Gladiadores

 


Autor: John Nascimento


A capacidade do maior Estádio do Mundo no ano 80, o Coliseu de Roma, era de 55.000 espectadores, inaugurado com um simples gesto da mão do imperador Tito.


Em poucos minutos toda a arena ficava cheia de cores berrantes, de movimentos em espectáculo com músicos, dançarinos, soldados da Guarda Pretorial com as suas armas brilhando ao sol de Roma, juntamente com elefantes da África, camelos do Egipto e cavaleiros de Espanha, em parada perante o César.


Mas o espectáculo favorito era o dos Gladiadores que se apresentavam com as suas espadas, lanças, tridentes e redes de luta, em homenagem ao imperador, ao Senado e à multidão.


Ao mesmo tempo que a multidão gritava, podia ouvir-se ainda o conjunto de ruídos dos animais selvagens, fechados nas suas jaulas a que se não tinha dado de comer por longo tempo.


Os Gladiadores eram as "Estrelas" da arena, na qual eles tinham que lutar num combate sem regras, excepto para o vencedor que saía vivo em glória.


Muitos Gladiadores eram ex-soldados, profissionais que andavam por toda a Itália, nos anfiteatros a exibir a sua força e perícia no combate, seguidos dos seus admiradores, e as suas vitórias eram uma garantia de bons banquetes com vinho e meretrizes até ao próximo combate.


Muitos outros Gladiadores eram escravos que lutavam, não apenas pela sua sobrevivência como também pela sua liberdade.


E toda aquela multidão presenciava aquele espectáculo de luta de Gladiadores em que por vezes era apenas um homem contra outro, e outras vezes grupo contra grupo.


Em circunstâncias especiais lutava o pai contra o filho, irmão contra irmão.


E este espectáculo atingia o seu auge para as audiências Romanas quando as vítimas, cristãos ou criminosos eram devorados pelas feras selvagens e esfomeadas.


Todos os Romanos deliravam com os jogos das arenas.


Para eles Roma era o Jogo. Panem et circenses –(Pão e espectáculos de circo).


O imperador estava sentado em frente dos senadores, que estavam sentados em cadeiras especiais.


Quando se requeria uma decisão de morte ou de sobrevivência, só o imperador podia decidir.


Se levantava o seu polegar, era sinal de perdão; se apontava para baixo o seu polegar, era sinal de morte.


OS GLADIADORES


Era costume sacrificar os prisioneiros sobre o túmulo dos guerreiros vitoriosos; e, quando ficou evidente a cru­eldade de tal uso, resolveu-se fazer combates de Gladiado­res diante do túmulo. (Festus).


Depois pareceu-lhes bom obscurecer a sua impiedade, fazendo disso um prazer. (Tertuliano).


Odiamos os Gladia­dores fracos e suplicantes, que, de mãos estendidas, nos pedem que os deixemos vi­ver. (Cícero).


Foi Constantino quem, em 326, proibiu os jogos de Gladiadores, sob pressão da Igreja Cristã,


A admissão aos jogos era feita por bilhetes de entrada.


A mulheres, excepto as Virgens Vestais (que eram honorárias de certos cavalheiros), sentavam-se nas fileiras de trás.


Eram obrigatórias as togas.


Os corpos das vítimas saíam pela chamada Porta Libitinária.

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