Testemunhos dos primeiros cristaos sobre imagens

 


Autor: Rogerio Hirota


Aliás, o uso catequético das imagens sempre foi defendido pelos doutores da Igreja principalmente para ensinar a fé cristã às crianças e analfabetos. Já em 394, São Gregório de Nissa, escreveu:


"A figura muda sabe falar nas paredes das igrejas e muito ajuda" (Panegírico de São Tenório).


Depois, em 604, o papa São Gregório Magno escreveu o seguinte ao bispo de Marselha:


"Vós não devieis quebrar o que foi posto nas igrejas, não para ser adorado, mas simplesmente venerado. Uma coisa é adorar uma imagem e outra coisa é aprender, através dessa imagem, a quem as tuas orações são dirigidas. O que as Escrituras representam para os letrados, a imagem o é para os iletrados: são por essas imagens que aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro dos que não sabem ler" (Epístola XI,13).


São João Damasceno (749) também defendia o uso didático das imagens. Com a eclosão da iconoclastia (isto é, a destruição das imagens sagradas) nos séculos VIII e IX, o Segundo Concílio de Nicéia, em 787, reafirmou solenemente a validade da veneração das imagens, não pelo valor do material em si, mas pelo valor das figuras que representam; seu culto, assim, é relativo, explicando-se pelo oferecimento indireto das orações àqueles que as imagens representam. Assim se definiram os padres conciliares na Sessão de 13 de outubro de 787:


"Definimos [...] que, como as representações da Cruz, [...] assim também as veneráveis e santas imagens, em pintura, em mosaico ou de qualquer outra matéria adequada, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus, nas casas e nas estradas. O mesmo se faça com a imagem de Deus Nosso Senhor e de Jesus Cristo Salvador, com as da [...] Santa Mãe de Deus, com as dos Santos anjos e as de todos os Santos e justos. Quanto mais os fiéis contemplarem essas representações, mais serão levados a se recordar dos modelos originais, a se voltar para eles, a lhes testemunhar... uma veneração respeitosa, sem que isso seja adoração, pois esta só convém, segundo a nossa fé, a Deus". (São João Damasceno (749)Segundo Concílio de Nicéia, em 787)


Sao Joao Damasceno (749) disse tambem:


"O que a Biblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados" (De imaginibus I 17 PG 94, 1248 c)


"Antigamente Deus que não tem corpo e nem face, não poderia ser absolutamente representado atraves de uma imagem. Mas agora que Ele se fez carne e que Ele viveu com os homens, eu posso fazer imagem do que vi de Deus "


"A beleza e a cor das imagens estimula minha oração. É uma festa para os meu olhos , tanto quanto os espetaculos dos campos estimula meu coração para dar glorias a Deus"(CIC, 1162)


Concilio de Trento (1545-1563)


"As Imagens de Cristo e da Virgem Maria, Mae de Deus e dos Santos devem ser guardados nas Igrejas, onde lhes devem prestar a devida honra e veneração, nao por crer que haja nelas "Divindades" ou "virtude alguma", a quem queremos adorar e pedir favores imitando os antigos gentios, que punham todas as suas confianças em idolos, mas porque as honras que lhes prestamos as referimos aos prototipos que elas representam, de sorte que, quando beijamos uma imagem ou nos descobrimos ou prostamos-nos diante dela,a doramos Jesus Cristo e veneramos os santos por elas representadas"

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