A Verdade sobre Constantino

 


Fonte: Site: Apologetica Espanhol

Tradução: Rogério Hirota


Em seu livro “América na Profecia” a autora e criadora do Adventismo moderno, Ellen G. Whitte

nos diz no Prefácio, pág 11:


“O Espirito de Deus ao me revelar as grandes verdades de sua Palavra, as cenas do passado e o que há de vir me ordenou fazer um esboço da Historia da luta nas idades passadas”


Neste livro de características proféticas (segúndo o que a autora declara) ela nos diz no Capitulo 3, pagina 50:


“ Nos principios do século IV o imperador Constantino expediu um decreto que fazia deo Domingo um dia de festa pública em todo o imperio Romano. O dia do sol foi reverenciado por seus súditos pagãos e honrado pelos cristãos "


O mesmo modo que a senhora White, todos os Protestantes tem atacado Constantino e o acusam de corromper a Igreja, fazendo dela a religião oficial do Imperio Romano, claro que a senhora White não é confiável como profeta ja que no mesmo livro “América na Profecia” diz nas paginas 201, 208 e 209 que no século vindouro ( Século XX ou XXI) as Igrejas Protestantes se uniriam a Igreja Católica e o catolicismo junto com os fiéis ganhos do protestantismo e o governo fariam do Domingo um dia obrigatório de descanso para todos e perseguiriam aos que não o observassem. Como profeta foi muito mau pois tem ocorrido tudo o contrario, a cada dia se observa menos o Domingo pelo estado e o protestantismo cada dia se afasta mais da Igreja Católica.


Por que este odio a Constantino? Qual é a verdadeira historia deste homem que é acusado nada menos de ser o fundador da Igreja Católica?


Constantino foi o filho de Constancio Cloro, governador da Grã-Bretanha, Galia e Espanha como Cesar e de Helena, mulher piedosa e profundamente cristã.


Com a morte de seu pai no ano de 306 dC Constantino é aclamado como César em York, Grã Bretanha, e não chegou a ser único imperador até que venceu o último de seus rivais, Licinio, no ano de 323.


Sua relação com o Cristianismo não esteve clara até o ano de 312 quando em sua marcha até Roma para lutar a batalha definitiva pela supremacia do império contra seu rival Magêncio teve uma visão no céu de uma Cruz com estas palavras “neste sinal vencerás”.Constantino venceu Magencio na ponte Milvio proximo de Roma com uma tropa muito inferior ao número de seu oponente que havia confiado nos oráculos pagãos de que ganharia a batalha. No ano de 313 Constantino e Licinio assinam o acordo em Milão assegurando tolerância aos Cristãos, ato conhecido como Edito de Milão ainda que na verdade foi firmado na Asia Menor. Este edito acabava com a perseguição dos Cristãos pelo estado e é isto o que dá pauta as pessoas sem nenhum conhecimento histórico que afirmam ser Constantino fundador da Igreja Católica. O que dizia este edito?


O Edito de Milão redigido por Constantino e Licinio em Milão e firmado em Nicomedia em junho de 313 dizia em parte assim :


“ Durante longo tempo foi de nosso desejo que não se negasse a liberdade de culto e que todos tenham o direito de praticar sua religião. Portanto, temos dado ordens de que tanto os cristãos como a todos os demais seja permitida guardar a fé de seu proprio culto…..ainda sobre os Cristãos elimine-se tudo aquilo que parecia injustificado ou extranho a nossa clemência e que de agora em diante tudo aquilo que a forma cristã de culto deseje observar seja permitido faze-lo sem nenhum obstáculo. Tua dedicação comprenderá que esta permissão é dado também a outros que desejem seguir suas proprias observancias e formas de cultos, para que cada unm possa ter liberdade para escolher e praticar qualquer forma que escolher. Fizemos isto para que não pareça que temos menosprezado nenhum rito nem forma de culto de maneira alguna.”


O que aconteceu depois? Façamos um pouco de estudo historico. O imperio Romano foi por natureza propria tolerante con toda forma de culto e de adoração, foi política imperial trair o culto e os deuses dos vencidos e faze-los parte de Roma. No império florescia os cultos Egipcios, persas, Babilonicos, gregos e Judeu junto a religião oficial de Roma e inclusive um culto ao imperador.O que aconteceu para que o cristianismo fosse tão cruelmente combatido? Por que tiveram que morrer dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças por proclamar sua Fé ?


