Fatos e Testemunhos de judeus em defesa a Pio XII


Na condição de fazer parte da assim chamada Lista do Papa PIO XII e cumprir um dever de consciência, relato o seguinte:


Consegui escapar do terror nazista e campos de extermínio, sob os auspícios do Santo Padre Pio XII, conforme a descrição da pesquisa e livro de Abraham Milgran, Editora Imago, com o título "Os Judeus do Vaticano", também publicado no Brasil, onde apareço à pág. 50, juntamente com minha família, sob o n° 599, em reprodução da lista fornecida pelo Itamarati.Este livro traz o relato da salvação de católicos não-arianos da Alemanha para o Brasil, entre 1939 e 1942. Sendo eu católico, filho de pai israelita, para os nazistas era considerado não-ariano.

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"uma absolvição entusiasmada do Papa PioXII no livro de Pinchas E. Lapide (Londres, 1967). Lapide foi cônsul israelense em Milão no início da década de 1960, vasculhou os arquivos YAD VASHEM, os arquivos sionistas centrais e os Arquivos históricos Judaicos à procura de detalhes da ajuda do Vaticano aos judeus durante a guerra. Calculou que PIO XII direta e indiretamente salvou a vida de 860 mil judeus e também um número desconhecido de judeus de Roma escapou à prisão porque se esconderam em instituições religiosas extraterritoriais protegidas pela Santa sé, inclusive na própria cidade do Vaticano"


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"Em 29 novembro de 1945, o Papa Pio XII reuniu-se com 80 representantes de refugiados judeus de vários campos de concentração da Alemanha, que se expressaram sua grande honra por serem capazes de agradecer ao Santo Padre por sua generosidade com os perseguidos durante o período nazi-fascista'"


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No julgamento do historiador Owen Chadwick, 'o Papa PioXII arriscou o destino da Igreja na Alemanha, Áustria e Polônia. Talvez tenha arriscado mais. Provavelmente arriscou a destruição dos jesuítas alemães..'".

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"Assim que tomou conhecimento da carta de 22 julho, PioXII respondeu com veemência num artigo em duas partes, publicado em 26 e 27 julho no L' Osservatore Romano. Primeiro, ele negou categoricamente a afirmação de Hitler de que a concordata representava uma aprovação moral para o nacional-socialismo."


"Os protestantes, vendo o Vaticano negociar uma concordata com Hitler, procuravam agora e conseguiriam um acordo similar, baseado no modelo católico."(A Santa Sé é julgada culpada pelo autor pelas atrocidades de Hitler. Os protestantes, que eram maioria na Alemanha, com o mesmo acordo, não foram julgados culpados ?)

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ENCÍCLICA: 1937 - "Mitbrennnender Sorge"(Com profunda ansiedade)... uma condenação direta e franca do tratamento dispensado pelo Reich à Igreja, persiste para muitos católicos e não-católicos como símbolo da corajosa franqueza papal."

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"Cardeal Theodor Innitzer (...) , esse príncipe da Igreja levou sua ousadia a ponto de receber Hitler calorosamente em Viena. Pio XII ficou indignado com este ato de adesão local. Pio XII divulgou um aviso no L'Osservatore Romano declarando que a recepção a Hitler, oferecida pela hierarquia austríaca não tinha endosso da Santa Sé."

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"Em novembro de 1939, Pio XII envolveu-se, de uma forma central e perigosa, no que foi provavelmente a conspiração mais viável para depor Hitler durante a guerra (30)."


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Em 7 de setembro de 1945, Giuseppe Nathan, comissário da União de Comunidades Judias Italianas, fazia uma "homenagem ao Sumo Pontífice, aos religiosos e religiosas que, seguindo as orientações do Papa, viram irmãos nos perseguidos, e com valor e abnegação realizaram uma ação inteligente e eficaz para socorrer-nos, apesar dos perigos aos quais se expunham".


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Em 21 de setembro de 1945, Pio XII recebeu em audiência a Leo Kubowitzki, secretário geral do Congresso Judeu Mundial, o qual manifestou seu "mais profundo agradecimento pela ação realizada pela Igreja Católica em favor do povo judeu em toda a Europa durante a guerra".


