Apocalipse 17 e a Grande Babilônia

 



Seria a Igreja Católica a Grande Prostituta de Apocalipse 17 como afirmam os Evangelicos? Ao contrário do que ensina a Solo Escriptura, a Tradição Eclesial sempre interpretou este livro mais difícil de Biblia a partir da própria intenção e realidade do autor. João fala muito em simbolos, alegorias e imagens como é o caso das duas bestas: O poder político e religioso. O poder político persegue o Cristianismo com suas Ideologias e falsos valores; já o poder religioso usa tais Ideologias de linhas Ocultistas e Gnósticas a fim de perseguir o Cristianismo. Analisemos todo Apocalipse 17 para entendermos quem é realmente esta "Grande Babilônia".


APOCALIPSE 17 E A GRANDE BABILÔNIA


I. PRELIMINARES


No livro de “O Apocalipse de São João" que de um lado fascina mas, de outro irrita, pois obriga para nós ocidentais e jogar a toalha e desdobrar-se derrotado frente à dificuldade e obscuridade de seus símbolos, que decompõe qualquer imaginação ousada. Contudo, o motivo para falta de compreensão do Apocalipse é, talvez, ceder e entregar-se à imaginação, querer precisar e delinear em forma plástica e visual as suas imagens. Para os Hebreus, ao invés, para a tradição bíblica em particular, o símbolo e a imagem vale em primeiro lugar por aquilo que significam, e não por aquilo que encerram, nunca devem ser visualizados e mitos, mas ouvidos e interpretados . Frente aos símbolos, em vez de entregarmos à fantasia, devemos perguntar o que se esconde sobre versos estranhos como besta, babilônia, dragão, prostituta e assim por diante.


A Crítica Literária chegou munida de um sólido instrumental filológico e de um conhecimento singular da Literatura Cristã antiga, percorrendo toda a bibliografia a uma conclusão surpreendente: O Apocalipse revela e manifesta em Jesus o Messias que, cumprindo o desígnio divino, resgata a humanidade da situação de lágrimas em que, por sua culpa havia caído e se debate, reconduzindo-a a pureza da condição primordial, original, iluminada pela Comunhão com Deus.


Evidente que existe diversos modos de ler e interpretar o livro mais difícil da Bíblia, articulada sobre uma trama de imagens extravagantes, mas se voltarmos às origens cristãs, o Apocalipse era lido como chave de instrução aos neófitos. Trata-se Revelar a Pessoa de Jesus Cristo como o fim do Antigo testamento e de toda a história que o prepara e espera desde o início da criação. Um livro escrito na ilha de Patmos, pequeno ilha do mar Egeu, situado a 75 km a sudoeste de Efeso, mas que se dirige diretamente à mensagem às comunidades da Província Romana da Ásia. A cenografia da ilha de Patmos um mar de vidro semelhante ao Cristal, misturado com fogo vermelho ao por do sol queima com todo o poder, com variações de cores da vegetação seca e fome da avareza do solo e a voz de muitas águas, e as constelações ameaçadoras da noite, com os seus dragões, bestas, águias, etc...


O ensinamento do Apocalipse acentua a tomada de posição dos Hebreus, sua fé que aponta para a experiência cristã, Cordeiro Imolado que aponte para a morte pascal de Cristo na Cruz; a comunidade como prelúdio da comunhão eterna; a passagem da Ceia Eucarística ao seu arquétipo celeste onde o Cordeiro Imolado. Cristo Vivo atualiza para sempre o ato da Redenção. Enfim, é um livro que nos desafia as regras fundamentais de sintaxe e gramáticas. Para examinar com exatidão, mas sem pedantismo, conservando sempre a inspiração de Deus.


Lido no seu contexto, o Apocalipse não evoca a idéia de destruição, catástrofe, profecia do fim do mundo.


II. Do Cap 17 ao 22 temos interpretações e discussões disparatadas


Em Apc. 17 muitos comentadores descrevam o modo simbólico do evento da morte de Cristo: Aliança diabólica entre dois poderes corrompidos, o político e o religioso, entre o poder impessoal e a sinagoga judaica. Temos acesso ao ódio e a guerra mortal que estouram entre a besta e a prostituta, que termina na aniquilação cruel e selvagem da prostituta (17,16). São duas realidades perversas que tinham reunido numa aliança perversa contra o Messias, dividem-se e comportam por um duelo mortal. Como este livro foi escrito no ano 70 d.C., João quer ressaltar estes dois símbolos a besta e a prostituta. Ele não fala da destruição da prostituta (seja qual for a realidade que ela representa mas, a destruição é lembrada por ele de modo incidental. A destruição da prostituta-diabóloca alude pouco antes em (16,19) que é descrita com abundância no capítulo 18; não é obra da besta, mas do terremoto sem precedentes na história que se segue ao derramar da sétima taça (16,18). Não é da destruição material mas do Reino Espiritual.


