Constantino Magno

 


Autor: John Nascimento


Arco de Constantino em Roma construído em 312 em memória da sua vitória sobre Maxêncio na Milvian Bridge.


O seu nome era Flavius Valerius Aurelius Constantinus (288-337), o maior dos últimos Imperadores Romanos, filho de Constantino Chlorus e de Helena (Santa Helena), e foi Imperador desde 312.


Seu pai faleceu quando estava a fazer uma visita a Inglaterra (Britânia), em 306, em York, e Constantino foi logo proclamado Imperador pelas Legiões que estavam na Britânia, mas levou 6 anos a estabelecer a sua posição no Ocidente.


Contribuiu para a sua elevação ao poder, a morte de Maximiano em 309 e a de Galério em 311.


Em 312 Constantino venceu e matou Maxentius na batalha de Milvian Bridge.


Foi precisamente antes dessa batalha que Constantino viu sobre as nuvens a figura de uma cruz com estas palavras : In hoc signo vinces, isto é, com este sinal vencerás.


Converteu-se ao Cristianismo, mas só foi baptizado à hora da morte, uma prática até então desconhecida.


Com a sua conversão a religião cristã entrou numa fase de tolerância e acabaram-se as perseguições aos cristãos.


Em 323 venceu Licinius perto de Adrianople e depois nesse lugar próximo mais tarde foi fundada Constantinopla.


Em 324 começou a governar todo o Império Romano.


Um ano depois, em 325, convocou o primeiro concílio Ecuménico de Niceia (hoje Izrúk da Turquia), em que foi formulado o Credo de Niceia, que ainda hoje se lê na Missa, para combater os erros do Arianismo.


Em 326 Constantino mudou a capital Imperial de Roma para Bósforo, onde é hoje a cidade de Constantinopla e que foi inaugurada em 330, junto ao lugar de Bysantium (que é hoje Istambul).


O mais importante monumento do Ocidente, em relação ao reino de Constantino é o Arco do Triunfo, que foi construído em Roma no ano de 312 para celebrar a vitória sobre Maxentius.



Depois que Constantino viu o monograma da Cruz sobre as nuvens com a inscrição de "in hoc signo vinces", antes da batalha de Milvian Brigde, ele adoptou essas palavras para o seu brasão e, no ano seguinte publicou o Édito de Milão pelo qual punha termo às perseguições contra os cristãos.



ÉDITO DE MILÃO !



Reza a história que no ano 312 havia dois pretendentes ao título de Imperador de Roma, Maxentius que já desempenhava esse lugar desde 306, e Constantino, um homem muito ligado à família imperial e que já tinha sido declarado imperador pelo seu exército.


Na véspera do seu confronto, Constantino e as suas topas viram no céu uma grande cruz com esta legenda In hoc signo vinces (Por este sinal vencerás).


Nessa noite Cristo apareceu a Constantino em sonhos que lhe disse que a cruz devia ser o seu emblema.


Na manhã do dia seguinte Constantino ordenou às suas tropas que o emblema da cruz fosse colocado nos seus escudos.


Deu-se a batalha na ponte de Milvian sobre o Tibre, perto de Roma e Constantino derrotou Maxentius.


Constantino tornou-se o imperador e ficou conhecido para a História como Constantino Magno (ou o Grande).


Em 313, pouco tempo depois da batalha da ponte de Milvian, Constantino publicou o Édito de Milão que revogava as leis de perseguição à Igreja e considerava a religião católica oficial no Império Romano, restituindo à Igreja os bens que lhe tinham sido confiscados.


Muito em resumo, o Édito de Milão, ou também chamado Édito de Tolerância, data do ano 313, e foi um compromisso tomado por dois imperadores, Licínio do Oriente, o pagão, e Constantino do Ocidente que se tornou cristão, e para o qual o Cristianismo era uma religião reconhecida.


Em Fevereiro de 313 Constantino reuniu-se com o seu co-imperador em Milão.


Parece que outras vezes eles se reuniram antes de tomarem este compromisso chamado Édito de Milão para reconhecer o Cristianismo como religião e em que se deu uma viragem na história, quanto às relações do Estado com a Igreja.


Estes dois imperadores enviaram cartas, a que chamaram Édito de Milão a todos os governadores do seu Império.


Elas ordenavam que se devia conceder completa tolerância a todos os que se consideravam como cristãos, ou a todos os que esse governador julgasse que era melhor para ele.


Com esta assinatura, todos os Decretos anti-cristãos foram revogados e acabou o tempo das perseguições.


A partir do Édito de Milão os Cristãos não só ficavam livres para prestar o seu culto, como também os lugares do culto e outras propriedades que lhes tinham sido usurpadas, foram devolvidas.


Todavia, nem para todos este Édito de Milão foi bem-vindo.


Maximus Daia, um inimigo do Cristianismo, que era co-governador com Licínio na parte Leste, dizia que os Cristãos nasceram com um espírito moderado e para um longo período de sofrimento e considerava o culto aos deuses pagãos, de longe, superior à superstição dos Cristãos.


Encolerizado com a promoção de Constantino a Augusto, e alarmado com uma aliança entre Constantino e Licínio, revoltou-se contra Licínio.


Segundo uma lenda, na véspera de uma importante batalha, Licínio teria sonhado que um anjo lhe ditava uma oração em ordem à sua vitória.


Foram distribuídas cópias dessa oração, a qual, tanto podia ter sido feita por um pagão como por um Cristão, e os soldados rezavam-na antes da batalha.


Embora perante um número superior de soldados inimigos, eles saíram vitoriosos.


E de Constantino nasceu a Constantinopla e o Império Bizantino.



CONSTANTINOPLA

No Ano 326, Constantino Magno mudou a capital do Império Romano, de Roma para a cidade de Bizantium que se veio a chamar Constantinopla, em virtude do nome do fundador Constantino.


Como Constantino foi o primeiro Imperador que se converteu ao Cristianismo, Constantinopla tornou-se cristã e foi sucessivamente atacada por Hunos, Persas, Russos, Árabes e Turcos.


Em 1453, mais de 1000 anos depois da sua fundação, Constantinopla foi tomada, depois de um tremendo cerco e enorme assalto, pelo jovem sultão turco Maomed II.


Foi o fim dos 1000 anos de Cristianismo da cidade e ficou quebrado o mais importante centro de transacções entre o Oriente e o Ocidente.


Hoje é Istambul.


Em Constantinopla realizaram-se vários Concílios e ainda hoje há o Patriarca de Constantinopla.

Postar um comentário

Deixe seu Comentário: (0)

Postagem Anterior Próxima Postagem