Onde estão as riquezas do Vaticano?

 


Fonte: Corazones

Autor: Padre Jordi Rivero

Tradução: Rogério Hirota


A crítica contra os templos


Frequentemente os protestantes acusam a Igreja de ser rica por possuir numerosos templos.


Os templos são sagrados porque são dedicados a Deus para os culto. Os cristãos desejam refletir nas construções o amor e respeito devido a Deus. Nada pode ser mais importante que o culto divino.


Jesus Cristo frequentava a sinagoga e quando estava em Jerusalém, atendia no templo e nele ensinava. Jesus coloca como exemplo uma viuva que oferece ao templo o que necessita para comer (Cf. Mc 12,44). Tanto foi seu zelo pelo Templo que em uma ocasião lançou para fora os que não o respeitavam como Casa de Oração (Mt 21,12-13).


Os templos não são propriedade do clero. Pertencem a todos. São o único lugar formoso onde os pobres sabem que estao enm sua propria casa. Os templos são construdos com eo esforço de todos os crentes, ricos, pobres e todos tem igualmente acesso a eles pois não se cobra a entrada.


Dar culto a Deus não eé escapar das realidades do mundo. Ao contrario. Somete o que se encontra com Deus saberá viver as exigências do amor sobrenatural que Deus nos pede para com os pobres.


Ainda analisando o ponto de vista puramente material, o custo de construir os templos não empobrece mas sim enriquece, pois a construção gera empregos pois requer muita mão de obra e as Igrejas são uma das poucas obras que os mesmos pobres que as constróem gozan como um bem proprio, pois eles mesmos acompanham a Igreja con toda sua familia. Os pobres são os que mais frequentam a Igreja, afirmando ali sua dignidade e a união com Deus que é Pai de todos. Os templos podem durar por séculos, sendo assim enriquece numerosas gerações. O que seriam de nossas cidades hoje sem as belas igrejas que nossos antepassados construiram ?.


Os templos são lugar de oração, centro religioso da comunidade, patrimonio cultural da humanidade. Seus frutos não se podem calcular somente em termos econômicos. A esperança da humanidade está em seu encontro com Deus, em sua conversão e em seu culto a Deus. É da experiência de fé que surge o homem novo capaz de trabalhar para um mundo mais justo que vença os males, entre eles a pobreza.


Se calcularmos a longevidade dos templos e as centenas de milhares, em alguns casos milhões, que no transcurso desses anos oferecem neles culto a Deus, podemos descubrir que os gastos da construção de um templo são recursos muito bem aproveitados.


Deveriamos que nos perguntar qual é a verdadeira razão detrás da crítica contra os templos. ¿Não será em muitos casos a mesma queixa de Judas diante o derrame de perfume daquela mulher? Jesus respondeu:


«Jesus ouviu-os e disse-lhes: Por que molestais esta mulher? É uma ação boa o que ela me fez. Pobres vós tereis sempre convosco. A mim, porém, nem sempre me tereis. Mateus 26:10-11.


Jesus olhava com outros olhos e certamente não lhe faltava amor pelos pobres.


Não são os templos que causam ou mantêm a pobreza mas a corrupção, os vícios, o egoísmo, a falta de adequada produção, os salarios injustos e outros fatores, todos fruto do pecado. É somente quando colocamos Deus por cima de tudo que podemos nos libertar desses e outros males. Os templos servem como lugar de encontro para essa libertação.


As riquezas do Papa


O Papa nem é rico e nem vive como tal. É um homem de Deus totalmente dedicado a seu ministério no serviço para toda humanidade. A vida do Papa é austera. Os que viram seu apartamento e sua rotina diária sabem a verdade. Começa o seu dia na capela a 5 da manhã...


Faz tudo em função para a gloria de Deus e o bem das almas.


Ele vive em um palácio? Vive en um antigo "palácio" o Vaticano pois sua missão não lhe permite viver em um apartamento da cidade. Por acaso pode-se imaginar o Papa tomando um onibús para ir ao Vaticano a cada manhã?. Os que dizem estas coisas parece que não compreendem o quanto o povo ama o Papa. Quando o Papa aparece em público se faz necessário todo um sistema para que as massas não se atirem por cima dele.


Ele viaja muito? -Sim, porque deseja chegar pessoalmente com o Evangelho a todos seus filhos. São viagens esgotadores. Certamente não um passeio turístico de milionário. Cada visita possui seus custos, mas não é para seu prazer pessoal, mas pelo bem de milhões. Quem teve a oportunidade de estar presente em uma missa ou audiência papal sabe muito bem a graça espiritual que isto representa.


Ele possui muito dinheiro e riquezas? -Isso não é correto. O Papa é administrador. Não são riquezas pessoais. Por acaso acontece de alguém afirmar que um piloto comercial é rico porque tem uma nave aérea sob seu controle? Como o pastor da Igreja universal, o Papa é responsável pela administração do Vaticano e isto implica recursos econômicos. Esses recursos são na realidade uma quantidade muito moderado diante das necessidades reais da Igreja no serviço da evangelização.


Os museus do Vaticano não são propriedades do Papa mas da Igreja, quer dizer de todos os batizados. São patrimônio da humanidade. Milhões o visitam no ano, sem consideração de crença ou carência dela.


O dinheiro do Vaticano


Como o Vaticano se sustenta econômicamente ?


Fala monsenhor Sebastiani, prefeito para Assuntos Econômicos da Santa Sé. CIDADE DO VATICANO, 23 julho 98. Retirado da Agência de Noticias Zenit.


