A criação e o Big Bang

 



Autor: John Nascimento


Estas breves explicações da História da Bíblia destinam-se aos principiantes, que pouco ou nada sabem a respeito da Bíblia, para que não façam um conceito errado de como Deus se revelou ao homem na História da Salvação, e em que os mais entendidos podem fazer uma oportuna reflexão
CRIAÇÃO E O BIG-BANG

Sempre o homem se interrogou, através da ciência da Cosmologia, como se deu o facto da Criação.

A grande dificuldade está em que a Criação foi um facto único, isto é, não houve repetição donde se pudessem observar os factos e tirar as respectivas conclusões.

Além disso o Universo criado abrange Planetas, Estrelas e Galáxias tão distantes de nós que não é possível fazer experiências que nos forneçam conclusões.

Limitamo-nos a olhar através dos mais potentes e aperfeiçoados telescópios.

Como a luz percorre o espaço a 300.000 quilómetros por segundo e a luz da estrela mais próxima de nós levou quatro anos até cá chegar, tudo isto nos leva a saber alguma coisa com um atraso de um mínimo de quatro anos.

Antes de 1964 apareceram muitas sugestões e muitas delas absolutamente anti-religiosas e mais ou menos consideravam o Universo sem princípio e sem fim.

As observações de Edwin Hubble (nos anos de 1920) de que todas as partes do Universo se relacionam umas com as outras e se movem a grandes velocidades, levou-o a concluir que a matéria se continua a formar e de maneira espontânea.

E segundo esta teoria, o Universo aparece-nos sempre o mesmo, visto de qualquer parte.

A opinião contrária é a de que o Universo foi criado de uma só vez e para sempre, isto é, sem repetição.

Ainda nos anos (1920) o Russo Aleksander Aleksandrovitch Friedmann descobriu que as equações de Albert Einstein sobre a relatividade lhe permitiam concluir a possibilidade de todo o espaço, tempo e matéria poderem surgir de um único ponto de "espaço-tempo".

Antes que esta teoria fosse publicada na U.S.S.R. ela apareceu como descoberta independente de um físico Belga, Sacerdote Católico, chamado Georges Lamaitre.

Destas conclusões nasceu a teoria chamada muito propriamente de BIG BANG, segundo a qual o Universo se teria formado há 15 biliões de anos, a partir de uma fantástica explosão atómica cujos gases se condensaram permanecendo em movimento.

É esta a presente opinião aceite cientificamente para explicar a origem do Universo.

Esta teoria não está em contradição com a Bíblia, cujas narrações são simbólicas em alguns pormenores, e a origem primeira dos gases atómicos que também foram criados, não poderem existir sem o poder de Deus.

O Catecismo da Igreja Católica, a última palavra da doutrina da Igreja, depois de citar o Génesis sobre, a Criação, diz o seguinte :

283. - A questão das origens do mundo e do homem tem sido objecto de numerosas investigações científicas, que enriqueceram magnificamente os nossos conhecimentos sobre a idade e a dimensão do cosmos, a evolução dos seres vivos, a aparição do homem. Tais descobertas convidam-nos cada vez mais, a admirar a grandeza do Criador e a dar-Lhe graças por todas as Suas obras, e pela inteligência e saber que dá aos sábios e investigadores. Estes podem dizer como Salomão : "Foi Ele quem me deu a verdadeira ciência de todas as coisas, a fim de conhecer a constituição do Universo e a força dos elementos (... ), porque a Sabedoria, que tudo criou, mo ensinou”(Sab. 7,17-21,).

289. - Entre tudo quanto a Sagrada Escritura nos diz sobre a Criação, os três primeiros capítulos do Génesis ocupam um lugar único. Do ponto de vista literário, estes textos podem ter diversas fontes. Os autores inspirados puseram-nos no princípio da Escritura, de maneira a exprimirem, na sua linguagem solene, as verdades da Criação, da sua origem e do seu fim em Deus, da sua ordem e da sua bondade, da vocação do homem, enfim, do drama do pecado e da esperança da salvação. Lidas à luz de Cristo, na unidade da Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja, estas palavras continuam a ser a fonte principal para a catequese dos mistérios do "princípio" : Criação, queda, promessa de salvação.

Com a Criação, deu-se início ao Tempo no qual se observa o Movimento que é contínuo e não tem retrocesso.

Esta é a doutrina corrente da Igreja, mas sem a contradizer, podemos servir-nos dela como base para muitas divagações, reflexões ou conceitos aparentemente inverosímeis, mas que nos podem levar a um mais completo ensinamento sobre outros pontos de doutrina.

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