A resposta é simples, os demais cultos eram sincréticos e se fundiam uns com os outros, o Cristianismo aceitava somente o Deus de Jesus. Os demais cultos efetuavam cada ano sem problemas de consciência nenhum a adoração exigida a Cesar de todo cidadão queimando incenso diante de uma estatua do imperador e rescitar “César é Senhor” os cristãos se negavam e afirmavam que “somente Jesus é Senhor”, o estado, a religião oficial e a sociedade se sentiu ameaçada por esta nova Fé. O Cristianismo foi perseguido de forma aterrorizadora, em 303 dC (três séculos depois da Ascensão de Jesus) começou a perseguição mais severa que a Fé Cristã havia experimentado até o momento e ocorreu sob o Imperador Dioclesano e esta abrangeu todo o imperio, desde a Grã Bretanha até o oriente, os cristãos foram lançados as feras, queimados vivos, torturados, exterminados em massa, cidades inteiras foram rodeada pelos soldados imperiais e incendiadas com todos seus habitantes cristãos dentro.


Constantino deteve este horror e proclamou algo parecido ao que todo o mundo reclama hoje e que é parte da Declaração dos Direitos Humanos ou seja liberdade religiosa e de consciencia para todos. Por que o Odio a Constantino? Quais são as principais acusações e como contesta-las?


1) Constantino declarou o Catolicismo Religião oficial do estado e assim começou a decadência da Fé Cristã.


FALSO


O historiador Kenneth Scott Latourette em seu livro “Historia da Igreja” Editado pela “Casa Batista de Publicações” na página 132 diz: “A política de Constantino foi de tolerância. Ele NÃO FEZ DO CRISTIANISMO A ÚNICA RELIGIÃO DO ESTADO. Isto haveria de acontecer mais tarde sob o domínio de imperadores posteriores. Ele continuou apoiando tanto ao paganismo como o cristianismo. Como vimos anteriormente no extrato do Edito de Milão que proclamava a liberdade de culto.


2) Constantino fez do Domingo o dia de adoração oficial do império


FALSO


O mesmo historiador protestante Kenneth S. Laturette nos diz na página 132 de seu livro “Historia do Cristianismo” Editado pela “Casa Batista de Publicações” o seguinte: “ O dia de descanso dos cristãos foi por decreto colocado na mesma posição legal que os dias de festas pagãos.


3) Constantino realçou o poder de Roma como centro da Igreja Católica.


FALSO


É totalmente o contrário, mudou a capital do Império para Bizâncio, mais tarde conhecida como Constantinopla fazendo de Roma uma cidade de segunda ordem. Utilizou todo seu poder político para que o bispo de Roma se mudasse a sua nova capital, coisa que o Papa não fez e que séculos mais tarde daria pé a primeira divisão da Igreja na Ortodoxa e a Latina.


4. Constatino presidia os concilios.


FALSO


Segúndo os estatutos do Império somente o Imperador podia chamar uma reunião de tal magnitude onde se abrangia o Imperio em toda sua extensão. Preocupado pela falta de coesão da Doutrina Cristã e pelas lutas intestinas dos diferentes grupos, chamou vários Concilio entre eles o de Arles e de Niceia, onde disse as palavras iniciais e depois se retirou deixando os bispos com o Núncio do Papa Silvestre. Nossa Doutrina e o Credo de Niceia que é a Fé da Maioria das Denominações Cristãs surgiram deste Concilio, se fosse como dizem os Protestantes toda a Doutrina Cristã, inclusive a deles, estaria totalmente viciada.


Constantino morreu no ano 337 pouco depois de receber o Batismo. Quem foi Constantino? A maioria dos historiadores sérios estão de acordo em afirmar que a conversão de Constantino foi sincera, sua mãe foi uma santa mulher com uma Fé firme e sincera em Cristo, uma vez que com todo o poder imperial fez tantos favores aos cristãos que não se pode citar nestas poucas páginas, restaurou as propriedades de culto cristãos desbastadas pelas perseguições, edificou grandes basílicas no Monte das Oliveiras, em Belém, sobre o Santo Sepulcro, sobre a tumba de Pedro, apoiou as caridades cristãs, fortaleceu a instituição do Matrimonio totalmente desacreditada em Roma, condenou a adivinhação, proibiu o combate de Gladiadores e a crucifixão, foi um leigo católico comprometido com a pureza da Fé, para isso convocou vários concilios na qualidade de representante máximo do império, advertiu os outros imperadores que não perseguissem aos cristãos. O historiador também protestante, Dr. Timothy D. Barnes, em seu livro “Constantino e Eusebio” na pagina 275 diz:


Depois de 312 Constantino considerou que seu principal dever como imperador era inculcar em seus súditos a virtude e persuadir-lhes para que adorassem a Deus…”


Se nos resta alguma duvida podemos ver em sua melhor obra, seus filhos que tipo de legado deixou. Diz Kenneth Laturrette na página 133 de seu “Historia da Igreja, pag 133:


“Os tres filhos de Constantino que sucessivamente seguiram no trono, apoiaram de uma maneira mais decidida a Fé Cristã, que como o fez seu pai. O terceiro, Constancio ,mandou que “cessasse a superstição e que a loucura dos sacrificios fossem abolidos, e tirou do senado a estatua da deusa Victoria. Mandou que fossem os templos pagãos, as procissões e suas festas fossem encerradas e fechadas.”