Nos símbolos mencionados em Apocalipse (dragão, prostituta, reinado de mil anos pelo dragão) apesar de parecer autônomo, existe uma ligação entre crenças e ideologias materialistas. Mas este é o sentido do Apocalipse? Examinando no aspecto histórico apesar de existir na antiguidade, principalmente na Idade Média. Em que sentido João é um “Apocalíptico”? Evidentemente, no sentido em que o seu interesse, a expectativa se reflete nas suas visões, o objeto das suas previsões voltadas à vinda do Messias e para a instauração do seu Reino precedida pela derrota de seus inimigos e pelo julgamento de Deus. Mas qual vinda? Primeira ou Segunda? Na interpretação escatológica, tudo é adiado para a Segunda Vinda.


João fala muito da força da fé e perseverança dos servos de Deus, dada a peregrinação de Satanás e de seus dois instrumentos históricos, as duas bestas, que perseguem os justos (12,17; 14,12), não somente aqueles que foram martirizados e perseguidos, mas que prestaram um testemunho à Palavra de Deus e de Jesus (Apc. 1, 2, 9). Em Apc. 19 testemunhar Jesus é explicitado com Espírito de Profecia (19,10). Nisso, todos os cristãos são profetas, inclusive aqueles vieram antes de Cristo como é o caso de João Batista (Jo 1, 19).


III. No A.T. João condena o Judaísmo Espiritual


No A.T. o judaísmo que João condena é o judaísmo Espiritual que se exprime no testemunho da Palavra e fatos, que observavam a Lei e aguardavam o alimento e a esperança da vinda de Messias. Ele não condena o outro judaísmo que corrompem sua natureza com os poderes da terra, mas os que rejeitam a Pessoa de Jesus, a sinagoga de Satanás (3,9; 2,9). É em Jerusalém que foram mortas as duas testemunhas. E é Jerusalém o símbolo da prostituta, que domina o capítulo 17.


É necessário compreender que a Exegese desenvolvida por João no Apocalipse dá mais consistência aos dados bíblicos do Novo Testamento, sejam litúrgicos ou doutrinais. Aqueles fatos, ritos, visões, a Lei, tinham já um valor em si e por si, mesmo que incompleto de uma primeira intervenção salvífica de Deus embora parcial e provisória.


João fala muito em símbolos, alegorias e imagens. Ele usa símbolos introduzindo variantes que servem para modificá-la, como por exemplo, mulher (Ap.12), Prostituta (Ap. 17) e esposa, a mulher do cordeiro (ap. 21). Ele usa até símbolos que não são de origem bíblica com estrelas, astros (1,20). As estrelas precipitada no céu abaixo é a queda dos anjos (8, 9 ss), que alude ao dragão, que arrasta o céu e lança a terra um terço das estrelas(12, 4).


Os símbolos numéricos nada têm haver com representações gnósticas, astrológicas, mistéricas e cabalísticas. O número 7 significa totalidade. No livro do Gênesis, Deus fez o mundo em 7 dias. Para João o número 7 estava ligado ao advento messiânico aludindo em Dn 9, 22-27. O número 4 representa o mundo ou os 4 pontos cardeais. O número 12 representa as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos. O número 10 era múltiplo, indicando uma realidade indefinida e incompleta. As setas e as taças são constituídas por 4 e 3 elementos.


São Paulo fala muito da Parusia, e para ele a volta de Cristo deve ser procedida de uma Apostasia, que é o homem da Iniqüidade, isto é, Satanás (2 Ts 2, 3-12). Onde no Apocalipse se fala de Apostasia é a figura do Anti Cristo com características de traços humanos e pessoais, do todo de poderes sobre-humanos. Mas o adversário maior é SATANAS que se serve das duas bestas, duas entidades abstratas: o poder político e poder religioso corrupto, e não personagens humanos.


