Lutero e os Reformadores pregaram a poligamia


Fonte: Agnus Dei
Autor: Udson Rubens Correia


Filipe, o landgrave de Hesse, era um príncipe de costumes depravados. Não contente com sua legítima esposa, resolveu casar-se também com Margarida de la Salle, criada de sua irmã Isabel. Como bom "EVANGÉLICO" porém, o landgrave queria a autorização de seus "diretores espirituais" quais sejam LUTERO E MELANCHTON, dois dos mais célebres patriarcas do protestantismo. Filipe portanto enviou uma carta a BUCERO, discípulo direto de Lutero, e Melanchton


onde solicitava a autorização bem como o envio de um "ministro" para a celebração religiosa. Na dita carta, confessava o príncipe que "não podia nem queria mudar de vida". Mas como bom cristão "EVANGÉLICO" nada pretendia fazer contra a Escritura ou contra os ensinamentos de seus diretores espirituais.


O landgrave estava bem informado... Numa carta de 27.08.1531 escreveu Melanchton: "Se o rei quer prover à sucessão do trono é melhor fazê-lo (...) conseguindo sem perigo para a consciência ou da fama (...) por meio da POLIGAMIA" (Corpus Reform. Tomo II, 526). Lutero afinava pelo mesmo diapasão: "pode-se casar com outra rainha a exemplo dos patriarcas que tiveram várias esposas" (Enders, Tomo IX, p. 88). Mesmo que quisesse, Lutero não poderia


negar nada à este príncipe, que havia se tornado um poderoso aliado de Lutero e de outros reformadores contra os católicos na Alemanha. Numa longa consulta assinada por LUTERO, MELANCHTON, BUCERO e mais 6 "teólogos" EVANGELICOS e endereçada ao "Sereníssimo Príncipe e Senhor", concluem os arautos do puro evangelho: "Se sua Alteza está resolvido a tomar segunda mulher, JULGAMOS QUE O DEVE FAZER EM SEGREDO".


O 2º casamento se deu em 4 de março daquele ano. Realizou a cerimônia SACRILEGICA E DIABOLICA, O PASTOR LUTERANO Dyonisius Melandro QUE JA ESTAVA valorosamente na sua 3ª esposa(TERCEIRA ESPOSA!!), estando vivas as 2 primeiras. Assistiu a cerimônia religiosa, piedosamente compungidos, os reformadores BUCERO, MELANCHTON, os "teólogos" consultados, e os conselheiros da corte. Faltou o tio de Margarida, Ernesto Miltiz, "porque era papista e como tal

não suficientemente versado nas Escrituras para aceitar diante de Deus a legitimidade de um duplo casamento" (LENS, Briefwechsel Landgraf Philipps des GrossmÜthigen von Hessen mit Bucer, Leipzig, 1880-1887, Tomo I, pp. 330-332).


Quando a questão era agradar os poderosos os "REFORMADORES EVANGELICOS" não mediam esforços. Concederam os chefes "EVANGELICOS" dos primeiros tempos, portanto, o direito à poligamia inclusive com cerimônia religiosa aos soberanos: JORGE IV (+1694), príncipe eleitor da Saxônia; FREDERICO II (+1797), rei da Prússia; EBERARDO LUIS (+1793), duque de Wittemberg; CARLOS LUIS (+1680), eleitor palatino; e FREDERICO IV (+1730), rei da Dinamarca (Lutero e o Sr. F. Hansen, pgna 312, in PB, 1952, Rio de Janeiro, LAE).


Eis a diferença abissal que separa o Catolicismo das seitas. A primeira (IGREJA CATOLICA) preferiu perder, dolorosamente, toda a Inglaterra para os "REFORMADORES" para não satisfazer os caprichos de um rei, e ser fiel ao Evangelho, que proíbe o divórcio. LUTERO & CIA. movem céus e terras, esquecem os princípios mais elementares da moral e da doutrina e SANCIONAM SEM ESCRÚPULOS A BIGAMIA para os poderosos que "financiavam" a obra da "EVANGELIZACAO".

Exatamente como em nosso país e em toda a América Latina nos tempos das ditaduras militares, onde padres, religiosos e católicos engajados eram presos, torturados e mortos por defenderem profeticamente os pobres, enquanto a CIA e o governo dos EUA exportavam em atacado SEITAS e mais SEITAS para fazer "ADORMECER" a consciência do povo. No Brasil, os estadunidenses tiveram a colaboração ardente do protestante PRESBITERIANO Ernesto Geisel. É desta


época que inicia o "BOOM" pentecostal no Brasil (década de 70/80). Hoje as seitas em geral não condenam o divórcio: concedem-no por qualquer motivo. De justiça social ou de mudança de mentalidade para a libertação não se fala um til. De LUTERO até os seus filhos atuais nada mudou em matéria de seriedade no casamento ou política, infelizmente.


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