mundo atual como será feito no futuro. Como diz São Paulo: "Mas eis o que vos digo, irmãos: o tempo é breve. O que importa é que os que têm mulher vivam como se a não tivessem [...] os que usam deste mundo, como se dele não usassem. Porque a figura deste mundo passa. (I Cor 7, 29.31)


* Algumas objeções mais comum contra o celibato *


Recordemos agora algumas das principais objeções comuns contra o celibato:


1º Objeção:


O celibato (castidade perfeita) é simplesmente impossível de cumprir


Resposta


Ainda que não sejam muitos os que colocam este questionamento, temo que reconhecer que alguns possuem esta dúvida e por isso temos de considera-la.


A resposta é um argumento muito Elemental: existe pessoas (e muitas) que viveram e vive (com felicidade) a castidade perpétua, portanto, a castidade é possível. É o que diz as belas palavras de Paulo VI ao recordar: " a voz secular e solene dos pastores da Igreja, dos mestres do espirito, do testemunho vivido por uma legião sem numero de santos e de fiéis ministros de Deus que tem feito do celibato objeto interior e sinal exterior de sua total e gozosa doação ao ministério de Cristo [...] Não podemos fechar os olhos ante esta magnifica e surpreendente realidade; existe porém hoje na Santa Igreja de Deus, em todas as partes do mundo, inúmeros ministros sagrados - diáconos, presbíteros, bispos- que vivem de modo irrepreensível o celibato voluntário e consagrado; e junto a eles não podemos contemplar menos as imensas falanges de religiosos, religiosas e ainda de jovens e homens leigos, fiéis, todos no compromisso da perfeita castidade vivida não por desprezo ao dom da vida, mas pelo amor maior a vida nova que brota do mistério pascal; vivida com valente austeridade, com gozosa espiritualidade, com exemplar integridade e também com relativa facilidade" [13].


2º objeção


O celibato não aparece como obrigatório no Novo Testamento aos sagrados ministros, mas é uma proposta de obediência livre a uma especial vocação ou carisma (cf. Mt 19.11-12). O mesmo Jesus não colocou esta condição prévia a seus apóstolos, nem estes colocaram esta condição para nomear a quem estariam a frente das primeiras comunidades cristãs (cf. 1 Tim 3,2-5; Tit 1,5-6).


Resposta:


É verdade. mas também é certo que deu aos apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de legislar sobre os sacramentos e sobre a vida da Igreja (tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus). Por outro lado, Jesus deu pessoalmente o exemplo de virgindade e recomendou a virgindade (Mt 19,12: Porque...há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda; cf. também o convite de Mt 19,29). E o mesmo exemplo e conselho deu o apostolo Paulo (cf. I Cor 7,7) e desde os primeiros séculos da Igreja, muitos clérigos escolheram a virgindade consagrada. Levando tudo isso em consideração a Igreja sancionou as duas tradições: no Oriente já no ano de 692 no Concilio de Trullos (em Constantinopla) foi sancionado o costume atual para os católicos orientais (continência absoluta para os bispos e permissão de contrair matrimonio para todos os clérigos inferiores antes da ordenação , no oriente se determinou o celibato obrigatório para todos os sacerdotes no Concilio de Elvira (entre os anos de 295-304) [14]


3º Objeção


A relação que estabelecida entre o sacerdócio ministerial e a sagrada virgindade é explicado pela história inspirada em um excessivo pessimismo sobre a condição humana da carne e da sexualidade como indignas de entrar em contato com as coisas sagradas.


Resposta:


Não se pode negar que teve autores eclesiásticos que deixaram escritos sobre a sexualidade com tons um tanto pessimistas, mas é um fato evidente que o Magistério da Igreja tem tido uma alta consideração ao matrimonio cristão, como se pode ver nos tantos documentos dedicados a este sacramento, por isso não se pode afirmar fundamentalmente que tenha houve uma desvalorização do matrimonio ou da sexualidade para se promulgar a regra do celibato. Pelo contrário, o que foi preparando na regra do celibato e o que fez possível sua aceitação, desde o século III, foi o costume do mesmo entre muitos clérigos e a difusão, tanto no Oriente como no Ocidente, como uma escolha livre entre os sagrados ministros. Testemunham isso muitos escritores eclesiásticos e Padres como Tertuliano, Santo Epifânio, São Efraim, Eusébio de Cesárea, São Cirilo de Jerusalém, Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho, São Jerônimo [15].