IV. As 7 Taças e o Mistério da Babilônia


Feito essas considerações iniciais, o capítulo 17 a 22 oscila até hoje o que mais provoca discussões e interpretações disparatadas porque concentra todos os grandes temas que fizeram do apocalipse entre os livros mais famosos. Muitas interpretações oscilam entre o literalismo e o simbolismo, entre sentidos históricos e espirituais, causando grandes embaraços e contradições.


O Mistério da Babilônia é introduzido pela presença de um anjo (17,1) um dos sete anjos que tem sete taças. Apc. 17 e 18 mostram a destruição da Babilônia que é julgada e condenada, ao passo que no capítulo 18 ela já é destruída. O anjo que tem as sete taças, leva a prostituta para o deserto na visão de julgamento e condenação da prostituta (17,3). Ele está sentado sobre um ser monstruoso, com sete cabeças e dez chifres, semelhante ao dragão do capítulo 12 e a besta do mar do capítulo 13. Muitos entenderam tratar de Roma Imperial, mas a identificação de prostituta com Roma apresenta dificuldades: Primeiro que reduz a uma só realidade a prostituta e o besta sobre o qual ele está sentado. Na realidade a Besta e a Prostituta são duas realidades distintas, ainda que unidas.


A Besta que serve de base para a Prostituta é na verdade, a retomada do dragão do capítulo 12 e da besta do mar do capítulo 13. Esta besta é o poder político, o Império Romano que nada tem haver com a Igreja Católica, e muito menos a Igreja Católica foi fundada no seculo III como dizem. É a entidade diabólica que existia, mas não existe mais (17,8). Se isso referir a ROMA, não tem nenhum sentido, mas se referir a Satanás, adquire um maior sentido (7,14), cuja vítima é Cristo, depois do qual Satanás é devidamente derrotado(10,10).


Pelo fato de ter 7 cabeças e 10 chifres, bem como a sua cor escarlate, pode ser lida em diversos níveis: As 7 cabeças são os 7 montes, que a mulher está sentada e os 7 reis (17,9). Aqui alude Roma até dos detalhes, mas os dados não podem ser levados ao extremo e faze-los coincidir com a interpretação histórica.


Isso porque se discute quem seria os 7 imperadores romanos que deveriam corresponder aos 7 reis e as 7 cabeças.


A designação dos 7 reis e das 7 cabeças esta no versículo 10: Cinco já caíram, um existe e outro ainda não veio, e quando vier, deverá permanecer por pouco tempo (17,10). Enfim é inútil coincidir o temporal com o histórico. O termo “monte” é símbolo da entidade espiritual oposta a Deus. Em Apc 8,8 temos o monte incandescente ao mar.


Os cincos que caíram são os cincos demônios que ficam a frente dos cinco milênios da vinda de Cristo; o que ainda não veio do ultimo milênio. O ultimo está destinado a permanecer por pouco tempo. Essa interpretação carece de fundamento, pois é de linha milenarista.


Na verdade as 7 cabeças quer indicar a dominação exercida pela totalidade dos espíritos maus do mundo físico e humano. Essa dominação é exercida pelos 10 chifres, ou seja, pelos soberanos terrenos que são vassalos e continuadores daqueles. O oitavo rei, provém do 7 e caminha para a perdição. Satanás é o oitavo rei e provem dos 7, pois representa o resultado da soma dos outros.


V. Os Dez Chifres


Os 10 chifres da besta que sustenta a prostituta são aplicados pelos 10 reis (17,12). Enquanto as 7 cabeças é representado pelo reinado de Satanás sobre o mundo no aspecto espiritual, os 10 chifres representam o aspecto histórico e humano. São soberanos os humanos que estão a serviço da besta cujo designa entregar o seu poder e autoridades a besta (17,13). Estes soberanos opõem-se ao Cordeiro que os vencerá, porque Ele é o Senhor dos Senhores (17,14). Enfim a besta com as 7 cabeças e 10 chifres sintetiza a história humana. Enquanto está sob o signo do pecado de Satanás.


O número 7 de cabeças multiplicado por 10 chifres tem com resultado: setenta. O simbolismo é evidente: os esforços conjuntos dos espíritos e homens maus que governam o mundo constituem a encarnação histórica de Satanás. A sua revelação que perdura e cresce até a segunda vinda de Cristo. A besta que sustenta a prostituta é satanás com a roupagem de “Segundo Dono do Mundo”; Satanás como senhorio no plano espiritual, físico, religioso e político.