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O Escritor Cornwell extremamente "tendencioso" ao publicar o livro com o título "Apelativo"-(O papa de hitler),deliberadamente desprezou os "testemunhos de grandes judeus do século XX a favor do papa Pio XII e da Igreja Católica como Albert Einstein(cientista), Golda Meir e Isaak Herzog (Dois dos fundadores do Estado de Israel em 1948). Veja a seguir:


Golda Meir, uma das pioneiras do Estado de Israel, do qual era ministra do exterior sobre Pio XII, ela declarou : ["Durante o decênio do terror nazista , quando nosso povo sofreu terrível martírio, a voz do Papa se levantou para condenar os perseguidores e para pedir compaixão em favor de suas vítimas."(na entrevista do jesuíta Pierre Blat a Le Figaro Magazine, Paris, 18-9-99)]


Quando Pio XII morreu, em 1958, Golda Meir, então ministra de Assuntos Exteriores de Israel, enviou uma eloqüente mensagem: "Compartilhamos a dor da humanidade... Quando o terrível martírio abateu-se sobre nosso povo, a voz do Papa elevou-se a favor das vítimas".


Isaak Herzog ,Rabino chefe de Israel , declarou em 1944 durante o genocídio sobre Pio XII: "O povo de Israel não esquecerá jamais o que Sua Santidade e seus ilustres delegados, inspirados pelos eternos princípios da religião que constituem os verdadeiros fundamentos da civilização, estão fazendo por nossos desafortunados irmãos e irmãs na hora mais trágica de nossa história, prova vivente da existência da Divina Providencia neste mundo".


A Ação discreta de Pio XII também é reconhecida por gente como o scholar judeu Pinchas E. Lapide, pesquisador sobre papas e catolicismo, que em seu livro Three Popes and the Jews (Londres, 1967) estima que Pio XII e inúmeros padres, freiras e leigos católicos tenham salvo de 700 mil a 850 mil judeus da fúria nazista até à custa da própria vida em não poucos casos.


Rabinos iatalianos , em comissão, agradeceram pessoalmente ao Papa Pio XII,depois da guerra, o que fizera pelos judeus perseguidos, escondendo-os em casas religiosas, defendendo-lhes a vida de vários modos. Um deles, Israel Zolli, acabou convertido ao Catolicismo. Ao ser batizado, escolheu o nome de Eugênio. E explicou que estava homenageando o papa Pio XII que tinha salvado tantos judeus .


O fisico judeu Albert Einstein escreveu na revista "Time", en 1940, que frente a la barbarie nazi [" Somente a Igreja permaneceu em pé para deter o caminho das campanhas de Hitler para suprimir a verdade" e o cientista confessou que "antes nunca havia experimentado nenhum interesse pela Igreja, mas agora sinto un grande carinho e admiracão por ela, pois a Igreja foi a única que teve o valor e o empenho para apoiar a verdade intelectual e moral."]


A atitude da Igreja na Alemanha impressionou Albert Einstein, que escreveu no The Tablet de Londres:


"Só a Igreja se pronunciou claramente contra a campanha hitlerista que suprimia a liberdade. Até então a Igreja nunca tinha chamado minha atenção; hoje, porém, expresso minha admiraçao e meu profundo apreço por esta Igreja que, sozinha, teve o valor de lutar pelas liberdades morais e espirituais".


Representantes da Comunidade Judaica recepcionaram o papa João Paulo II no monumento dedicado aos Judeus mortos pelos nazistas , que fica em um parque. Cerca de 500 mil judeus vivem, atualmente, na Ucrânia, o que equivale a quarta parte da comunidade judaica do mundo, depois dos Estados Unidos, Israel e Rússia.(Ucrânia ano 2001)


Em apoio as teses de Mieli, interveio também na apresentação do livro o politólogo e ex-embaixador italiano Sérgio Romano, que precisamente não é de cultura católica, quem explicou um curioso paradoxo: em um primeiro instante Pio XII foi "louvado e reconhecido, sobretudo pelas comunidades judias, pelo valor e pela generosidade com que defendeu e salvou a um número elevado de judeus das perseguições nazistas"; em seguida, "de súbito, este parecer inverteu-se completamente".


Para alguns autores, depois de sua morte, "Pio XII passou de benfeitor dos judeus a cúmplice de Hitler de modo cínico e indiferente espectador do genocídio judeu".


"Existe uma íntima relação - concluiu o embaixador Romano - entre o juízo sobre Pio XII e a versão histórica que se tem afirmado progressivamente nos últimos quarenta anos: uma versão na qual o nazismo converte-se no único mal do século. A propaganda soviética colaborou para divulgar esta versão, a opinião da esquerda nas sociedades ocidentais e a parte que o genocídio judeu teve na legitimação nacional do Estado de Israel durante as fases mais controvertidas de sua história. Hoje, após o final da guerra fria, da queda do comunismo, e da abertura dos arquivos soviéticos, é possível escrever a história de uma maneira mais objetiva e neutra, modelando os protagonistas no clima em que tiveram que atuar e decidir".


