Cristianismo - uma nova força

 


Autor: John Nascimento


Quando o império se deu conta de que era algo importante reagir contra o movimento cristão, talvez já fosse muito tarde, pelo que muito pouco conseguiu, apesar das mais graves repressões.


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Embora os mártires sejam hoje alguns dos mais famosos Cristãos do século II e a sua importância no desenvolvimento da Igreja se não possa ignorar, o facto é que a maioria dos Cristãos em todo o mundo tem vivido em paz com os seus vizinhos e apenas perseguidos e humilhados esporadicamente em alguns lugares e em alguns tempos.


O Cristianismo continua a crescer regularmente, como o manifestou claramente Plínio, e tornou-se um fenómeno tão rápido e tão avassalador que levou as autoridades dos primeiros tempos a tomar sérias atitudes de repressão.


Apareceram poderosos e sábios bispos, como outras figuras de Cristãos leigos mas igualmente sábios, que foram executados logo que foram denunciados.


Na altura em que o Judaísmo, apesar das insucessas revoltas contra Roma, nos séculos I e II, foi declinando na sua importância política, e quando muitos pagãos foram crescendo cada mais insatisfeitos com as tradicionais religiões da Grécia e de Roma, a nova fé, a fé cristã, foi-se tornando uma necessidade.


Muitos se converteram apesar dos graves perigos que corriam pelo simples facto de se chamarem cristãos.


A Igreja deixou de ser defensiva e foi-se tornando uma nova força para dialogar com os povos.


Quando o império se deu conta de que era algo importante reagir contra o movimento cristão, talvez já fosse muito tarde, pelo que muito pouco conseguiu, apesar das mais graves repressões.


Nasceram portanto e apesar de tudo, as perseguições.


O primeiro e mais organizado e poderoso ataque contra o Cristianismo – e provavelmente o mais severo teste de sobrevivência – foi cerca do ano 250, quando o imperador Décio resolveu ordenar sacrifícios públicos contra os Cristãos.


Para todos os que se resolvessem a aceitar as exigências do governo, os apóstatas, era concedido um certificado em seu favor, que lhe concedia o direito de continuar a viver.


O crescimento da Igreja trouxe ao de cima alguns Cristãos que não tinham coragem para o martírio, e alguns deles submeteram-se. Outros usaram sobornos para alcançarem o libelo, que assim se chamavam os certificados.


Alguns Cristãos, dos mais famosos professores, como Orígines de Cesareia, foram encarcerados e atormentados.


Embora a intenção de Décio não fosse a de obter mais apóstatas do mártires, muitos foram executados.


Em algumas partes do Império as perseguições obtiveram sucesso, porque muitos negaram a sua fé, mas mesmo assim Décio não conseguiu absoluta vitória.


Muitos Cristãos aceitaram que era possível e simples permanecerem escondidos ou presos por algum tempo até voltarem à sua liberdade.


Mas as perseguições continuaram no tempo de vários Imperadores.

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