Ossuário, comerciante preso por falsificação


Domingo, 27 de julho de 2003, 23h41

Artefato sobre Jesus gera polêmica em Israel


Ossuário contém inscrições em aramaico que fazem referência a Jesus


A autenticidade de uma inscrição que menciona Jacó, irmão de Jesus, causa polêmica na exibição de um documentário sobre o caso, no qual um comerciante de antigüidades foi preso por suspeita de falsificação de objetos sagrados.


O comerciante Oded Golan, libertado sob fiança, foi à Cinemateca de Jerusalém hoje para defender suas relíquias e sua honra. Ele teve o apoio do cineasta Simcha Jacobovici. Mas especialistas israelenses disseram que suas descobertas indicavam que alguém fraudou a inscrição para obter lucro. O rancor tornou-se público várias vezes, com acusações de associação ilícita, mau uso de dinheiro e má fé.


A exibição em Jerusalém do documentário Jacó, Irmão de Jesus, do canal a cabo Discovery, deu lugar a uma polêmica sem respostas claras.


Golan foi detido na semana passada. A polícia mostrou objetos encontrados em sua casa, como pedras, moldes e outros utensílios. Ele disse que os objetos não eram seus e que a caixa mortuária e o ossário com a inscrição "Jacó, filho de José, irmão de Jesus" estava em sua casa desde a década de 70, quando a comprou sem conhecer sua verdadeira importância.


Em junho, uma comissão de 14 membros da Autoridade Israelense de Antigüidades (AIA) declarou que o ossário era uma falsificação moderna. Também declarou que era falsa uma tábua que supostamente continha instruções para a manutenção do templo judeu em Jerusalém. A polícia suspeita que Golan fabricou os artefatos. Não foi formulada queixa. A AIA disse que a análise química levou à conclusão de que a pátina, ou película superficial do ossário, era uma pasta de água e giz aplicada para simular a antigüidade. Golan alega que sua mãe lavou a pedra com água quente, o que explicaria a composição química. Amos Bein, diretor do Instituto Geológico Israelense, disse no documentário que a explicação de Golan é plausível.



AP

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI124601-EI295,00.html


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