Jerusalém e a vida dolorosa

 


Autor: John Nascimento


Na parte Noroeste da cidade antiga existem algumas das mais ricas relíquias de toda a Cristandade.


Uma delas é a chamada Via Dolorosa, também conhecida por Caminho das Dores e por Via Sacra, que é o caminho por onde Jesus passou com a cruz aos ombros a caminho do Gólgota ou Calvário onde depois foi crucificado.


Este caminho é estreito e calcetado, com alguns degraus e algumas arcadas.


Ao peregrino devoto que passa por este caminho, ele inspira a maior reverência e, por vezes, causa arrepios de emoção e medo.


Ao longo de todo este caminho há 14 lugares de paragem obrigatória, ou 14 estações para se meditar em cada um dos factos da Paixão de Cristo aí assinalados.


Todas as sextas-feiras, às 3 horas da tarde, é realizada uma Procissão, organizada pelos Franciscanos, em que se incorporam turistas e peregrinos, que percorrem toda a Via Dolorosa, nas suas 14 estações.


A Via Dolorosa termina na Igreja do Santo Sepulcro que foi construída no lugar onde se crê que foi a morte, sepultura e ressurreição de Jesus.


Esta Igreja é um conjunto de edifícios onde há várias capelas e cúpulas.


Cada ano, durante a Semana Santa e no Domingo de Páscoa, milhares de peregrinos e de turistas participam no solene cerimonial da Igreja do Santo Sepulcro.


Entre os vários santuários existentes dentro da cidade antiga de Jerusalém está a Piscina de Betsaida onde Jesus curou um homem que estava paralítico havia 38 anos.


Perto do piscina de Betsaida está a Igreja de Santa Ana.


Fora dos muros da cidade está o Jardim do Getsemani no sopé do Monte das Oliveiras onde ainda há oliveiras muito antigas.


E ali muito perto está a chamada Igreja de todas as Nações.


Do cimo do Monte das Oliveiras desfruta-se uma boa paisagem sobre a cidade.


Mais fora da cidade há ainda o Monte Sião onde se julga que estará o túmulo do rei David que fez de Jerusalém a capital dos Israelitas há mais de 3.000 anos.


No mesmo Monte Jesus comeu a "ultima ceia" com os seus Apóstolos.


Monte Moriah

Os Muçulmanos habitam a parte Leste da cidade que se estende até ao Monte Moriah.


Segundo a narração bíblica do Génesis, foi no cimo deste monte que Abraão preparou o sacrifício de seu filho Isaac :


- Pega no teu filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriah, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar. (Gen.22,2).


Abraão é venerado pelos Muçulmanos como Amigo de Deus e o Primeiro Muçulmano.


A rocha no cimo do Monte Moriah, acreditam eles que é a mesma sobre a qual Abraão preparou o sacrifício de seu filho.


A rocha é sagrada para os Muçulmanos porque eles acreditam que Maomé orou sobre esta rocha e depois subiu ao céu.


No século VII o Califa (chefe) Abdul Malik Ibn Marwan construiu a magnífica Mesquita para incluir nela o santuário da rocha.


Conhecido como a Cúpula da Rocha, este edifício de mármore branco, de azulejos harmoniosamente coloridos e de graciosas arcadas é um exemplo esplêndido da arquitectura Muçulmana, e é considerado um dos mais belos edifícios do Médio Oriente.


O Muro Ocidental


O lugar da Cúpula da Rocha é igualmente sagrado para os Judeus.


Acredita-se que o Primeiro Templo de Salomão teria sido edificado neste lugar.


Um do muros que rodeiam o pátio da Mesquita, o Ocidental, segundo eles acreditam, é o que contém muitos blocos do muro do Segundo Templo.


Durante séculos, este muro foi conhecido como o Muro das Lamentações. Muitos Judeus fazem longas peregrinações para irem orar junto dele.


São muitas as referências do Novo Testamento a Jerusalém.


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