As Blasfêmias de Lutero 3



Fonte: Monfort
Autor: Max


Veja só que absurdo as frases citadas por Matinho Lutero:


"Quem não crê como eu é destinado ao inferno. Minha doutrina e a doutrina de Deus são a mesma coisa. Meu juízo é o juízo de Deus" (Weimar, X, 2, Abt., 107)"


"Sim, eu digo: todas as casas de tolerância, que entretanto Deus condenou severamente, todos os homicídios, mortes, roubos e adultérios, são menos prejudiciais que a abominação da missa papista." (Werke, t. XV, 773-774)"


"Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte, de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: "Que fez, então, com ela?", depois com Madalena, depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim Cristo, tão piedoso, também teve de fornicar antes de morrer." (Tischreden, nº 1472, ed. Weimer, 11, 107)".


Eis um pequeno trecho da biografia de Lutero., escrita pelo protestante Franz Funck-Brentano., em que transparecem os pontos essenciais da "concepção de mundo" do reformador:


"(...) Tendo sido censurado pelo doutor Jonas, por ter insultado Deus em seu salmo 'Quore fremuerunt gentes' Lutero. responde: - "Certamente, mas qual o profeta que não insultou a Deus?"


Em outro dia disse Lutero: - "Se Deus não me perdoasse os pecados, eu os jogaria pela janela".


De resto, se Deus encheu de mal o mundo, se quis fazer o mundo infeliz, foi para que aspirássemos à vida futura. (...) É verdade, diz Lutero., que seria quase lamentável que nós fizéssemos tudo o que Deus ordena, pois Deus faria isso por sua divindade; tornar-se-ia um mentiroso e não poderia manter-se no posto". A palavra de São Paulo aos romanos seria atirada na lama, quando diz: "Deus tudo ordenou sobre o pecado, a fim de que pudesse ter piedade de nós". O Padre-Nosso não ser.viria de nada, nem o Credo; a fé, a remissão dos pecados tornar-se-iam inúteis, supérfluas".


"Ah! mas eis que tudo vai bem! Pequemos no interesse de Deus".


"Deus está presente em todas as criaturas, na menor folha, na menor parcela de graveto". Argumento inesperado nos lábios de Lutero. a favor desse panteísmo. que excitava Calvino.; essa grande doutrina panteísta, a de Plotino., de Giordano Bruno., de Miguel. Servet., de Spinoza., de Retif de la Bretonne., de Goethe. e de Hegel., que se encontraram na mesma forma de conceber o mundo, sem se terem combinado nem influenciado uns e outros. (...) Arrebatado por esse declive, nosso doutor Martinho (sic) rola em enormidades, ousaríamos dizer, numa depravação intelectual que não foi ainda revelada, ao que parece, por nenhum de seus inúmeros biógrafos.(...) Jesus Cristo amante da Samaritana, de Madalena, da mulher adúltera!


Livres-pensadores, ateus, a quem citamos a passagem, assombraram-se. O doutor Martinho, fez comentários tão graves, que seria para julgar que estava bêbado, quando se expandiu em semelhantes afirmações; mas não podemos admitir isso, pois, ao menos nesse dia, seus fiéis discípulo teriam evitado recolher-lhe piedosamente as palavras. (...)" .


O orgulho - Leva ao ódio a toda superioridade, e, pois, à afirmação de que a desigualdade. é em si mesma, em todos os planos, inclusive e principalmente nos planos metafísico e religioso, um mal.


A sensualidade - De si, tende a derrubar todas as barreiras. Ela não aceita freios e leva à revolta contra toda autoridade e toda lei, seja divina ou humana, eclesiástica ou civil. É o aspecto liberal da Revolução.


