I Sam 2,6 É o Senhor que dá a vida e a morte, conduz à mansão dos mortos e de lá faz voltar.
Isaías 57,9 9 Tu te dirigiste ao rei com azeite e com variados perfumes; enviaste para longe os teus mensageiros, até as profundezas da mansão dos mortos.
Eclesiastes 9, 10 Tudo o que fazes, faze-o em teu pleno vigor, porque não há atividade nem plano nem ciência nem sabedoria na mansão dos mortos, para onde vais.
Provérbios 21,16 O homem que se extravia do caminho da prudência repousará na comunidade dos mortos.
Para mostrar a imparcialidade desse assunto, cito o comentário da famosa obra de Russel Norman Champlin, Ph. D. "O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo", obra conceituadíssima entre os evangélicos.
Observe os pontos abaixo retirados dessa obra:
- Porém, em nossa passagem (I Pedro 4:6), como também em I Pedro 3: 19-20, Pedro, por iluminação divina, afirma claramente que os caminhos da salvação de Deus não terminam juntamente com a vida terrena, e que é o evangelho pregado além do sepulcro, no caso daqueles que partiram desta vida sem ter o conhecimento do mesmo.
João Damasceno, em seu livro "Fonte do Conhecimento"(inicio do século VIII DC.), no qual faz um estudo sistemático da teologia da igreja primitiva, assevera que todos os pais gregos e todos os primeiros concílios eclesiásticos defendiam o ponto de vista que a descida de Cristo ao hades produziu resultados benéficos. Quase todos os intérpretes concordam que a menção aos mortos, neste ponto, relembra a descida de Cristo, que tem sido descrita ultimamente. Basta menos de um minuto para ler de 1 Ped. 3:18 a 4:6, pelo que o tema ainda estava bem fresco na mente de Pedro.
- Alguns, entretanto, não se satisfazem com essa interpretação, com bases dogmáticas a priori, por terem aceito o conceito que é impossível qualquer bem aos perdidos, uma vez que eles morram. Apesar dessa idéia ser popular no meio evangélico de hoje, continua sendo a voz da minoria. Mas, a fim de evitar a clara inferência de trechos como 1 Ped. 3:18-20 e 4:6, vários estudiosos têm inventado explicações como a que diz que Cristo pregou, por seu Espírito, na pessoa de Noé, durante a vida terrena daqueles que agora se acham na prisão. Portanto, eles estão mortos agora, mas estavam vivos quando ouviram a prédica de Noé. Alford (in loc.) diz que se pudermos interpretar desse modo o grego original das duas passagens referidas, então podemos fazer o N.T. dizer o que bem quisermos.
- Os mortos foram evangelizados. Isso define a pregação aludida em 1 Ped. 3:19. Cristo pregou o evangelho aos mortos. Alguns dos primeiros pais da igreja pensavam que o ato de pregar, em 1 Ped. 3:19, se aplica somente a Cristo, ao passo que o pregar o evangelho se aplica ao ministério subseqüente dos apóstolos, no hades. Seja como for, “.. .o evangelho também foi pregado a eles, com o propósito de dar-lhes o meio de se livrarem da ira de Deus” (Steiger, in loc.). Assim também opina Bigg (in loc.): "A idéia parece ser que Deus não julgará cada homem até que, finalmente, a verdade inteira lhe tenha sido revelada. Se essa interpretação é correta, então a "pregação" é a mesma referida em 1 Ped. 3:19, embora a audiência, neste ponto, inclua todos aqueles que morreram antes da descida de Cristo ao hades, ocupado por santos ou pecadores.
- O sentido simples é, aqueles que estavam mortos quando o evangelho lhes foi pregado, ou seja, eram espíritos humanos desencorporados. E isso concorda com o que diz Bigg (in mc.): "Os mortos devem ser reputados de acordo com o sentido óbvio da palavra: estavam mortos quando o anúncio lhes foi feito".
Portanto é uma doutrina corroborada por estudiosos que percebem a clareza da ida de Cristo ao mundo espiritual, no qual, o evangelho, as boas novas do Cordeiro de Deus, foi pregada para aqueles que não tiveram a oportunidade de tê-la em vida.
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