VI. A Besta e a Prostituta


Qualquer que seja a interpretação dada a besta, ela é distinta da Prostituta. Tão distinta que no final do capítulo 17 João mostra a hostilidade entre as duas (17,16). Logo, Roma e a Prostituta não podem ser uma só. Isso leva a concluir o absurdo que é a própria Roma que odeia e destrói a si mesmo. No entanto, fica claro que a Prostituta representa uma cidade pelas cenas de devastação, sangue, incêndio e até canibalismo.


Mantendo a distinção, a cidade destruída não pode ser Roma (que no muito é símbolo dos 40 chifres). Essa cidade é vítima de destruição selvagem e agredida por soberanos terrenos. Essa cidade é JERUSALÉM, pois ela sofre simbolicamente a destruição e invasão de povos pagãos (11,2) que calçarão o pé durante 42 meses, toda a sua duração coincidiram com a pregação das duas testemunhas (Leis e os Profetas) = ( ver 11,3), do poder da besta do mar e o poder político (13,5) e da permanência da mulher no deserto (12,14). Essa mulher é Israel. Se Jerusalém é destruída, ela não é mais cidade Santa, mas a prostituta, Babilônia a mãe da Prostituta (17, 1 e 5). Mas a destruição do Templo de Jerusalém está camuflada sobre o símbolo da prostituta.


- PROSTITUTA A GRANDE


A identificação da Prostituta com Jerusalém, isto é, com o judaísmo é apenas um prelúdio. Na sétima carta a Igreja de Laodicéia (3,15), temos a Sétima Taça. Na sexta trombeta, um terremoto atinge a cidade (11,13). O nome é “Cidade, o grande” (11, 8), não é explicado, mas fica claro que é Jerusalém. No capítulo 16,19 um terremoto sacode a “Cidade, o grande”.Temos aqui um único acontecimento, ou seja, a Babilônia que é destruída pela Sétima Taça.


- A BESTA, O FALSO PROFETA E A PROSTITUTA


Para satisfazer as interpretações, alegorias e acomodatícias, a Prostituta do capítulo 17 é a mesma do capítulo 12. No Apc. 17, a mulher que mudou sua aparência para prostituta, mudou seu comportamento espiritual. Só se pode ver uma coisa nisso tudo: É a alegoria da perversão do judaísmo. É a rejeição de Jesus. É a recusa dos judeus do Jesus Messias, já que eles esperavam um Messias político, que lhes desse poder material, riqueza e dominação sobre todo a terra.


É a idolatria de Israel, endereçado a deuses falsos e mentirosos: ela é de fato, adoração a Satanás. Ora a primeira encarnação de Satanás é a besta do mar, isto é, o poder político (13,1ss). A primeira forma de Idolatria é a adoração ao poder político, ou seja, deixar-se ceder a outros valores e não a Deus. Por isso que as bestas da terra e seus habitantes prostam em adoração (13,12) do poder político. A besta da terra é o falso profeta cuja função é se aliar e cooperar com o Satanás.


A besta prostituta representa a retomada das duas bestas (13) que também pode simbolizar o poder religioso e espiritual materializado. Também aponta para o judaísmo. Por isso que a prostituição significa IDOLATRIA, onde foi confiada a promessa de Deus que redundou no fracasso.


VII. A Prostituta chamada Mistério


No Apc. 17, os reis da terra se prostituíram com ela, como responsável moral por toda impiedade e corrupção. Os reis prostituíram com ela (17, 2), ela é a “BABILÔNIA”, a grande, mãe das prostitutas e das abominações da terra (17, 5). É o caso de Jerusalém, Cidade Santa que se tornara “Sodoma e Egito” (17, 2-8). Babilônia no sentido que ela atingir o auge da perversão. O nome secreto dela é MISTÉRIO (17, 5). No N. T. a palavra mistério está relacionada a plano divino de Salvação. E isto não se pode aplicar em Roma outras cidades pagãs. Mas só é verdadeiro a Jerusalém (21, 2-10 ss) e 10,7. O Mistério de Jesus que se consuma no toque da sétima trombeta é a morte de Cristo: Ela assinala ao mesmo tempo o julgamento e o fim do judaísmo antigo, inaugurando a Jerusalém celeste, do judaísmo espiritual, da Igreja.


