Autor: John Nascimento
Quando nós lemos as Cartas de S. Paulo, podemos ver como muitas vezes ele vive em situações muito semelhantes às nossas.
A Igreja Católica dos nossos dias debate-se com os mesmos problemas da Primitiva Igreja, de modo que a mensagem do Evangelho e dos escritos de S. Paulo continuam hoje actuais como dantes.
As cartas de S. Paulo podem-nos ajudar a encontrar resposta para os complexos problemas dos nossos dias.
No princípio o Cristianismo era conhecido como “A Via”, a que S. Paulo várias vezes faz referências.
Depois da conversão de S. Paulo, o perseguidor chamava “A Via” aos seguidores de Jesus Cristo e S. Paulo passou o resto sua vida a proclamar uma nova “Via”, como uma exigência de um convertido.
- “Persegui de morte esta VIA, algemando e entregando à prisão homens e mulheres”. (Act.22,4).
- “...Pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta VIA, os trouxesse algemados para Jerusalém”. (Act.9,2).
Então, os cristãos eram os que seguima a Via, isto é, o Caminho, ou o Cristianismo.
S. Paulo foi antes de tudo e principalmente um Pastor, cuja missão era a de fundar, desenvolver e manter as comunidades cristãs.
A sua teologia cresceu do seu desejo de ajudar as comunidades e de descobrir uma nova “Via”, um novo caminho de vida cristã.
O trabalho de S. Paulo, depois de criar as comunidades foi de lhes dar a ajuda que precisavam, para que se desenvolvessem numa sociedade hostil e indiferente.
Onde quer que ele fosse, ele convidava as pessoas a entrarem numa “nova criação” – para viverem “em Cristo”, em que as velhas práticas sociais, culturais e religiosas (e os valores que as informavam) eram substituídos por uma nova visão cristã.
Isto significava uma transformação dos valores do mundo ( os adoradores da cruz), e um novo caminho e um novo serviço de amor.
As Cartas de S. Paulo lembram-nos a importância dos modelos, para os quais ele frequentemente exortava os outros a imitá-lo, tal como ele imitava a Cristo.
Enquanto nós devemos aprender a prática da boa doutrina, segundo o Magistério da Igreja, ao mesmo tempo devemos ser fiéis na fé da vida cristã.
Os nossos modelos mais recentes, são todos aqueles que, fiéis à doutrina cristã, viveram uma vida de fé ardente e heróica e foram considerados santos pela Igreja.
As cartas de S. Paulo lembram-nos também que devemos viver o nosso tempo como uma contíua história da vida da fé e da vida da Igreja.
Podemos ser tentados pelo comodismo ou pela prática de actos que nos afastam do bom caminho, mas a Igreja tenta encorajar-nos segundo os ensinamentos da Escritura, de que S. Paulo é um autêntico modelo, como foi um incansável Apóstolo e Pastor.
Finalmente, as Cartas de S. Paulo demonstram como, nas palavras do Vaticano II, a Igreja está no mundo moderno.
A Igreja é parte do nosso dia-a-dia num caminhar para o futuro.
Segundo as Cartas de S. Paulo, Cristo trabalha na nossa vida presente para que possamos transformar o mundo.
Quando as nossas vidas se transformam para darmos um verdadeiro testemunho da nossa fé, damos o nosso melhor contributo para a formação da nossa família, da nossa sociedade e do nosso mundo.
Devemos, portanto tentar descobrir a melhor valia, abraçá-la, vivê-la como mensageiros da palavra de Deus, para que no mundo haja paz e harmonia entre os homens e entre as comunidades.
E para que a nossa missão tenha sucesso, nós temos que edificar uma Igreja segundo os desejos de Deus, expostos na Escritura e divulgados pelo Magistério da Igreja.
Foi para isto que S. Paulo, depois da sua conversão, trabalhou como Apóstolo e viveu como Pastor, quer pregando quer escrevendo Cartas (Epístolas), para ajudar as comunidades por ele fundadas, entusiasmando aqueles que nelas trabalhavam como dirigentes ou como simples fiéis.
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