História Bíblica da Criação

 


Autor: John Nascimento

Estas breves explicações da História da Bíblia destinam-se aos principiantes, que pouco ou nada sabem a respeito da Bíblia, para que não façam um conceito errado de como Deus se revelou ao homem na História da Salvação, e em que os mais entendidos podem fazer uma oportuna reflexão

HISTÓRIA BÍBLICA DA CRIAÇÃO 

A história da Criação é contada pelo Livro do Génesis, com duas narrações um pouco diferentes mas que se completam.

A primeira vai do Gen. 1,1, até Gen. 2,4.

A segunda vai do Gen.2,5, até Gen. 2,25.

Está assim dividida a história da Criação :

Trabalho de Divisão

1 I Luz e trevas.

2 II Águas superiores e inferiores.

III Terra e Mar.

IV Vegetação.

Trabalho de Ornamentação

4 V Sol, Lua, Estrelas.

5 VI Aves e Peixes.

6 VII Animais.

VIII Homem.

São assim oito trabalhos divididos em seis dias.

Os primeiros quatro são chamados Trabalhos de Divisão e os outros quatro Trabalhos de Ornamentação. (S. Tomás de Aquino).

Isto é o que consta da primeira narrativa do Livro do Génesis 1,1 a 2,4).

Quanto à segunda narrativa do Génesis 2,5-25, ela não diz respeito propriamente à Criação do mundo desde o seu princípio mas considera um deserto que Deus se encarregou de irrigar e no qual estabeleceu um grande jardim, o Éden ou Paraíso.

Na primeira narração Deus cria o homem; na segunda narração Deus forma a mulher.

A narração da Bíblia não é um tratado científico, mas também não se pode chamar e entender como não científico, uma vez que a Bíblia diz que Deus criou mas não diz como Deus criou.

Sempre o homem se interrogou, através da ciência da Cosmologia, como se deu o facto da Criação.

A grande dificuldade está em que a Criação foi um facto único, isto é, não houve repetição donde se pudessem observar os factos e tirar as respectivas conclusões.

Além disso o Universo criado abrange Planetas, Estrelas e Galáxias tão distantes de nós que não é possível fazer experiências que nos forneçam conclusões.

Limitamo-nos a olhar através dos mais potentes e aperfeiçoados telescópios.

Como a luz percorre o espaço a 300.000 quilómetros por segundo e a luz da estrela mais próxima de nós levou quatro anos até cá chegar, tudo isto nos leva a saber alguma coisa com um atraso de um mínimo de quatro anos.

Antes de 1964 apareceram muitas sugestões e muitas delas absolutamente anti-religiosas e mais ou menos consideravam o Universo sem princípio e sem fim.

As observações de Edwin Hubble (nos anos de 1920) de que todas as partes do Universo se relacionam umas com as outras e se movem a grandes velocidades, levou-o a concluir que a matéria se continua a formar e de maneira espontânea.

E segundo esta teoria, o Universo aparece-nos sempre o mesmo, visto de qualquer parte.

A opinião contrária é a de que o Universo foi criado de uma só vez e para sempre, isto é, sem repetição.

Ainda nos anos (1920) o Russo Aleksander Aleksandrovitch Friedmann descobriu que as equações de Albert Einstein sobre a relatividade lhe permitiam concluir a possibilidade de todo o espaço, tempo e matéria poderem surgir de um único ponto de "espaço-tempo".

Antes que esta teoria fosse publicada na U.S.S.R. ela apareceu como descoberta independente de um físico Belga, Sacerdote Católico, chamado Georges Lamaitre.

Destas conclusões nasceu a teoria chamada muito propriamente de BIG BANG, de que já falámos, segundo a qual o Universo se teria formado há 15 biliões de anos, a partir de uma fantástica explosão atómica cujos gases se condensaram permanecendo em movimento.

É esta a presente opinião aceite cientificamente para explicar a origem do Universo.

Esta teoria não está em contradição com a Bíblia, cujas narrações são simbólicas em alguns pormenores, e a origem primeira dos gases atómicos que também foram criados, não poderem existir sem o poder de Deus.

Esta é a doutrina corrente da Igreja, mas sem a contradizer, podemos servir-nos dela como base para muitas divagações, reflexões ou conceitos aparentemente inverosímeis, mas que nos podem levar a um mais completo ensinamento sobre outros pontos de doutrina.

Postar um comentário

Deixe seu Comentário: (0)

Postagem Anterior Próxima Postagem