Decididamente Constantino terminou com a cruenta perseguição dos Cristãos e lhes deu um status igualitário as demais religiões do imperio.


Como era esta Igreja que emergiu das Catacumbas e que sobreviveu a terrivel perseguição?


Características da Igreja que emerge protegida pelo Edito de Milão:


a) Que culto a Igreja celebrava antes de Constantino e este ja a encontrou organizada?


Não era um culto de milagres espetaculares, deixemos que seja o bispo Ignácio de Antioquía em sua Carta a Igreja da Filadelfia no ano 107 DC responda:


“coloque pois todo afínco em usar de uma só Eucaristía; porque uma só é a carne de Nosso Senhor Jesus Cristo e um só é o cálide para unirnos com seu Sangue. Um só Altar assim como não existe mais que um só bispo , junto aos Presbíteros e Diáconos conservos meus”



B) Como era esta Eucaristía? Deixemos que seja o Mártir Justino quem nos descreva no ano de 155 DC em sua carta ao imperador Antonino Pío. Qualquer fato parecido a nossa missa 1845 anos atrás NÃO é coincidência.


“ No dia que vocês chamam “dia do sol” tem lugar a reunião em um mesmo lugar de todos os que habitam na cidade ou no campo. Se lê as memorias dos Apóstolos e os Escritos dos Profetas quando o leitor termina, o que preside toma a palabra para incitar e exortar a imitação de tão belas coisas. (esta é nossa atual liturgia da Palavra)


Logo nos levantamos e oramos por nós e por todos os demais onde quer que estejam a fim de que sejamos chamados justos em nossa vida e nossas ações e sejamos fiéis aos mandamentos para alcançar a salvação eterna (nossa oração dos fieis hoje)


Então se leva ao que preside pão e um copo com vinho e misturado com água. O que preside os toma e eleva louvores e gloria ao Pai do Universo pelo nome do Filho e do Espírito Santo e dá longas graças porque somos julgados dignos destes dons (esta é nosso ofertorio e a Liturgia Eucarística)


Quando aquele preside termina a ação de graças e o povo dito Amem, os que entre nós se chamam Diáconos distribuem a todos os que estão presente este pão e vinho Eucaritizados. (Nossa Comunhão)


Porque não tomamos estes alimentos como se fossem um pão ou uma bebida comúm, mas que assim como Cristo, Nosso Salvador se fez carne e sangue e causa de nossa salvação, da mesma maneira temos aprendido que aquele que recita a Ação de Graças (Eucaristía) na qual contem as palavras de Jesus que se alimenta e transforma em sangue e carne é precisamente a carne e o sangue d´Aquele mesmo Jesús que se encarnou.


Como vemos os cristãos do Século II celebravam a Eucaristía tal como a Igreja celebra hoje.


c) Como estava estruturada esta Igreja que saiu das Catacumbas?


Estudemos o que nos diz o bispo Ignacio de Antioquía em sua Carta aos Tralianos no ano de 107 dC


”Agora que por vossa parte todos havéis também de respeitar aos Diáconos como a Jesus Cristo, o mesmo digo do bispo que prefigura do Pai e dos Presbíteros que representam o Senado de Deus e o Colegio dos Apóstolos se retirar isto NÃO EXISTE IGREJA”


Como vemos era uma Igreja estruturada tal como hoje esta estruturada a Igreja Católica.


d) Que dia os Cristãos da Igreja guardavam no tempo da perseguição?


O mesmo bispo Ignacio de Antioquía nos relata em sua carta a Comunidade de Magnésia e ja vimos o testemunho de Justino Mártir no artigo “b”


“Agora bem, se os que se haviam criado na antiga ordem das coisas vieram a novidade da esperança não guardando mais o sábado mas vivendo o Domingo, dia em que amanheceu nossa vida”


Como vemos a Igreja da Perseguição ja guardava desde o Século II o Domingo como dia de Adoração, Dia do Senhor.


e) Que nome se dava a Igreja dos Mártires que viveu na perseguição?


O bispo Ignacio de Antioquía é quem fornece o nome, recordemos que o nome de Cristãos tambén aparece pela primeira vez nesta cidade. Em sua Carta a Igreja de Esmirna, ano 107 utiliza do nome pela primeira vez e que mais tarde tornar-se-á nome proprio.


“Onde quer que se apresente o Bispo, ali esteja também a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus nos assegura a presença da Igreja Católica .Sem a permissão do bispo não é licito celebrar a Eucaristía”


Vemos que a Igreja do século II ja era conhecida como Igreja Católica tal como se conhece hoje.



f) Quem era a fonte de autoridade desta Igreja que Constantino libertou da perseguição e a morte?


