Constantino não fundou a Igreja Catolica

 


Autor: Rogério Hirota


Erroneamente muitos protestantes alegam que a Igreja Católica foi fundada pelo Imperador Romano Constantino em meados do Seculo IV no Concilio de Constantinopla de 381 D.C., pois procuram com esta alegação falsa tirar a importancia da Igreja e de seu fundador que é Jesus Cristo e igualar a Igreja Catolica as denominações protestantes fundadas por homens e bem depois de Jesus e seus Apostolos.


Temos de levar em conta a princípio o que Jesus nos diz em Mateus 16,18 :


E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.


Como vemos bem Jesus fundou "a"sua Igreja e nao as suas igrejas , como as 28.000 seitas protestantes que se auto-denominam igrejas e também que até a reforma protestante em 1517 a Igreja Catolica era a única Igreja Cristã, o que torna impossível a Igreja ser fundada por Constantino que não viveu na época de Jesus.


Uma segunda observação temos nas palavras de nosso querido Santo Irineu pois os antigos davam grande apreço às listas de Bispos que houvessem ocupado uma sede outrora fundada ou governada por um Apóstolo. S. Ireneu de Lião (+202) é o autor de um desses catálogos:


"Depois de ter assim fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados Apóstolos transmitiram a Lino o cargo do episcopado... Anacleto lhe sucede. Depois, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado... A Clemente sucedem Evaristo, Alexandre; em seguida, em sexto lugar a partir dos Apóstolos, é instituído Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois Higino, Pio, Aniceto, Sotero, sucessor de Aniceto; e, agora, Eleutério detém o episcopado em décimo segundo lugar a partir dos Apóstolos" (Contra as Heresias III,2,1s)


Assim temos mais uma prova , pois de acordo com a lista dos Papas, o Bispo de Roma da época de Constantino era Melcíades, o 32º depois de Pedro assim sendo a Igreja já existia antes do seculo IV.


Outra observação que temos de ver é que a palavra Catolica aparece pela primeira vez no início do segundo século, sobre a pena Santo Inácio, Bispo de Antioquia, muito anterior ao Concílio Ecumênico de Constantinopla (381) .


Assim Santo Inácio escreveu:


"Onde quer que se apresente o Bispo, ali esteja também a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus nos assegura a presença da Igreja Católica"(Inácio aos Esmirniotas - 107 DC).


Neste techo, Santo Inácio não estava falando somente da universalidade da Igreja, mas apontando para a Igreja Verdadeira. Por isto, ele primeiro aponta para o Bispo que é o legítimo sucessor do Apóstolos e fora da autoridade apóstolica não há Igreja. E onde está o bispo está a Verdadeira Igreja. A palavra Católica então não é sinônimo somente de universalidade mas também de autenticidade. Notamos que os escritos patrísticos, apartir do final do segundo século adotam a mesma fórmula:Católica=Universal=Verdadeira.


Os grandes mestres do cristianismo primitivo usavam esta fórmula para para apontar para a Verdadeira Igreja, a Igreja fundada por Cristo, a Igreja que possui herança apostólica. Isto era necessário pelo fato de haverem grupos dissidentes, que andavam à margem da Verdadeira Igreja, como ainda hoje acontece.


Por tanto o Concílio Ecumênico de Constantinopla, em nada inovou, mas repetiu a fórmula "Igreja Católica", já professada pelos primeiros cristãos: "Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica".


Agora vem a pergunta, o que fez então Constantino da Igreja Catolica?


A resposta vem datada de 28/02/380, quando o Imperador assinou um decreto que tornava oficial a fé católica


"transmitida aos romanos pelo apóstolo Pedro, professada pelo Pontífice Dâmaso e pelo Bispo de Alexandria, ou seja, o reconhecimento da Santa Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo".


Com estas palavras, Teodósio abraçava, para si e para o Império, o Credo que, proveniente dos Apóstolos, era professado então pelo Papa Dâmaso (366-84) e pelo Bispo S. Atanásio de Alexandria, grande defensor da fé ortodoxa na controvérsia contra os arianos. Assim o Cristianismo, que Constantino I tornara lícito em 313, era feito religião oficial do Império Romano.


Existem varias falsas alegações que rodeiam a historia de Constatino I mais que tudo nao passa de contos protestantes por exemplo:


* Constantino, ele foi imperador de Roma e não papa.


* Não foi Constantino que instituiu a guarda do domingo, pois os cristãos já o guardavam como demostra a Bíblia e os antigos testemunhos cristãos (como, por ex., o de São Justino mártir, Santo Inácio de Antioquia, Didaqué, epístola de Barnabé etc.); o máximo que Constantino fez foi transformar o domingo em feriado imperial uma vez que tinha decretado o fim das perseguições contra os cristãos em 313.Agiu assim para dar aos cristãos igualdade de condições com as demais religiões professadas em seu Império.

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