Vaticano apresenta provas da oposição ao nazismo

 



A abertura de documentos ligados às primeiras décadas da história alemã, conservados no Arquivo Secreto

Vaticano, permite excluir todo apoio da Santa Sé à nomeação de Adolf Hitler como chanceler do Reich. A

afirmação chega através da prestigiada revista Jesuíta «Civiltà Cattolica», que na sua última edição reconstruiu as relações entre o nacionalismo e a Igreja Católica.


O Arquivo Secreto, aberto no início deste ano por indicação de João Paulo II, afirma o Pe. Giovanni Sale, permitiu “desfazer alguns lugares-comuns, segundo os quais a Santa Sé tinha tornado possível, através do partido católico Zentrum, a chegada ao poder do nazismo na Alemanha”. “Das fontes de arquivo resulta, pelo contrário, que o

Vaticano não foi informado previamente sobre as negociações que aconteceram entre Hitler e os líderes do Zentrum sobre a questão da lei de plenos poderes”, acrescenta.


BISPO QUE ENFRENTOU HITLER A CAMINHO DOS ALTARES


A Igreja Católica reconheceu no passado sábado as virtudes heróicas - último escalão antes da beatificação - do cardeal Clemens August Graf von Galen, um dos maiores opositores do nazismo na Alemanha. Von Galen foi nomeado bispo de Munster em 1933, ano em que Hitler chegou ao poder. Desde o início do seu

ministério o bispo denunciou a política do regime contra a Igreja, assim como a introdução de ritos

neopagãos. As suas intervenções valeram- lhe a denominação de “Leão de Munster”.


Em 1934 reprovou as teses do ideólogo nazista Alfred Rosenberg e em 1937 dedicou-se a difundir a encíclica

do Papa Pio XI contra o nazismo («Mit brenneder Sorge» - Com viva preocupação). A partir de 1941 pronunciou-se em várias ocasiões contra a eutanásia de pessoas com doenças mentais assim como contra a política racial do regime nazi.


Internacional | | 22/12/2003 | 11:56 |



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