4º Objeção


Intimamente falando o carisma da vocação sacerdotal não se associa com o carisma da castidade perfeita (exemplo disso é o caso dos sacerdotes orientais casados), por isso não é justo tirar do sacerdócio aqueles que tem vocação ministerial, mas não tem vocação celibatária.


Resposta:


Responde Paulo VI a este questionamento" É certo que o carisma da vocação sacerdotal, ordenada ao culto divino e ao serviço religioso e pastoral do Povo de Deus, se distingue do carisma que leva à escolha do celibato como estado de vida consagrada (cf. nn. 5 e 7); mas a vocação sacerdotal, ainda que divina na sua inspiração, não se torna definitiva e operante sem o exame e a aceitação de quem possui na Igreja o poder e a responsabilidade do ministério ao serviço da comunidade eclesial; e pertence por conseguinte à autoridade da Igreja estabelecer, segundo os tempos e os lugares, quais devam ser em concreto os homens e quais os requisitos exigidos para que possam considerar-se aptos para o serviço religioso e pastoral da mesma Igreja." [16]


5º Objeção


O celibato é uma das causas da escassez do clero (porque o peso da obrigação do celibato é muito pesado). Se retirassem esta  obrigatoriedade solucionaria o problema.


Resposta:


Antes de tudo, o erro deste questionamento é respondida pelo fato de que as igrejas ortodoxas e evangélicas afirmam que apesar da autorização do matrimonio, não tiveram aumento de vocação (e em alguns casos diminuiram até a extinção) [17].


Paulo VI escreveu: " Não se pode acreditar sem reservas que, abolido o celibato eclesiástico, as vocações sacerdotais cresceriam por isso mesmo e de forma considerável: a experiência contemporânea das Igrejas e das comunidades eclesiais que permitem o matrimônio aos seus ministros, parece depor em contrário. A rarefação das vocações sacerdotais deve ser procurada principalmente noutras causas: por exemplo, na perda ou na diminuição do sentido de Deus e do que é sacro nos indivíduos e nas famílias, e na perda da estima pela Igreja como instituição de salvação mediante a fé e os sacramentos. O problema tem portanto que ser estudado na sua verdadeira raiz. " [18]


Além disso: "Nosso Senhor Jesus Cristo não hesitou em confiar num punhado de homens, que qualquer um julgaria insuficiente pelo número e qualidade, à formidável missão da evangelização do mundo então conhecido; e a este pequeno rebanho os advertiu que não se dispersa-se (Lc 12,32), porque com Ele e por Ele, graças a sua constante assistência (Mt 28,20), conseguiria a vitória sobre o mundo (Jo 16,33) ... os conselhos e a prudência dos homens não podem estar por cima da misteriosa sabedoria d´Aquele, que na historia da salvação tem desafiado a sabedoria e o poder dos homens, com sua loucura e debilidade (I Cor 1,20-31)


6º Objeção


Muitos sacerdotes vivem mau seu celibato, enchendo de dor a Igreja e escandalizando aos fieis. Se retirarmos a obrigação do celibato, este problema será resolvido.


Resposta:


Esta é uma falsa solução e é humilhante para os sacerdotes pensar nisso. O celibato é um dom e uma graça, para o sacerdote e para a Igreja. Em si mesmo realça o sacerdócio. Suprimi-lo porque alguns sacerdotes não o vivem bem, não é pois, nenhuma solução. A solução é que consintam ao sacerdócio somente os que aceitem livremente vive-lo bem e que uma vez ordenados ponham os meios ordinários para conservar a vocação e castidade. Ninguém esta obrigado a fazer a promessa do celibato, mas uma vez feito, é obrigado a ser fiel a sua palavra. Da mesma maneira que ninguém é obrigado a se casar, mas uma vez casado é obrigado a ser fiel a seu cônjuge. A palavra dada ao celibato não teria tem o mesmo peso que a palavra dada no matrimonio? Por acaso se alguns esposos e esposas não são fieis a seus cônjuges, deveríamos por isso remover a monogamia ou a fidelidade matrimonial para solucionar os problemas matrimoniais?


7º Objeção


O sacerdote, em virtude do celibato, se encontra em uma situação física e psicológica fora da natureza e danosa ao equilíbrio do desenvolvimento de sua personalidade humana.


