O que e a lei do karma do espiritismo?

 



Allan Kardec, o codificador do espiritismo, apesar de não ter proferido a palavra karma, usou o seu conceito constantemente, nestes termos: "Todo pecado cometido é uma dívida contraída que deve ser paga, numa ou em várias reencarnações."


Isto é a lei do karma. No espiritismo não há, portanto, perdão de espécie alguma. Carlos Imbassahy de Mello, líder espírita brasileiro, acrescenta: "Nem o sangue de um Deus pode redimir os pecados." Recusa, clara e conseqüentemente, a doutrina de Cristo.


A lei do karma é uma inovação no espiritismo advinda do teosofismo, cuja fundadora foi a sra. Blavatsky, reencarnacionista (e idealizadora da New Age ou Nova Era). Assemelha-se à doutrina da reencarnação, que os teosofistas defendem. Segundo os reencarnacionistas, o tempo de erraticidade, isto é, o estado intermediário entre as várias reencarnações, é de 1.500 anos, que se chama Devachan, igual ao estado de erraticidade dos kardecistas,excetuando o tempo. Frei Boaventura, em seu livro "Reencarnação", esclarece, citando Palmés (Metapsíquica e Espiritismo, Barcelona, 1950):


"Cada ação do espírito encarnado é como que uma causa que terá inevitavelmente o seu efeito. É a rigorosa aplicação da lei da causalidade física para o mundo moral. A isso se dá o nome de karma. O karma é, pois (para os reencarnacionistas: espíritas, teosofistas e outros), a lei sem exceção, que rege o universo inteiro, desde o átomo invisível e imponderável até os astros; esta lei consiste em que toda causa produz seu efeito, sem que nada possa impedir ou desviar o efeito, uma vez posta a causa. A lei do karma é cega, automática e não inteligente, exatamente como as leis físicas. O que se faz, está feito e terá inevitavelmente suas conseqüências, sem possibilidade de perdão, nem de redenção, nem de indulgência."(cf. Geraldo E. Dallegrave, Reencarnação, Edições Loyola).


A lei do karma, no seu automatismo, é indigna do homem racional e livre; no seu absolutismo, é atéia: não precisa (independe) de Deus; e na sua sistemática implacável de julgamento, é anticristão, impiedosa, porque não supõe a misericórdia de Cristo. Estas poucas referências são suficientes para demonstrar que não há possibilidade alguma de um cristão, em são consciência, praticar o espiritismo. A lei do karma, fundamental no espiritismo, contraria frontalmente a religião CRISTA. Disse-o, por sinal, Dom Benedito de Ulhoa Vieira, Arcebispo Metropolitano de Uberaba, em importante entrevista ao Pe. Antônio Gonçalves, na TV Globo, domingo, dia 10/11/1991: "Não polemizamos com pessoas, que são cordatas e delicadas, mas temos de dizer claramente que o espiritismo, que tem bastante influência em Uberaba, não pode conciliar-se com a Igreja Católica, nem com o cristianismo.


Não é uma questão de pessoas, mas de doutrina, de ensinamento e, portanto, de maneira de viver e encarar a vida e o comportamento humano".

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