No ano 95 estourou uma grande disputa na Igreja de Corinto (que Paulo já via em suas epistolas, a necessidade de recalcar que a Igreja de Corintos que está em territorio Grego) e o Apostolo João, o amado do Senhor vivia em Efeso neste ano muito próximo de Corinto. Os Corintios indo contra toda lógica, ao invés de acudir a autoridade do último Apóstolo vivo e ser fiel ao bispo de Roma, seguem um bispo estrangeiro e aceitam sua decisão terminando em cisma tão logo chega a resposta do Papa Clemente que cuja carta aos Corintios extraimos un parágrafo, veja com que autoridade escreve Clemente no ano de 99 DC


“ Escrevemos-lhes para admoesta-los, vocês que foram causa de sedição a seus Presbíteros recebam sua correção com arrependimento. Mas se alguém desobedecer as admoestações que eu lhes envio, saibam que se tornarão réus de um grande pecado e vão se expor a um grande perigo”


Confirmando este tema exponho-lhes um fragmento da carta do Papa Cornélio I ao bispo Fabio de Antioquía datada no ano de 251 sC


“Assim pois não sabias que na Igreja Católica somente deve haver um bispo a frente da comunhão?”


Como foi demonstrado a Igreja que existia antes de Constantino recebia as ordens do Bispo de Roma, o Papa.


QUE REAÇÃO TIVERAM OS CRISTÃOS AO EDITO DE MILÃO E A CONSTANTINO


O primeiro historiador da Igreja, o bispo Eusébio de Cesaréia nos escreve no ano 316 o seguinte:


“As pessoas perderam agora o temor de seus antigos opressores e celebraram brilhantes festejos. Resplandecia a luz e os homens que antes andavam decaídos se saudavam agora com rostos sorridentes e olhos gozosos. Com danças e cânticos na cidade e no campo, davam honra primeiro a Deus supremo, como haviam sido instruidos, e logo ao piedoso imperador e a seus filhos amados por Deus. Se esqueceram das antigas angustias, se desvaneceu toda impiedade; gozava-se das bondades presentes e se anticipava as que viriam”


Por este escrito emocionante vemos a alegria do povo cristão por haver sido resgatados da morte e da perseguição por Constantino.Gostaria de saber os que hoje acusam o Imperador nessa época.. se se entristeceriam ao saber que seus filhos ja não vão ser lançados as feras? É muito fácil fazer

um juizo 1700 anos depois sem conhecimentos históricos e levados pelos prejuizos da informação manipulada.


Em seu livro numero 10, Eusébio nos narra suas considerações sobre as medidas de Constantino, deixemos falar o bispo de Cesaréia:


“Por ele cantarei agora o novo cântico, porque depois daquelas sombrias e horrendas cenas e narrações (o martirio) tive o privilegio de ver e celebrar o que muitos justos e mártires de Deus antes que eu desejaram ver e não viram, quiseram ouvir e não ouviram. Me encontro absolutamente atônito ante a magnitude da Graça que nos foi dado e ofereço toda minha maravilha e adoração. A partir de agora resplandeceu sobre a Igreja de Cristo por todo o mundo, um dia sem nuvens, radiante e banhado de raios de luz celestial . De modo que os homens ficaram livre da opressão do tirano e resgatados de suas antigas desgraças, reconheceram em diversas maneiras que o Defensor dos piedosos era o Deus unico e verdadero. Mas especialmente nós, os que havíamos esperado em Cristo, tinhamos uma felicidade inarravél ao ver lugares que pouco antes haviam sido desvastados e que agora reviviam e como os templos voltavam a levantar-se desde seus cimentos a grandes alturas. Logo veio o espectáculo pelo que todos havíamos orado e anelado festas de dedicação nas cidades e consagração das novas casas de culto, conferencias de bispos e unidade entre os membros do Corpo de Cristo. Havia um poder do Espírito divino infundido em todos seus membros enquanto os sacerdotes ordenados observavam o sagrados ritos da Igreja cantando salmos e ministrando o Culto Divino todo sob o símbolo da Paixão do Salvador. Varões e mulheres davam gloria a Deus, o autor de sua felicidade com todo o Coração”


Constantino não foi um santo, a Igreja que canonizou a sua mãe Santa Helena, jamais tentou fazer o mesmo com seu filho apesar de tudo o que ele fez por ela, como homem teve acertos e erros, mas esta é a obra de Constantino, quem se atreverá a critica-la depois de ouvir a Igreja que sofreu e permaneceu fiel ?


Para os que condenam Constantino levados pelo odio a Igreja Católica lhes recordo o pensamento de Marco Aurelio


“quem comete injustiça faz danos a si mesmo” e as palavras do bendito Salvador:


A VERDADE OS FARÁ LIVRES


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