"Para a Igreja as livres doações tem se revelado mais rentaveis que as taxas. Talvez a razão é psicológica. Mas se a Santa Sé tem saneado, pouco a pouco, suas proprias contas tem sido graças a uma verdadeira competência de solidaridade entre os fiéis, conferências episcopais e ordens religiosas, que começou em 1992 com a reforma do códigode direito canônico. Aqui no Vaticano temos aplicado o axioma comúm a qualquer empresa bem gestionada: conter os gastos e aumentar as entradas. É tudo. Ainda que neste ano temos aumentado as ajudas familiares a nossos empregados em uns 40%, embarcamos em uma notavel taxa. Mas quem fantasia com imensas riquezas, tesouros escondidos, se equivoca de plano. Vamos tirando e com moderação. Cuidamos muito da manutenção de nossos imóveis, porque é melhor gastar antes do que depois que o imóvel comece a cair de velho. Vamos tirando, invertendo com grande prudência, buscando salvaguardar a herença patrimonial recebida do Estado italiano com a fixação dos Pactos Lateranenses".


O arcebispo italiano Sergio Sebastiani, de 67 anos, 38 dos quais vividos nas nunciaturas apostólicas de meio mundo, sorrie persuasivo como somente os diplomáticos de larga experiência o sabem fazer. Sebastiani é, há poucos meses, presidente da Prefeitura para Assuntos Econômicos. Em declarações concedidas ao "Corriere della Sera", o jornal italiano de maior tirada, explica em que consiste o serviço do organismo vaticano que dirige. "Equivale ao Ministerio de Economia e Fazenda e, ao mesmo tempo, ao Tribunal de Contas do Estado --explica-- mas fazendo certas comparações não se pode esquecer que a Igreja tem uma missão espiritual, não material. Aqui os recursos econômicos são somente o meio, não o fim".


Em seu sobrio discurso, anexo a "columnata de San Pedro", monsenhor Sebastiani conta como nos anos 67-68, um jovem secretário do cardeal Giovanni Benelli, colaborou justamente no nascimento da Prefeitura que hoje preside. Depois, sobre o trabalho na Curia, para Sebastiani se abriu o caminho da diplomacia vaticana. "Aqui estamos todos marcados pela experiência diplomática vivida no estrangeiro. Mas quem imaginaria que um dia voltaria aqui? E reencontrado este organismo pos-conciliar, bem estruturado, reforçado, respeitado".


--Monsenhor Sebastiani, como se tem saneado as finanças da Santa Sé?


--Até 1992, tinhamos um forte déficit. Esse ano marcamos um superavit recorde de 19.000 milhões de liras: uma situação talvez irrepetível, devido ao cambio favoravel das moedas. Quer dizer, o reforço do dólar --a moeda em que recebemos muitas oferendas-- em relação a lira, a moeda que usamos em nossas contas.


--A diferença se deve a doações?


--Hoje recebemos no total mais de 100.000 milhões de liras ao ano em livres doações, das que 34.000 milhões vem dos bispos. Estes últimos, segúndo o canon 1.271 del Código de Dereito Canônico, tem a obrigação moral de contribuir com as necesidades materiais da Igreja.


No fundo a Santa Sé está ao serviço das comunidades eclesiais locais, assim como o Estado está ao serviço dos cidadãos. As dióceses individuais, portanto, tem seus proprios assuntos econômicos mas aportam uma contribuição voluntária a Roma porque, em troca, recebem um serviço. Pense somente em nossa atividade diplomática ou nas missões. Seguindo o mesmo principio, por sua vez as dióceses recebem as contribuições dos fieis".


--Quais são as conferências episcopais mais generosas com Roma?


--Em primeiro lugar está, há alguns anos a Conferência Episcopal Alemã, seguida da americana e italiana. Depois estão as aportações privadas: nos Estados Unidos, foram criado associações que recolhem fundos para a Santa Sé, como os Cavaleiros de Colón ou a Fundação Papal. E sabe quem doa mais? Os pobres, não os ricos. A Igreja se sustenta todavia graças ao óbulo da viuva. Além disso dos fiéis individuais e dos bispos, chega inclusive a pequena contribuição das congregações religiosas, pouco mais de 2.500 milhões por ano"


--E o óbulo de São Pedro?


--Não entra em nosso capital consolidado, mas que é levado diretamente para que o Santo Padre faça com este dinheiro o que achar mais conveniente. De todas as maneiras tem sido usada para obras de caridade, as missiões e a assistência as Igrejas pobres".


--Por que a Igreja não tem uma estrutura financeira centralizada, como acontece a nivel doutrinal?


--Ao contrário do que acontece no campo doutrinal, onde o Papa tem o mandato de conservar através dos séculos o depósito da fé, na gestão dos proprios recursos, a Igreja é uma realidade descentralizada. Quer dizerr, deixa a autonomia para cada administração vaticana, ainda que sob o controle e a vigilância da Prefeitura para Assuntos Econômicos.


ZN980723-7 Zenit


Nota do autor do site Exsurge Domini


Além destas claras explicações também não devemos esquecer que todo o final de ano, o Vaticano expõe dentro do L´Observatore Romano todos os gastos e receitas para que fique a disposição de todos os fiéis e se o irmão protestante que contesta o Vaticano como rico, deveria analisar alguns destes levantamentos para verificar que tudo o que entra de receita é utilizado para pagamentos de contas e a maior parte destinada para ajuda a paises necessitados.


Um prova disso é o levantamento exposto do ano de 2002 na qual o vaticano não teve nenhum dinheiro guardado ao caixa, tudo é destinado para as obras de caridade e evangelização.


Rogério Hirota

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