Testemunhos dos primeiros cristãos sobre o batismo




Fonte: Livro Escola da Fé - Sagrada Tradição
Autor: Prof. Felipe Aquino
Digitalização: Rogério Hirota  - Revisado em 02/Abr/2008

O Ensinamento transmitidos pelos Apóstolos e seus discípulos não podem se contradizer com os ensinamento de Jesus já que ouviram o ensinamento d´Ele mesmo, por isso os ensinamento da Igreja que descende dos Apóstolos tem o fundamento na Sagrada Tradição. Veja como os testemunhos dos primeiros cristãos confirmam a doutrina da Igreja sobre as várias questões levantadas pelos protestantes como o batismo por ablução ou imersão, o batismo como regeneração espiritual, batismo de crianças.

Primeiramente vamos ver o que diz o ensinamento dos doze apóstolos ou também chamado Didaqué que é um catecismo cristão escrito entre 60 e 90 d.C. (talvez até antes da destruição do Templo de Jerusalém), provavelmente na Palestina ou na Síria. Trata-se, certamente, do "documento mais importante da era pós-apostólica, a mais antiga fonte de legislação eclesiástica que possuímos" (Quasten). Ao que parece, é fruto da reunião de diversas fontes orais e escritas e que bem retratam a tradição das primeiras comunidades cristãs. Essa antiguidade explica porque algumas Igrejas chegaram a considerá-lo um escrito canônico.

Didaqué - a doutrina dos doze apóstolos n.30 (Sobre o batismo de ablução)

"Quanto ao Batismo, batizai assim: depois de terdes ensinado o que precede, batizai assim em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, em água corrente; se não existe água corrente, batize-se em outra água. Se não puder ser em água fria, faze em água quente. Se não tens bastante, de uma ou de outra, derrama água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Antes do batismo jejuem: o que batiza , o que é batizado e outras pessoas "

Quanto ao batismo como regeneração espiritual:

Santo Irineu (140-202)

"O batismo concede a graça do novo nascimento em Deus Pai, por meio de seu Filho no Espirito Santo, pois os que têm o Espirito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho; mas o Filho apresenta ao Pai e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espirito Santo não é possível ver o Filho de Deus, e, sem o Filho, ninguém pode se aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espirito Santo".(Dem.7)

São Gregório Nazianzeno (330-379) doutor da Igreja

"Sepultemo-nos com Cristo pelo batismo, para ressuscitarmos com Ele ; desçamos com Ele, para sermos elevados com Ele ; subamos novamente com Ele, para sermos glorificado nele "(Or.40,9)

O Batismo dado a crianças na Igreja dos primeiros cristãos:

Santo Irineu (140-202)

"Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo [pelo batismo] de Deus ; os recém nascidos, os meninos, os jovens , os velhos" (Dem.7)

Orígenes- Bispo de Alexandria (184-225)

"A Igreja recebeu dos Apóstolos a Tradição de dar o batismo também aos recém nascidos"( Ep. Ad. Rom . LV, 5,9)

São Cipriano- Bispo de Cartago (210-258)

" Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças " (carta a Fido)

Tradição Apostólica de Hipólito (Século III)

" Batizar-se-ão em primeiro lugar as crianças, todas aquelas que podem falar por si mesmas, que falem: quanto ás que não podem fazer, os pais ou alguém de sua família devem falar por elas " (La Trad. Apostolique, ed. Botte Munster 1963, pgs 44s)

Santo Agostinho († 430)

" As crianças são apresentadas para receber a graça espiritual, não tanto por aquelas que as levam nos braços, ... mais sobre tudo pela sociedade universal dos santos e dos fieis ... é a mão Igreja toda, qe esta presente nos seus santos , a agir, pois é ela inteira que os gera a todos e a cada um "(Ep. 98,5 PL 33,362).

Concílio de Cartago (418)

Este mesmo concilio que condenou o Pelagianismo, rejeitou a posição "Daqueles que negam que se devam batizar as crianças recém nascidas no seio materno"

"Também os mais pequeninos que não tenham ainda podido cometer pessoalmente algum pecado, são verdadeiramente batizados para a remissão dos pecados, a fim de que, mediante a regeneração, seja purificado aquilo que eles tem de nascença" (Canon 2, Denzinger-Schönmetzer,223)

Concilio de Florença (1442)

Exigiu que fosse administrado o batismo aos recém nascidos "o mais depressa que se possa fazer comodamente" (Denzinger-Schönmetzer,1349)

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