Resposta:


"A eleição do celibato, se a faz com humana e cristã prudência e responsabilidade de quem segue a Cristo, é guiado pela graça, a qual não destrói a natureza, nem induz a violência mas que o eleva a capacidade e vigor sobrenaturais. Deus que criou o homem e os redimiu sabe até onde ele pode ir e lhe dá tudo é pedido. Santo Agostinho nos fala aberta e dolorosamente a experiência em si mesmo da natureza do homem :" Dá o que mandas e manda o que queres". [20]


Depois do que a ciência deu como certo, não é justo repetir ainda (cf. n.10) que o celibato vai contra a natureza, por se opor a legítimas exigências físicas, psicológicas e afetivas, cuja satisfação seria necessária para a completa realização e maturidade da pessoa humana. O homem, criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26-27), não é somente carne, e o instinto sexual não é tudo nele. O homem é também e sobretudo inteligência, vontade, liberdade e, graças a estas faculdades, é e deve ter-se como superior ao universo: elas tornam-no senhor dos próprios apetites físicos, psicológicos e afetivos.". [21]


8º Objeção


O celibato é obrigatório somente para a Igreja Latina e não para a Oriental. Então porque não deixar a pratica do celibato optativo em todos os ritos católicos?


Resposta:


Neste questionamento não esta bem explicado qual a posição que a Igreja do Rito Oriental tem a respeito do celibato. Na tradição das Igrejas Católicas de rito oriental existe o celibato e também o sacerdócio desposado. É notável o valor que os Padres orientais davam à castidade. Por exemplo São Gregório Niceno dizia que "a vida virginal é a imagem da felicidade que nos espera no mundo futuro" [22]. e São João Crisóstomo: " quem se aproxima do sacerdócio, é conveniente ser puro como se estivesse no céu" [23].


E o celibato é obrigatório em determinados casos: Além disso, não será inútil observar que, mesmo no Oriente, somente os sacerdotes celibatários são sagrados bispos, e nunca os sacerdotes podem contrair matrimônio depois da ordenação; o que faz compreender como também aquelas venerandas Igrejas possuem, em certo modo, o princípio do sacerdócio celibatário e o de certa conveniência do celibato para o sacerdócio cristão, do qual os bispos têm o auge e a plenitude.[24].


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[1] Dezinger-Hünermann, n. 1809.


[2] Código de Derecho Canónico, c. 277 § 1.


[3] Cf. Pablo VI, Sacerdotalis coelibatus, nn. 35-41.


[4] Cf. Presbiterorum ordinis, n. 16; Pablo VI, Sacerdotalis coelibatus, nn. 17-18.


[5] Cf. Sacerdotalis coelibatus, 19-25; Dillenschneider, Clément, Teología y espiritualidad del sacerdote, Sígueme, Salamanca 1964, 368-375.


[6] San Ambrosio, Exp. Evang. Luc., 4,7; CSEL 32,142.


[7] San Cirilo de Jerusalén, Catech. XII, c. 25; MG 33, 657.


[8] Tertuliano, De exhortatione castitatis, c. 13; ML 2, 930.


[9] San Gregorio, Hom. 13 in Evang. Lucae, ML 76, 1124.


[10] Orígenes, In Levit. hom., 6, c. 6; MG 12, 474.


[11] San Efrén, Carm. Nisibea.


[12] Cf. Sacerdotalis coelibatus, n. 34.


[13] Sacerdotalis coelibatus, n. 13.


[14] Cf. Denzinger-Hünermann, n. 118-119.


[15] Todos citados con sus respectivas obras en la Enc. Sacerdotalis coelibatus, nota 20 (nota al n. 35).


[16] Sacerdotalis coelibatus, n. 15.


[17] Cf. Card. Höffner, Diez tesis sobre el celibato, IV; en: AA.VV., Sacerdocio y celibato, BAC, Madrid 1972, pp. 469-470.


[18] Sacerdotalis coelibatus, n. 49.


[19] Sacerdotalis coelibatus, n. 47.


[20] Sacerdotalis coelibatus, n. 51; la cita es de Confess., X, 29, 40; PL 32,796.


[21] Sacerdotalis coelibatus, n. 53.


[22] San Gregorio Niseno, De Virginitate, 13; PG 46, 381-382.


[23] San Juan Crisóstomo, De Sacerdotio, III,4; PG 48, 642.


[24] Sacerdotalis coelibatus, n. 40.


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