Santa Maria, Mãe de Deus

 


Autor: John Nascimento


Depois da Sagrada Escritura, também a Tradição fala de Maria desde os princípios do Cristianismo.


S. Justino (163) e Santo Ireneu (200), escreveram sobre Maria e Eva.


Para eles, estas duas mulheres encontram-se em situações que envolvem a salvação de toda a humanidade :


* Eva desobedeceu e Maria obedeceu.


* Eva tornou-se universalmente a mãe da morte e Maria também se tornou universalmente a mãe da vida.


Desde os tempos apostólicos, foi crença geral de que, uma vez que Jesus Cristo é verdadeiro Deus, Maria, Sua mãe, tem que ser a Mãe de Deus.


Mas nos princípios do século V apareceu uma heresia que afirmava que Cristo não tinha apenas duas naturezas, mas também duas Pessoas, uma humana e outra divina.


O autor desta heresia chamava-se Nestório e era o Patriarca de Constantinopla.


E os seguidores das suas ideias afirmavam que Maria era a mãe de Cristo (Christotocos), por ter concebido e dado à luz a Pessoa humana de Cristo.


Mas recusavam que ela fosse a mãe de Deus (Theotocos).


O Concílio de Éfeso (431), condenou o Nestorianismo, definindo que Maria é a mãe do Filho de Deus feito homem.


Uma vez que o filho que Maria concebeu e deu à luz é uma Pessoa Divina ela tem que ser verdadeiramente a Mãe de Deus.


A História sempre confirmou esta verdade.


Onde a crença na divina maternidade de Maria é professada, a fé na divindade de seu Filho permanece intacta.


Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica :


495. - Chamada nos evangelhos "a Mãe de Jesus" (Jo.2,1; 19,25), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e desde antes do Nascimento de seu Filho, como "Mãe do meu Senhor" (Lc.1,43). Com efeito, Aquele que ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente Mãe de Deus ("Theotokos").


THEOTOKOS


Uma expressão grega que foi aplicada à Santíssima Virgem, Nossa Senhora, no século IV, para significar que ela é "Mãe de Deus".


Este termo com a sua doutrina foi disputado pela heresia dos Nestorianos nos princípios do século V, que negavam a maternidade divina da Santíssima Virgem.


A doutrina da Maternidade divina de Nossa Senhora foi confirmada, e os Nestorianos foram condenados no terceiro Concílio Ecuménico, em Éfeso em 431.


Diz o Catecismo da Igreja Católica :


466. - A heresia nestoriana via em Cristo uma pessoa humana unida à pessoa divina do Filho de Deus. Perante esta heresia, S. Cirilo de Alexandria e o terceiro Concílio Ecuménico, reunido em Éfeso em 431, confessaram que "o Verbo, unindo na Sua pessoa uma carne animada por uma alma racional, Se fez homem"(DS 250). A humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que a assumiu e a fez sua desde que foi concebida. Por isso, o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou, com toda a verdade, Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio : "Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque dela recebeu o corpo sagrado, dotado duma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne"(DS 251).


DEÍPARA


Por definição é a que dá à luz um deus.


É, portanto, a tradução da palavra grega Theotokos, que significa Mãe de Deus.


Este título foi conferido a Maria, a Mãe de Deus, no Concílio de Éfeso em 431.


Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós...


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