Lutero, Pai da educação pública?


Fonte: Site Corazones (Espanha)
Autor: Padre Jordi Rivero
Tradução: Rogério Hirota


Lutero, o pai da educação publica?


Apresentado como o grande protetor, a influência deste heresiarca alemão resultou ser na pratica um dos seus piores inimigos. Em contrapartida as indicações de Santo Ignácio de Loyola tem resplandecido pelos seculos como grandes luzes para formar intelectual e moralmente a todas as gerações que lhe sucederam. Um aspecto que é necessário conhecer.



Os protestantes sempre apresentam Lutero como grande protetor da ensino e ainda o fundador das escolas publicas. Sem envergonharem-se por adulterar a história como as Escrituras, levando estas pseudos-afirmações com tal aprumo e segurança que muitos acabam por crer neste Lutero fantasioso.


O passar dos séculos cobrem com o pó do tempo suas idéias e assenta suas afirmações com o sólido reforço de uma "realidade afirmada desde antes". E " em verdade" que se vem repetindo desde então, tem sido mais por preguiça dos catolicos em denuncia-la que pela veracidade dos argumentos.


Como bons seguidores do heresiarca alemão, aplicam o tradicional metodo protestante de analise das Sagradas Escrituras na historia :


" Se fixam em uns textos e os descontextualizam sem observarem as circunstâncias e contexto em que se desenvolveram os fatos."


É um fato comprovado e conhecido que o chamado " Renascimento " estendeu muito o ensino no inicio do seculo XVI e que esta decresceu rapidamente nos primeiros anos do protestantismo.


Ja antes do Renascimento a educação era sumamente popular por depender da Igreja e portanto se contava com colégios paroquiais por todos os rincões do mundo civilizado e ainda com esta formidável invenção catolica que são as Universidades. O Renascimento estendeu a educação, mas de mão atadas e a cargo das autoridades civis.


Mas para os paises submetidos a Pseudo-Reforma protestante o processo de educação foi o contrario da Europa Cristã. Leiamos de suas proprias fontes para que as declarações não sejam motivos de suspeita para os receiosos de toda afirmação catolica.


Assim manifesta o protestante Shieler:


"O efeito imediato da pregação de Wittenberg (protestante) foi o colapso do sistema educacional que florecia na Alemanha".


As fontes historicas nos revelam que muitas universidades alemãs tiveram que fechar as portas e que as demais restantes diminuiram (entre os anos de 1521 e 1530) o numero de estudantes:


- Na universidade de Leipizig abaixou de 340 para 100 estudantes

- Na universidade de Bostock abaixou de 123 para 33 estudantes

- Na universidade de Franckfurt abaixou de 73 para 32 estudantes

- E ainda na universidade de Wittenberg abaixou de 245 para 174 estudantes.


E nesta ultima - foco do ensino luterano - não se conferiu nenhuma graduação teologica (diplomatura) entre os anos de 1523 e 1533 e assim foi em outras universidades.


Lutero e os seus seguidores escrevendo contra as universidades, roubando bens da Igreja e por conseguinte afetando as bolsas de estudos, fundações de escolas e universidades causaram esta decandência.


" A facção Luterana ", escreve Erasmo de Rotterdan , "é uma ruina em nosso ensino (...) Esta gente (os pregadores luteranos) só aspiram por ter com o que viver e uma mulher, já não se cuidam das demais pessoas ".


Nestas circunstâncias, temendo Lutero acabar sem ministros, utilizava dos ensinamentos como meio de recupera-los.


" Necessitamos - dizia logo - homens que dispensem a palavra de Deus e os sacramentos e cuidem das almas. Mas como consegui-los se permitimos as ruinas das escolas e não fundamos outras mais cristãs? "


Vistos os desastres, ele queria escolas religiosas cuja lingua principal fosse o latim e nada de ciencias ou artes, é dizer o mesmo que, o contrario das escolas modernas.


Em pouco tempo já se desconsideravam as recomendações de Lutero e este esquecimento foi a salvação das escolas nos paises protestantes.


 


Santo Ignacio de Loyola, o Cavaleiro da Contra-Reforma


Distintas como a luz das trevas foram as instruções desejadas pelo declarado inimigo do protestantismo e verdadeira antitese de Lutero.


Santo Ignácio de Loyola instrui na quarta parte de suas "Constituições" um capítulo luminoso sobre a fundação de escolas e universidades.


Em 1555 sua alma se abria para o céu e desejava na terra mais de cem casas e colégios fundados por seu espirito de fogo. Sua ardente caridade havia expandido a seus filhos espirituais, levando assim a Lei do Evangelho e o ensinamento cristão pelo Oriente até o Japão e pelo Ocidente até o Brasil.


Os Jesuitas, fieis as ordens de seu fundador, não esqueceram nem desconsideraram suas instituições mas continuaram fundando colégios. No mesmo seculo XVI , São Pedro Canísio - chamado de Martelo dos protestantes - fundou e interviu na fundação de um dos vinte colégios e seminários no centro da Europa. Apenas dois seculos mais tarde os jesuitas tinham por todo mundo 171 colégios só para jesuitas e 669 para os leigos além das 154 igrejas, 340 residencias, 271 missoes, 61 noviciados e 24 casas professas. Toda esta magnifica obra ficou destruida por consequência da conspiração maçônica que obteve a supressão da Companhia de Jesus.


Mas que traz seu restabelecimento em 1814 quando se reiniciaram os trabalhos, fundando por todos os lugares instituições de ensino, superando inclusive o legado antes da perseguição.


Em uma palavra, as instruções de Lutero hoje são completamente desconhecidas e se fossem para ser aplicadas deveriamos fechar todos os centros educacionais modernos do mundo.


Em contrapartida, as instruções de Santo Ignácio de Loyola tem se estado aplicado por cinco séculos com prodigiosos resultados.


Quem tem fatos maiores para o ensino e instrução dos povos? Lutero ou Santo Ignacio?

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