VIII. A Prostituta que está sentada sobre as águas


A primeira vista a prostituta parece apontar Roma. Ela está sentada nas águas (17, 1), tirada do A.T. (Jr 51,13), onde indica a Babilônia localizada a margem do rio Eufrates. Aqui a palavra “muitas águas” tem valor alegórico, pois as águas são povos, multidões, nações e línguas (17, 15). São os povos pagãos. Mas o termo prostituta é de natureza espiritual, onde o poder religioso se prostitui com os soberanos e povos pagãos. É o plano religioso que domina povos, nações e multidões, guiada pelo falso profeta da besta. É a dominação do poder espiritual e Universal de Cristo, alicerçada na impiedade, que corrompe uma multidão imensa convertida para Cristo.


Também a prostituta aspira poder Universal, baseando em armas espirituais, isto é, servindo-se da Palavra Distorcida de Cristo em que seu significado, para dominar por meio da riqueza, luxo e auto-exaltação (17, 4). Mas a paródia de Cristo com a Prostituta, chega ao auge que aparenta ser uma celebração demoníaca, embriagada com Sangue dos Santos.


A Prostituta tem nas mãos um Cálice, símbolo que já evoca para João a Paixão de Cristo. Este Cálice está cheio de abominações (17,4), derramando sangue de pessoas inocentes (17,6) e justas. Novamente não é Roma, mas Jerusalém. Esse sangue não é da prostituta e nem de Jesus, são sangues de inocentes, derramado devido à livre razão e da sua ganância de poder e dominação. O sangue que a prostituta segura são os flagelos: morte, luto, fome e pelo fogo que será devorada (18, 7-8).


Enfim, João em Apoc 17 se refere sobre o julgamento divino sobre o homem e o demônio, que utiliza o homem para se fazer Deus. O demônio usa o poder político (as ideologias que perseguem o Cristianismo) e as falsas doutrinas e religiões (que deturpam a Palavra de Deus) ensinando que o homem deve servir mais a Si do que a Deus.


IX. Conclusão Final


Jamais a Igreja Católica seria grande Babilônia de Apc. 17 como afirmam os Evangelicos, já que existe diversos modos de interpretar o livro mais difícil da Bíblia. É um livro que desafia as regras fundamentais da sintaxe e da gramática já que deve ser lido dentro do seu contexto (principalmente nos capítulos 12 e 13).


As duas mãos da prostituta que segura o cálice, são os dois poderes corruptos: poder religioso e político. Esses poderes foram à aliança de Satanás contra o Messias. É a perseguição de Satanás que usa o poder político e religiosos contra os justos (12, 17; 14, 12). Essa Prostituta é Jerusalém, lugar onde foram mortas as duas testemunhas. A prostituta não pode ser o Império Romano e muito menos a Igreja Católica como dizem meus amigos evangelicos, mas é SATANÁS, que persegue Cristo e os cristãos. Neste caso não se pode dar uma interpretação histórica e apocalíptica. A quem reuniram os sete imperadores? Na verdade as sete cabeças indicam a dominação de Satanás em toda a sua totalidade, exercida pelos soberanos da terra, possuindo os dez chifres no seu aspecto histórico e humano. As 7 cabeças e 10 chifres simbolizam a historia humana, enquanto está sob o signo do pecado e de Satanás.


Se Jerusalém foi destruída, ela não é mais a Cidade Santa, mas a Prostituta Babilônica, mãe das prostitutas, que recusa o Messias, cedendo a outros valores que não seja Deus. É a idolatria dos “valores” como Poder, Riqueza e Prazer. Nela Satanás reduz os homens na prática do Mistério da Iniqüidade (17, 5) aspirando dominar o mundo. O Cálice que Satanás segura com as duas mãos (poder político e religioso) é o cálice do sangue de homens que se deixaram corromper pela ganância, poder e prazer. No final dos tempos Jesus julgará estes homens maus e destruirá definitivamente Satanás que usa de suas Ideologias e falsas doutrinas religiosas para deturpar a Palavra de Deus ensinada pela Igreja Católica.


Isso já não acontece? A Nova Ordem Mundial está chegando, preconizando a realidade de Satanás, pegando os cristãos contra os outros. Aí desses homens que caem no jogo Sedutor de Satanás. Será julgado por Deus, cuja vitória não tardará. E se não se converterem, Satanás derrubará o Sangue desses Inocentes na ruína Espiritual, pois serviram como instrumentos nas mãos dos Demônios e não foram capazes de serem instrumentos de Testemunho na vida e no amor de Deus.

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