Proclamar-se católico

 


Autor: Padre Zezinho


São Paulo (SP), 28/6/2004 - 08:08



Se você não percebeu, observe. Os evangélicos estão fazendo excelente e inteligente marketing de sua fé e de suas igrejas. Artistas, cantores, profissionais, esportistas, sempre que podem, usam de sua fama para proclamar-se "evangélicos", "resgatados" e "vencedores". Estão certos! Quem gosta de sua Igreja, tem mais é que chamar mais gente para lá e proclamar sua alegria de pertencer a ela.


Cabe aos católicos preocupados com o crescimento e o talento deles em colocar sua fé na mídia, sempre que puderem, fazer o mesmo. Quem se sente "perdoado", "resgatado" e "feliz" como católico tem mais é que fazer o mesmo. Não há nenhum desdouro em aprender com os outros. Descontados os exageros de lá e de cá, faz sentido divulgar a nossa pertença. Eles também aprenderam muita coisa conosco! Toda Igreja tem algo de bom a ensinar e algo de bom a aprender com as outras.


Eles falam das coisas boas e evitam falar das coisas negativas de sua Igreja. Você não vê evangélico pichando sua igreja, mas vê católico pichar a sua. Eles se ofendem quando alguém generaliza contra eles, e nós também não devemos aceitar generalizações contra a nossa Igreja. Eles que são 17% da população apostam e trabalham para crescer. Nós que somos 74% podemos e devemos fazer o mesmo.


Há ateus, espíritas, muçulmanos e budistas, usando do direito que lhes assiste de proclamar a sua fé e divulgar a sua religião ou suas convicções. Estão certos. Se você ainda se considera católico, faça o mesmo que eles. Fale de Jesus e dos santos eu Jesus formou, como eles falam de seus mestres na fé.


Mas como é que você vai fazer isso, se eles estudam as doutrinas da Igreja deles e você não estuda a sua? Que revistas católicas você assina? Que livros você tem na sua estante? Tem Bíblia? E lê? Tem catecismo católico? E lê? Freqüenta cursos católicos? Perdoe-me as perguntas, mas milhares de católicos conhecem pouco a doutrina da sua igreja. Pode ser culpa dos pregadores que não motivam. Mas também pode ser desinteresse. Quem ama quer saber mais sobre a pessoa amada. Quem ama sua igreja quer saber mais sobre ela. É simples como 2 + 2 são 4.


Fonte: Font, Pe. Zezinho, scj

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