DEPOIMENTO DE UM JUDEU


QUEM É PAOLO MIELE


Mielei é judeu, implacável ante a terrível tragédia do Holocausto, onde sua família teve que pagar um doloroso preço de sangue."A agressão contra Pio XII? Uma porcaria". Assim dizia um não integralista católico e tão pouco um intelectual com simpatias clericais. Trata-se de Paolo Mieli, um dos mais ilustres protagonistas do jornalismo italiano, ex-correspondente da "La Stampa" e ex-diretor do "Corriere della Sera" e hoje diretor do "RCS", a maior casa editorial da Itália. É apaixonado como um historiador. De fato, seu último livro, que já se transformou em um fenômeno editorial que tem por título "História e política: Ressurgimento, fascismo e comunismo".


DEPOIMENTO


1-"Venho de uma família de origem judia e tenho parentes que morreram nos campos de concentração durante a segunda guerra mundial. Por tanto, falo de tudo isto com muita dificuldade", disse Mieli ao intervenir em Roma, em 6 de junho, na apresentação do livro "Pio XII. O Papa dos judeus" - ("Pio XII. Il Papa degli ebrei", Piemme, 2001), escrito por Andrea Tornielli, do jornal milanês "Il Giornale" especialista em assuntos do vaticano."O livro de Andrea Tornielli - afirmou Mieli - serve de contrapeso para obter um equilíbrio justo sobre esse pontífice tão polêmico. Ao ler o livro é possível observar que durante um longo período foram mais precisamente os judeus que deram graças a esse pontífice pelo que fez durante a segunda guerra mundial".


2-"esse Papa e a Igreja que tanto dependia dele, fizeram muitíssimo pelos judeus - acrescenta o diretor do jornal "RCS". Calcula-se aproximadamente um milhão, entre 700 e 800 mil judeus, foram socorridos pela Igreja e por este pontífice. É um dado - de fonte judia, pois o cálculo foi realizado por Pinchas Lapide - que talvez deveria preceder toda discussão sobre Pio XII. Seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e quase um milhão de judeus graças à estrutura da Igreja e deste pontífice. Quando recorda-se das pessoas que fizeram algo para salvar fisicamente os judeus, poucos podem orgulhar-se do que fez a Igreja de Pio XII".


3-"Recrimina-se a Pio XII por não ter dado um grito diante das deportações do ghetto de Roma - continuou dizendo Mieli na apresentação do livro -, porém outros historiadores observaram que ninguém viu os anti-fascistas correndo em direção a estação para poder deter o trem dos deportados. E, não obstante, muitos estudos, realizados no pós-guerra, mostram que era possível fazer alguma coisa, e que é totalmente infundada a teoria, segundo a qual, a Resistência não podia fazer nada pelos judeus". "Amordaça-se, desta forma, na campanha contra Pio XII, a ajuda que ofereceu a Igreja aos judeus, uma ajuda que foi inclusive logística - explica o diretor do jornal. É provável que se esqueça de toda a comunidade anti-fascista que aproveitou daquela ajuda, como pode ler-se no livro de Enzo Forcella "A Resistência no convento" ("La Resistenza in convento")".


4-"Quero dizer-lo com a máxima claridade - confessou Mieli -: colocar todas as responsabilidades nas costas de Pio XII é uma autêntica vergonha. Pio XII não pode ser a pessoa culpada de qualquer coisa que corresponda de maneira complexa a toda a comunidade. Óbviamente falo da comunidade que produziu o horrível fenômeno do extermínio dos judeus, mas também daqueles que assistiram sem resistir adequadamente. Os historiadores israelitas, por exemplo, perguntam-se por quê os judeus da Palestina foram, por assim dizer, "surdos" diante do que estava acontecendo na Europa. Por quê houve casos de colaboração nos campos de concentração, que objetivamente facilitaram o extermínio?".


5- Diante a tantas perguntas implícitas sobre os motivos pelos quais Pio XII converteu-se no alvo de tantos ataques, Mieli respondeu: "Um dos motivos pelos quais este importante Papa foi crucificado deve-se ao fato de que tomou parte contra o universo comunista de maneira dura, forte e decidida. De tal maneira que teve de esperar trinta anos, com João Paulo II, para que esse estilo pudesse ser retomado adequadamente, de tal maneira que foi fatal para o comunismo".


6-Ao concluir, o ex-diretor do "Corriere della Sera" disse: "Não desejo apresentar e não tenho os subsídios para expor a beatificação deste pontífice. Mas, considero que é covarde pôr sobre suas costas as responsabilidades que não possui. Trata-se como se tivesse sido companheiro de Hitler, junto dos nazistas, como se fosse o único ser na face da terra que foi responsável pelo Holocausto. Acredito e repito que isto é algo monstruoso, aberrante, algo que deveria terminar".

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