Autor: Rondinelli Ribeiro
A nossa salvação está em Cristo, pela sua morte e ressurreição. Lembra do véu rasgado? Os antigos judeus, da antiga aliança aguardaram a vinda do salvador prometido desde o antigo testamento, e após a salvação oferecida por Cristo, os justos do antigo testamento puderam adentrar na glória de Deus.
“Foi na fé que todos (nossos pais) morreram. Embora sem atingir o que lhes tinha sido prometido... Eles aspiravam a uma pátria melhor, isto é, à celestial. Por isso, Deus não se dedigna de ser chamado o seu Deus; de fato, ele lhes preparou uma cidade.” (Hb 11,13.16).
Depois que Cristo “padeceu a morte na carne” (1 Pd 3,18) Ele desceu ao Sheol e “foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes” (1 Pd 3,19) e Jesus pregava o Evangelho “também aos mortos; para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito” (1 Pd 4,16). Este Sheol pode ser o que o Credo entendeu como "A Mansão dos Mortos".
No AT encontramos um local onde iam os justos e os ímpios, que não era nem o inferno, muito menos o céu. "Um mesmo destino para todos: há uma sorte idêntica para o justo e para o ímpio, para aquele que é bom como para aquele que é impuro, para o que oferece sacrifícios como para o que deles se abstém. O homem bom é tratado como o pecador e o perjuro como o que respeita seu juramento" (Ecl 9,2). Este "lugar" é chamado pelo autor de "região dos mortos", que pode ser a nossa "mansão dos mortos" citado no Credo Niceno. “Tudo que tua mão encontra para fazer, faze-o com todas as tuas faculdades, pois que na região dos mortos, para onde vais, não há mais trabalho, nem ciência, nem inteligência, nem sabedoria.” (Ecl 9,10)
Este é o "Sheol" para os hebreus, "Hades" para os gregos e "Purgatorium" para os latinos.
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