Em conseqüência da revolta luterana, na Turíngia (Alemanha.), surgiu a figura do frade apóstata Thomaz Münzer. (1489 - 1525). Imbuído do espírito revolucionário dos "reformadores", levou às últimas conseqüências, no campo político-social, os princípios religiosos espalhados pelo protestantismo.A pregação de Münzer logo se transformou em sangrenta revolução social. Foi assim que eclodiu a chamada 'guerra dos camponeses.', narrada a seguir por Funck-Brentano.:


"(...) Pregadores reformados, ou que tal se diziam, percorriam cidades e burgos, províncias e aldeias, uma Bíblia na mão, explicando que os livros santos condenavam os dízimos e todos os impostos... (...) E eis que simples leigos, homens do campo, carvoeiros, batedores de granjas, se punham também a pregar o evangelho, com comentários à sua maneira. Não assegurava Lutero. que todo cristão era sacerdote, pelo próprio batismo, e apto a doutrinar? (...) Padres e nobres eram degolados ou torturados da maneira mais cruel. (...) Os acontecimentos se precipitavam: não se tratava mais de dissertações acadêmicas, nem mesmo evangélicas. Tomás Münzer, padre católico ["convertido"] à Reforma., pusera-se à testa dos revoltados na Turíngia e falava em altos brados: 'Queridos irmãos, combatei o combate do Senhor! O magnata quer fazer seu jogo: a última hora dos malvados soou. (...) 'Sus! sus! sus! Que o alfange, tinto de sangue, não tenha tempo de esfriar. Batei na bigorna: pink! ponk! matai tudo!' Tomás Münzer era um monge franciscano que, desde o começo, tinha aderido à Reforma., mas sem adotar em todos os pontos a doutrina luterana. A que ele ensinava se aproximava antes das concepções de Karlstadt.. Naturalmente, como esse último e como Lutero., era inspirado por Deus que lhe revelara a verdade quando dormia, em sonho. Múnzer queria, como Karlstadt, que o cristão vivesse em contato permanente com a divindade: o fim da vida era o aniquilamento em Deus. (...) Münzer retomava a doutrina dos primeiros cristãos: fraternidade universal, comunhão de bens. Os proprietários e senhores que se opusessem à partilha dos bens seriam decapitados: 'tiranos, dizia Münzer, que querem extirpar a fé cristã, devem ser atacados como cães raivosos!' (...)


Nota do autor do site:


Em síntese, o fato ocorrido com os anabatistas e Lutero é uma prova do que a divisão pode causar quando acompanhada da doutrina protestante do livre exame. Veja alguns fatos deste ocorrido:


Enquanto Lutero se conservava em 1534 em Wartburg, a agitação crescia na alemanha. Apareceu a corrente dos anabatistas, que interpretavam ousadamente o pensamento de Lutero, negando o batismo de crianças e batizando de novo os adultos,preconizavam uma "igreja de santos", difundiram-se idéias novas entre os Anabatistas: falou-se de "Revolução Pacífica" e isso foi a espera passiva da segunda vinda de Cristo. Mas, em determinadas seitas, essas idéias associaram-se a apelos e atos de violência que deveriam purificar o mundo dos "infiéis" antes da chegada do Messias. Em 1534, um grupo de Anabatistas apoderaram-se do governo da cidade episcopal de Munster, na Vestfália, tornando-a uma Nova Jerusalém onde foram postas em prática todas as fantasias acumuladas do setor lunático do movimento. As propriedades foram confiscadas e introduziu-se a poligamia.


Posto a par da situação Lutero voltou a Wittenberg. Conseguiu o apoio do braço secular, restabelecer a ordem em Wittenberg. Mas teve de enfrentar a revolta dos camponeses (1524-25) que esmagados por tributos valiam-se da proclamação da liberdade frente aos senhores civis e eclesiásticas. Tomás Munzer chefe dos anabatistas, incitava os camponeses a revolta. Lutero optou pela sufocação violenta dos revoltosos e Tomas Munzer foi decaptado.


Lutero em 1525 escreve aos nobres : "Matem quantos camponeses puderem: Tomem, pegue, degolem quem puder.Feliz serão se morrermos unidos e morrer em obediência a Palavra Divina." Nesta época mais de 100.000 lavradores camponeses pereceram.


Rogério Hirota

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