Fonte: Agnus Dei
Autor : Charles the Hammer
Tradução: Prof. Carlos Nabeto
Objeção Protestante: "São conhecidas, no Novo Testamento, 263 citações e 370 alusões ao Antigo Testamento, porém nenhuma delas se refere aos livros ‘apócrifos’"
Primeiramente, devemos notar que esta afirmação é facilmente refutada por diversas obras e autores. Por exemplo, o rev. dr. Milo Gates, ex-vigário da Igreja Protestante Episcopal da Intercessão, declarou em Nova Iorque, em 1928:
"...Em segundo lugar, ninguém pode realmente compreender o Novo Testamento sem conhecer esses livros. Há mais de 111 citações e alusões aos apócrifos no Novo Testamento.
Em terceiro lugar, algumas das mais abençoadas doutrinas da Igreja provieram desses livros, e outras encontramos o seu desenvolvimento nesses livros" (New York Times, 10.dez.1928).
Segundo. Pergunto aos protestantes: onde se encontra a exigência, na Bíblia, de que um livro, para ser considerado canônico, deve ser citado pelo Novo Testamento? Ou isto é uma mera estipulação humana? Eles não têm como responder...
Terceiro. Se é verdadeira a posição protestante que defende a canonicidade dos livros citados pelos escritores do Novo Testamento, então não devemos também considerar como Escrituras Sagradas a "Assunção de Moisés" (citado em Judas 1,9) e a "Profecia de Enoque" (citado em Judas 1,14-15)? Ambos são escritos tardios, considerados "apócrifos", mas foram citados por um escritor do Novo Testamento, São Judas. Entretanto, ninguém (nem judeu, nem cristão) jamais os consideraram como Escrituras.
Quarto. Mesmo que fosse verdadeira essa afirmativa protestante – o que eu não admito – realmente isso não prova nada! Isto porque quinze livros do Antigo Testamento do cânon hebraico não foram citados pelo Novo Testamento. São eles:
Josué, Juízes, Rute, 2Reis, 1 e 2Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Lamentações de Jeremias, Obadias, Naum e Sofonias.
Portanto, se fosse necessário o Novo Testamento citar os livros do Antigo Testamento para demonstrar sua canonicidade, então teríamos neste quinze livros a menos, totalizando vinte e dois (contando, porém, os deuterocanônicos). Ademais, precisaríamos acrescentar dois novos livros ao cânon, ou sejam, a "Assunção de Moisés" e a "Profecia de Enoque".
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