Religião Ilegal

 


Autor: John Nascimento


Foram estas as palavras de Plínio :


-«Eu perguntava-lhes se eles eram Cristãos e se eles confessavam, perguntava uma segunda e uma terceira vez com ameaças de castigos. Se eles se mantinham na sua posição eu ordenava a execução».


Era tão simples como isto.


Aqueles Cristãos que podiam invocar a sua cidadania romana eram enviados para Roma para julgamento e execução.


A principal questão de Plínio era o que é que ele devia fazer com aqueles que tinham sido Cristãos e renegaram a sua fé.


Alguns apóstatas, escreveu Plínio, «recitaram orações aos deuses, ditadas por mim, fizeram súplicas com incenso e vinho às suas estátuas... e além disso renegavam a Cristo».


Deviam eles ainda ser julgados pelos crimes que tinham cometido enquanto Cristãos ?


Ou seria a sua ofensa apenas o serem Cristãos ?


Nesse caso a sua renúncia justificaria a sua liberdade ?


Plínio julgava assim :


- «Tendo em conta o número dos que estavam em perigo; por todas as idades e classes e ainda de ambos os sexos, todos eram ainda um perigo para o presente e para o futuro. O contágio daquela superstição tinha penetrado não apenas nas cidades mas até nas aldeias em todo o império».


Perante esta informação de Plínio, Trajano estabeleceu esta regra para muitas décadas :


- «Não vai haver uma perseguição oficial, mas ser Cristão permanece como uma ofensa capital. Eles não devem ser procurados, mas se forem acusados e convictos, devem ser castigados. E nestas condições, em que ficam proibidos de ser Cristãos e de agir como tal, se prestarem culto aos deuses, podem obter perdão pelo seu arrependimento, sem ter em conta o que tenha sido o seu passado».


Uma situação melindrosa em que os primeiros Cristãos se encontraram e em que tiveram que dar a sua vida em testemunho da sua fé, porque o sangue dos mártires era semente de novos Cristãos. E foi assim que a Igreja recentemente nascida em dia de Pentecostes, crescia rapidamente.


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