Documentos desmentem a professora de História do Holocausto
Fonte: Apologetica.org
Texto baseado em artigo do site Zenit
Tradução: Rogério Hirota - Revisão 29/08/2021
Roma, 29 de Janeiro de 2003 (www.zenit.org) - Dos documentos que serão publicados na revista americana a respeito da ajuda preferencial de Pio XII aos judeus nos anos da perseguição, desmentem a tese segundo qual o Papa evitava fazer referência expressa ao povo judeu.
Uma professora de História do Holocausto chamada Susan Zuccotti , da Escola Barnard College em Nova York afirma em seu ultimo livro " O Vaticano e o holocausto na Italia" a inexistência de provas de uma intervenção de Pio XII a favor dos judeus.
Nas palavras de Zuccotti, "Pio XII nunca usou os termos judeu ou raça. O Papa pouco expressou em termos gerais sua dor pelo sofrimento dos civis inocentes, e sem aludir explicitamente aos judeus".
Ante estas graves acusações, a revista americana " Inside The Vatican"(www.insidethevatican.com) publicará em seu proximo numero de Fevereiro duas cartas enviadas por Pio XII em 1940 ao Monsenhor Giuseppe Maria Palatucci, bispo de Campagna (Província de Salerno), aonde ali se encontrava o maior campo de concentração do sul da Italia.
O bispo em colaboração de seu sobrinho Giovanni - Chefe da Polícia em Fiume - e com a Santa Sé, cuidava dos judeus internados em Campagna.
Na carta número 28436 enviada pelo Vaticano em 02 de Outubro de 1940, o Santo Padre doou a soma de três mil liras e mandou escrever que "este dinheiro se destina preferivelmente a quem sofre por razões de raça e ao rebanho confiado ao cuidado pastoral, também comunica a Benção Apostólica que distribui de todo o coração Sua Excelência ".
Em uma segunda carta, número 31514, o Papa entregou a soma de dez mil liras "para ser distribuidas em ajuda aos judeus internados". As quantidades descritas em ambas as cartas eram consideraveis para a época.
Acaba de se publicar na Italia o livro "Giovanni Palatucci, o policial que salvou milhares de judeus", editado pela Policia do Estado.
No livro se conta a história de Giovanni Palatucci, responsável do escritório de estrangeiros da comarca de Fiume, era na verdade quem deveria proporcionar os dados necessários para deter e deportar os judeus ao invés de esconde-los e salvá-los como fez.
Por isso, Giovanni Palatucci foi preso pela Gestapo e enviado ao campo de Dachau. Foram quatro meses de torturas e ali morreu em 10 de Fevereiro de 1945 aos 35 anos de idade.
Quando a Guerra chegou ao fim, na primeira conferência mundial judia, celebrada em Londres deste mesmo ano, o delegado italiano Rafael Danton revelou que Palatucci havia salvado mais de 5.000 judeus.
Quando a saída pela emigração não era possível, Giovanni enviava os judeus ao campo de concentração de Campagna confiando-os a proteção de seu tio, o bispo do lugar.
Em 09 de outubro passado, o cardeal Camillo Ruini, bispo vigário da diocese de Roma, abriu a causa da beatificação de Giovanni Palatucci. Ele foi proclamado por Israel "Justo entre as nações" em 1990 e uma rua de Tel Aviv leva seu nome, assim como muitas outras ruas, praças e parques de númerosas cidades italianas.
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