O que dizer sobre o Purgatório?



Autor: Rogerio Hirota

O Purgatório é o lugar de purificação em que as almas dos justos, que não se santificaram suficientemente neste mundo, hão de completar a sua purificação, "por intervenção do fogo", para serem admitidas no Céu, "onde nada de impuro entrará". (Apocalipse 21,27) É, pois, o lugar em que as almas dos que morrem na amizade de Deus, isto é, em estado de graça - mas com alguma dívida por culpas leves, ou por culpas graves já perdoadas sem a devida expiação - se purificam inteiramente para entrar no Céu, a visão e posse de Deus. Ali gozarão para sempre da sua perfeita felicidade na glória celeste. Agora, só a alma. E depois da ressurreição da carne, unida ao próprio corpo.


Vamos ver na biblia o que diz sobre o purgatorio:


Em I Corintios 3,12-15: Paulo fala de um fogo misterioso que salva: "o fogo provará o que vale o trabalho de cada um se queimar sofrerá danos mas sera salvo passando de alguma maneira através do fogo "


Fazendo uma melhor analise , vamos ler o versiculo todo:


1Cor 3,12-17 lemos: "12 E, se alguém sobre este fundamento [Cristo] levantar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 a obra de cada um se manifestará, porque o dia a demonstrará. Pelo fogo será revelada, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. 14 Se a obra que alguém edificou sobre ele permanecer, esse receberá galardão. 15 Se a obra de alguém se queimar, sofrerá perda; o tal será salvo, todavia como pelo fogo. 16 Não sabeis que vós sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? 17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado".


Vemos, aqui, que o Apóstolo distingue 3 tipos de obras: uma boa (v. 14), uma regular (v. 15) e uma má (v.17), que resultam em dois tipos distintos de destino final: salvação (vv. 14 e 15) ou condenação (v.17). Por outro lado, o próprio Jesus ensinou: "Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus" (Mt 5,8), de maneira que percebemos claramente que o Senhor não tratará aqueles que se enquadram no v. 15 de 1Cor 3 da mesma maneira que aqueles que se enquadram no v. 14 do mesmo trecho, afinal o Senhor é o Justo Juiz (cf. Dt 32,4; Sl 50,6; etc...), tão rígido que nos adverte que seu reino tem porta estreita (Mt 7,13-14) mas, ao mesmo tempo, tão misericordioso que considera até um copo d'água dado em caridade (Mt 10,42).


Assim sendo, o Purgatório, ao contrário do que você possa estar pensando, não é um terceiro lugar (além do Céu e do Inferno), mas um estado necessário para aqueles justos que morrem amando e servindo ao Senhor, embora possuam ainda algumas manchas de pecado. Portanto, o fato da Bíblia não citar explicitamente a palavra "Purgatório" não pode ser usado para negar a sua realidade, uma vez que a Bíblia cita-o implícitamente. A Bíblia também não cita explicitamente a palavra "Trindade", mas todos que se dizem cristãos - sem exceção - crêem em sua realidade, uma vez que a Bíblia implicitamente o faça deduzir. Você pode, ainda, encontrar outras referências ao Purgatório em Mt 5,25-26; 12,32; Lc 12,48; 2Cor 5,10.


Jesus mesmo mostra que pode haver o perdão na outra vida:


Mateus 12,32 Todo o que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no século vindouro.

A Biblia tambme nos fala sobre uma prisão temporaria na outra vida atraves de um fogo que purifica e salva:


Mateus 05: 25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. 26 Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último ceitil (centavo.).


Ainda se referindo a este versiculo acima fica evidente que este lugar do perdao e purificaçao nao é o céu onde nao entra nada de impuro:


apocalipse 21,27 Nela não entrará nada de profano nem ninguém que pratique abominações e mentiras e nem o inferno pnde nao ha redençao e o fogo é eterno:


Mateus 25,41 Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos.


Em II Mac 12,43-46 lemos: "Judas, tendo feito uma coleta, mandou duas mil dracmas de prata a Jerusalém, para se oferecer um sacrifício pelo pecado. Obra bela e santa, inspirada pela crença na ressurreição... Santo e salutar pensamento de orar pelos mortos. Eis porque ele ofereceu um sacrifício expiatório pelos defuntos, para que fossem livres de seus pecados." - Ora, ser livre de seus pecados, depois da morte, pelo sacrifício expiatório, indica claramente a existência do purgatório


Mas Por que o purgatório não é citado de forma clara na Bíblia? Quando a Igreja passou a aceitar a existência do purgatório?


R:O purgatório se deduz do que ensina a Escritura. Não está escrito que o justo peca sete vezes por dia? (Prov. 24 16). Se ele é justo, como peca? Se peca, como é justo? Isso é possível porque há pecados que não fazem perder a justiça. São os pecados leves ou veniais.


Lutero, e os protestantes depois dele, afirmam que todos os pecados são iguais, que não há pecados mortais e pecados veniais como sempre a Igreja ensinou.


Ora, Cristo mesmo distinguiu pecados maiores e menores. "Quem me entregou a ti cometeu pecado maior", disse Ele a Pilatos (Jo 19,11).


Também Cristo disse que alguns pecados não seriam perdoados nem neste mundo nem no outro. Logo, há pecados que podem ser perdoados no outro mundo, que são os pecados veniais.


Cristo disse também que certas ofensas seriam punidas de tal modo que não se sairia da punição até ter pago o último quadrante (Cfr. Mt 5,26). Logo, há um lugar em que se é punido e depois perdoado, enquanto que o inferno é eterno: "Ide malditos para o fogo eterno... (Mt. 2541).


Finalmente o segundo livro dos Macabeus afirma: "É, logo, um santo e saudável pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres de seus pecados" (II Mac. 12,46).


É claro que Lutero não podia aceitar isso que contrariava a sua doutrina. Por isso, ele considerou o Livro dos Macabeus como não inspirados. Apesar disso, o próprio Lutero ora admitiu o purgatório, ora o negou, acabando por negá-lo definitivamente.


Entretanto, mesmo entre os protestantes, hoje, há quem admita o purgatório (Exemplo, alguns Metodistas).


O Dr. Karl Von Hase, em seu livro 'Handbuch der Protestant Polemik', 335, afirma que "a maior parte dos moribundos são bons demais para irem ao inferno, porém ruins demais para o céu".


A Igreja sempre ensinou que existe o purgatório, porque a Igreja não pode errar.


Em vez de acreditar no que se acha entender, creia na Igreja. Ter Fé é crer no que Cristo disse e a Igreja ensina. Quem crê em seu próprio entendimento não tem Fé.

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